"Dor de cabeça e coito, camisinha dentro da vagina, pílula anticoncepcional!?"
O inesperado, numa transa sexual!!
- Pílula anticoncepcional pode dar dor de cabeça?
- Cefaleia pós coito, o que é isso?
- Metade da camisinha ficou lá dentro, e agora?
Já
aconteceu de estar transando e ter uma dor de cabeça horrível?
Não
é comum que isso aconteça, mas se for o caso, veja o que o médico e
especialista em sexualidade Jairo Bouer tem a dizer. Ele dá dicas do que fazer
caso isso aconteça após o orgasmo.
(cefaleia pós orgasmo, cefaleia do orgasmo ou cefaleia orgástica)
Cefaleia
orgástica: doença que atinge até 1% da população ocidental e pode prejudicar -
e muito - a vida sexual.
Segundo
o neurologista especializado em dor de
cabeça, Abouch Krymchantowski, membro da American Headache Society e da
International Headache Society, a cefaleia do orgasmo
representa de 0,2 a 1,3% de todas
as dores de cabeça que se manifestam em caráter mais frequente em pacientes.
E não são poucas: existem mais de 250
tipos de dor de cabeça, que atingem mais de 90% da população brasileira, de acordo com a Sociedade Brasileira
de Cefaleia.
“Para
se diagnosticar a cefaleia orgástica
é preciso que a dor de cabeça aconteça na vigência do ato sexual”,
afirma o neurologista Pedro Moreira, membro da Sociedade Brasileira de Cefaleia
e professor de Neurologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal
Fluminense. Nessa circunstância, o problema pode se manifestar de duas maneiras:
A cefaleia
pré-orgástica,
menos comum, ocorre antes do orgasmo,
na fase inicial de excitação ou da relação sexual. “Vai aumentando
progressivamente na medida em que o indivíduo vai se excitando. A intensidade é
tão grande que muitas vezes é preciso interromper o orgasmo”, explica Moreira.
A doença pode afetar tanto homens como mulheres, mas, segundo um dos poucos estudos sobre o tema, realizado na Universidade de Munster, na Alemanha, a cefaleia do orgasmo atinge cerca de três vezes mais homens do que mulheres e é mais comum entre os 20 e 25 anos. "Nem sempre acontece em todas as relações sexuais e pode também ocorrer numa masturbação", afirma Moreira.
De
acordo com os médicos, o problema
costuma atingir mais as pessoas que apresentam outros tipos de dor cabeça,
como a enxaqueca,
apesar de o quadro não ser obrigatório. "Eu já vi pacientes com cefaleia
do orgasmo que não tinham enxaqueca", conta Krymchantowski.
A causa principal
da cefaleia orgástica não é conhecida.
Há uma corrente de estudiosos que afirma ter relação com o aumento da pressão sanguínea durante do ato sexual, quando a dilatação
de vasos na cabeça e a produção de serotonina podem desencadear as crises.
Outra
corrente acredita que o cérebro das
pessoas acometidas pela enxaqueca - que apresenta um desequilíbrio químico
natural - recebe o estímulo do orgasmo como um fator desencadeante da dor.
"É uma deficiência do sistema antidor", diz Krymchantowski.
De
acordo com Moreira, há também correntes que ligam o problema ao estresse, mas não há comprovação.
"É uma teoria ainda muito discutível."
"Por vergonha ou por concluir que o problema
não tem cura, muitos sofrem anos em silêncio e passam a evitar as relações
sexuais, pois a intensidade da dor é muito grande. Isso acaba com a vida sexual",
afirma Krymchantowski. O que se sabe com certeza é que não tem nada a ver com problemas psicológicos ou de outra natureza,
como muitos pacientes chegam a pensar num primeiro momento.
Pílula
anticoncepcional pode dar dor de cabeça?
Segundo
Jairo, em alguns casos essa ocorrência poderia estar ligada às variações
hormonais que poderiam ser causadas pela ingestão da pílula. Saiba o que fazer
se isso acontecer com você.
Combinação entre
dor de cabeça e anticoncepcional
Tem
sido cada vez mais comum ver mulheres
reclamando de dor de cabeça em decorrência da utilização da pílula
anticoncepcional. Por ser composto de hormônios, o medicamento de fato
pode contribuir para agravar um quadro de cefaleia.
No entanto, o mesmo produto
também pode ajudar a aliviar a dor, promovendo uma regularização do ciclo
menstrual.
De
acordo com o médico e professor do Departamento
de Tocoginecologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Jaime Kulak Junior,
isso acontece devido à oscilação do estrogênio no organismo da mulher durante o
ciclo menstrual quando ela usa pílula. “Este hormônio é sintético e,
por isso, causa flutuações diárias. Quando o efeito dele está passando, há
constrição de vasos, o que pode gerar dor
de cabeça”, explica.
A
solução para o problema pode ser a prescrição
de uma pílula que tenha doses menores de estrogênio (elas variam de 15 a 35 mg).
Outras possibilidades são a troca por
medicamento que não contenha este hormônio ou substituição do método
contraceptivo. Adesivos e anéis vaginais podem ser uma boa
opção, pois, apesar de conter estrogênio, mantêm a concentração do hormônio
mais estável no sangue, o que evita a flutuação.
Alerta
A pílula pode ser
ainda mais perigosa para quem tem enxaqueca com
aura, diagnosticada somente com acompanhamento médico. “Mulheres que têm essa doença
estão mais propensas a ter uma trombose e a pílula contribui para isso”,
explica o ginecologista Rosires Pereira de Andrade. Isso acontece porque a
pílula provoca estreitamento de algumas
artérias, podendo causar até mesmo um Acidente
Vascular Cerebral (AVC).
O que é Enxaqueca
com Aura?
A
enxaqueca com aura é uma doença neurológica que se manifesta por crises de
enxaqueca precedidas de sintomas visuais ou sensitivos. Cerca de 20% das
pessoas com enxaqueca apresentam aura. O nome aura refere-se justamente às
sensações que você observa um pouco antes da dor de cabeça começar. Esses
sintomas iniciais são também chamados de um pródromo. A aura pode durar poucos
minutos ou até uma hora, seguidos da dor de cabeça muito forte.
É
preciso, portanto, diferenciar a
enxaqueca com aura de uma simples dor de cabeça. “A cefaleia apresenta apenas dor, enquanto a enxaqueca tem outros sintomas,
como distúrbios
visuais, sendo muitas vezes, incapacitante. Esses sintomas são
manifestações neurológicas, podendo haver um comprometimento muito maior se a
pílula for utilizada”, comenta Andrade.
A
Organização Mundial de Saúde (OMS) tem critérios de elegibilidade para utilização deste medicamento. De acordo com a agência, a pílula é classificada no nível 4 (método para NÃO ser usado) em
caso de enxaqueca com aura. Os níveis variam de 1 a 4, sendo o primeiro deles o
que prevê que o método pode ser usado em qualquer circunstância. Mulheres que
possuem enxaqueca com aura não podem utilizar nem mesmo adesivos ou anéis
vaginais.
E imagine a
seguinte situação:
Após
a relação sexual, a mulher percebe que metade da camisinha ficou dentro da
vagina. O que fazer?
Há
algum risco muito sério?
E
se houve vazamento do esperma?
Quais são as implicações e o que fazer para garantir uma vida
sexual mais saudável e prazerosa...
A camisinha ficou
dentro de mim. Tem problema?
“Que
constrangimento: a camisinha ficou dentro da minha vagina e não saía. Tive de
ir ao pronto-socorro de madrugada! Corri algum risco? Eu poderia ter esperado
até a manhã seguinte ou foi melhor tirá-la o mais rápido possível?”
Se
você não tiver alergia ao látex do
produto, não há urgência em retirar a camisinha, pois ela não provoca infecção nesse curto período. A maneira mais fácil de
puxá-la sozinha é como faz para remover um tampão vaginal quando não acha o
fio. De
cócoras, faça força para baixo e coloque o dedo médio e o indicador em forma de
pinça o mais fundo possível dentro da vagina.
Caso não consiga, espere o dia seguinte para buscar ajuda e não se preocupe – é
impossível que o preservativo penetre no útero ou rompa algum órgão interno. O fato de o material ter permanecido lá
dentro não tem a ver com o tamanho do pênis, e sim com o fato de o seu parceiro
ter esperado que o pênis ficasse flácido – o que também pode permitir que o sêmen escorra, eliminando o
objetivo da proteção, certo?