De tudo o que já
passei na vida,
e olha que não foi
pouco, apesar da pouca idade.
Enfrentei cada
situação com uma reação,
em alguns casos,
com muita “razão”,
e em outros,
excessiva emoção.
Parece que só o
tempo traz esse amadurecimento.
E até hoje, sigo
buscando o equilíbrio,
entre o
“adolescente” que vê tragédia em tudo,
e o “adulto” que
se julga conhecedor do mundo.
Sempre tento
trazer para a minha vida,
a criança que
ainda existe dentro de mim,
e que se esconde
de vergonha de se exibir.
Somos assim, meio
tolos, fingindo ser o que gostaríamos de ser,
vestindo sapatos
apertados, joias horrorosas,
perfumes que
estão na moda e entopem o nariz.
Moramos bem, mas
sempre queremos um quarto a mais.
Se amamos,
queremos declarações a todo o momento.
Se um
relacionamento termina, achamos que é o fim do mundo.
Que “nunca mais”
teremos alguém assim,
apesar de saber
que essa última pessoa, nem era assim “uma Brastemp”.
E o tempo vai
passando, a vida vai acertando os passos,
e os que
conseguem vencer a barreira da idade,
buscam o sossego
de um ombro amigo,
o encanto de
palavras gentis,
amigos para um
jogo de cartas, uma viagem.
Descobrimos a
felicidade como ela é:
simples, sem
muitos adereços, sem frescura.
Se você quer
seguir sem muitos sustos pela vida,
equilibre-se com
a criança que habita em você,
deixando escapar
de vez em quando o eterno adolescente que grita,
e colocando o
adulto que você se transformou, como um observador.
E assim, usando a
razão dosada com emoção,
possamos ser
melhores do que fomos ontem,
neste dia que
convida para a vida.
Seja feliz!
"Deixa
partir o que não te pertence mais, deixa seguir o que não poderá voltar, deixa
morrer o que a vida já despediu... O que foi já não serve é passado, e o futuro
ainda está do outro lado, e o presente é o presente que o tempo quer te
entregar..." (Pe. Fábio de Melo)
Por Paulo Roberto
Gaefke
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“Não dependa de ninguém na sua vida, só de Deus, pois até mesmo sua sombra o abandonará quando você estiver na escuridão.”