"Assim como gosto do jovem
que tem dentro de si algo do velho, gosto do velho que tem dentro de si algo do
jovem: quem segue essa norma poderá ser velho no corpo, mas na alma não o será
jamais." (Marcus Cícero)
“A melhor maneira de prevenir que uma adolescente fique grávida e de que um adolescente seja pai, é o diálogo entre os pais, professores e os jovens. Afinal, quanto maior o conhecimento do assunto, maior são as chances de os jovens se cuidarem e se prevenirem. Usando sempre camisinha e se possível a pílula anticoncepcional.”
Segundo
a Organização Mundial da Saúde, 22% dos adolescentes fazem sexo pela primeira
vez aos 15 anos de idade. É nesta
fase importante de autoconhecimento e incertezas que a falta de informação pode
gerar uma gravidez inesperada ou mesmo a contaminação por doenças sexualmente
transmissíveis.
Número
de adolescentes grávidas no Brasil caiu
para 22,4% nos últimos anos.
A
boa notícia é que com o aumento de ações
dentro das escolas, orientação sobre métodos contraceptivos e distribuição de
camisinhas em postos de saúde, há mais acesso a recursos para um sexo seguro. Por este motivo, o número
de adolescentes grávidas no Brasil tem diminuído.
Entre
2005 a 2009, o número de partos
realizados entre jovens de 10 a 19
anos caiu 22,4%, comparado à década anterior, segundo o Ministério da Saúde. Ainda
assim, muitas meninas continuam se descuidando. Segundo a médica Carmita Abdo, coordenadora do Projeto Sexualidade do Hospital das
Clínicas de São Paulo e professora da Faculdade de Medicina da USP, a
gravidez na adolescência, embora inoportuna, nem sempre é indesejada.
O
desejo de conquistar uma vida melhor, de ter atenção e afeto e de começar a
estruturar uma vida autônoma, muitas vezes, levam as meninas a,
inconscientemente, a esperar que uma gravidez resolva isso.
Para
a médica, Dra. Carmita Abdo , mais que educação sexual, as crianças precisam de uma educação para a vida.
“Antes da puberdade, elas precisam
aprender que podem realizar seus sonhos por meio dos estudos, do trabalho e da
construção de um longo projeto de vida”, diz. E que o namoro, por melhor
que seja aos 15 anos, não deve atrapalhar esse projeto.
Essa
decisão envolve a contracepção desde a
primeira relação sexual. Além do uso
de camisinha, masculina ou feminina, as meninas também podem optar por uma
segunda proteção para aumentar a segurança. Pílulas anticoncepcionais e injeção mensal de hormônio podem ser usadas
desde a primeira menstruação. A minipílula,
a injeção trimestral e o DIU também podem ser utilizados por mulheres de
todas as idades, inclusive pelas adolescentes.
Existem
também outros
métodos que não envolvem ingestão
de nenhum medicamento, mas exigem que a adolescente tenha muita disciplina e
planejamento. São eles: a
tabelinha (controle dos dias férteis pelo calendário), e o controle do muco cervical
(identificação do período fértil analisado pelas características do fluido) e da temperatura basal (análise da temperatura corporal antes e depois
da menstruação).
Se
mesmo com toda essa informação uma gravidez acontecer, o suporte do companheiro e da família é fundamental. O atendimento médico completo da adolescente
grávida é garantido no SUS. É assegurado seu direito ao atendimento pré e pós-natal, parto e pós-parto para garantir a sua saúde e a do bebê.
Esse
assunto é muito polêmico e geralmente quem tem que abordar com os adolescentes
são os professores, pois, nem todos os
pais têm um diálogo aberto com seus filhos para tratar de assuntos como sexo,
gravidez, uso de métodos contraceptivos.
Os professores de Ciências acabam
sendo os professores mais indicados para o tratar do assunto e os mesmo tem
como fazer isso de várias maneiras, um exemplo seria um conversa após os alunos assistirem um vídeo sobre o assunto que
podemos encontrar do site Portal Dia a
Dia Educação, existem muitos jogos dinâmicos que abordam o assunto, uma
outra proposta seria os alunos produzirem um curta metragem que vai fazer com
que eles busquem um pouco mais a realidade de adolescentes grávidas.
"Sente-se uma insatisfação,
sobretudo dos jovens, perante um mundo que já não oferece nada, só vende!"
(José Saramago)
Dica de filme: JUNO
Juno é um
filme sobre uma adolescente norte-americana que fica grávida aos 16 anos. Foi o
primeiro longa-metragem que vi sobre o tema, que tornou-se um problema comum
das sociedades norte-americana e brasileira.
Pôster do
filme Juno
A
personagem que dá o nome ao filme, estrelada por Ellen Page, é independente e
decidida. Logo que descobre estar grávida, pensa em usar os serviços de uma
clínica de aborto. Bleeker (Michael Cera), o pai da criança, aprova a idéia.
A história
é desenvolvida dinamicamente e surgem alguns personagens surpreendentes, como
uma mulher que sonha ser mãe. Entretanto, minha maior surpresa foi a reação do
pai da moça, interpretado por J. K. Simmons, que é muito inesperada. Acostumado
a vê-lo em papéis como o líder da gangue ariana de Oz e o chefe de polícia da
série Divisão Criminal (The Closer), foi difícil engolir a imagem dele como pai
moleirão.
Juno não é
uma obra-prima, mas é uma boa distração. Recomendo para pessoas interessadas em
conhecer posições diferentes sobre gravidez na adolescência, aborto e adoção.
Título:
Juno
Origem e
ano: Estados Unidos da América - 2007
Diretor:
Jason Reitman
Roteirista:
Diablo Cody
Gênero:
Comédia romântica dramática
Elenco
principal: Ellen Page
Fonte(s):
Fontes:
Portal
da Saúde: Saúde para Você/ Jovens e Adolescentes
IBGE:
Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE)
Projeto
Sexualidade (ProSex)
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“Não dependa de ninguém na sua vida, só de Deus, pois até mesmo sua sombra o abandonará quando você estiver na escuridão.”