"O prazer dissociado de um sentido da vida reduz-se a uma mera satisfação ou contentamento. É um analgésico da felicidade: alivia, mas não cura." (Miguel Poiares Maduro)
"A sexualidade só é atraente quando natural e espontânea." (Marilyn Monroe)
A
preocupação com a satisfação e o prazer sexual de homens e mulheres tem
aumentado consideravelmente nos últimos anos. Em decorrência disso, tem
aumentado a necessidade de se compreender melhor as dificuldades sexuais, suas
causas e consequências. Sabemos
que a sexualidade é parte integrante da personalidade total das pessoas. A
sexualidade humana não se limita ao ato sexual; ela engloba emoções, afetos,
sensações, etc. Dessa forma, sentimentos e pensamentos influenciam o exercício
da sexualidade. O contrário também ocorre, ou seja, a vivência da sexualidade
irá influenciar sentimentos e pensamentos, inclusive a respeito de si mesmo.
O conceito de autoestima pode ser compreendido como a aceitação do que se é e como se é. É a confiança no direito de ser feliz, a percepção de valor e de poder ser admirado. A sensação de inadequação, de culpa ou vergonha, ou ainda a ausência de confiança e amor-próprio, indicam prejuízo na autoestima de um indivíduo. É consenso entre os profissionais da saúde, que a sexualidade humana sofre forte influência de fatores como autoestima, auto-imagem e auto-conceito. A forma como a pessoa se valoriza interfere, sem dúvida, em como irá exercer sua sexualidade.
O conceito de autoestima pode ser compreendido como a aceitação do que se é e como se é. É a confiança no direito de ser feliz, a percepção de valor e de poder ser admirado. A sensação de inadequação, de culpa ou vergonha, ou ainda a ausência de confiança e amor-próprio, indicam prejuízo na autoestima de um indivíduo. É consenso entre os profissionais da saúde, que a sexualidade humana sofre forte influência de fatores como autoestima, auto-imagem e auto-conceito. A forma como a pessoa se valoriza interfere, sem dúvida, em como irá exercer sua sexualidade.
A autoestima está relacionada a outros dois conceitos importantes: auto-eficácia e auto-respeito. A auto-eficácia é a confiança do indivíduo em sua capacidade para pensar e enfrentar os desafios da vida. Já o auto-respeito é a percepção de si mesmo como pessoa merecedora de felicidade e qualificada para expressar desejos e necessidades. O indivíduo com autoestima preservada se respeita e exige o mesmo dos outros, e sente-se capaz de ser amado. Já uma pessoa com sentimentos de menos-valia pode não ter prazer sexual por não se sentir no direito de reivindicá-lo.
Como podemos perceber, sexualidade e autoestima são conceitos que estão intimamente ligados, sendo que queixas e sintomas sexuais podem, muitas vezes, ser expressões de baixa auto-estima. É muito comum chegarem aos consultórios pessoas com dificuldades sexuais cuja causa é a má relação que a pessoa tem consigo ou com seu próprio corpo.
É o caso de mulheres que não conseguem ter orgasmo porque não estão satisfeitas com o corpo que têm, e se preocupam excessivamente com a aparência na hora da relação sexual. Ou ainda porque não se permitem pedir o estímulo adequado aos seus parceiros, e continuam mantendo relações pouco agradáveis. Poder falar como quer ser tocada e estimulada, além de poder pedir as carícias ou práticas sexuais que lhe são prazerosas, exige que a pessoa seja um pouco "egoísta" em determinados momentos.
Não se sentir importante o
suficiente, ou ainda achar que o outro pode se aborrecer com as solicitações,
limita significativamente as possibilidades de realização sexual. Na prática
clínica pude perceber que as consequências mais comuns da baixa auto-estima em
mulheres são: grande necessidade de sentir-se amada e de agradar ao parceiro,
medo de fazer solicitações, dificuldades com o corpo e aceitação do que não
gosta ou não quer.
Os homens
também apresentam dificuldades causadas pela baixa autoestima, como sentimentos
de incompetência, de ser menos "homem" ou menos viril, grande
cobrança interna, comparação com outros homens, tamanho do pênis e insatisfação
com a fragilidade. Alguns ficam tão preocupados com seu desempenho sexual,
acreditando que irão "falhar", que acabam apresentando dificuldades
de ereção por causa dessa ansiedade. A antecipação do fracasso e a ansiedade de
desempenho são processos cognitivo-emocionais bastante comuns, que normalmente levam
a disfunções sexuais, e que na maioria das vezes são causados por insegurança e
baixa autoestima.
A função sexual preservada, isto é, livre de disfunções, é algo fundamental para a realização pessoal. As dificuldades sexuais, na maioria das vezes, abalam a estrutura global do indivíduo. Dessa forma, podem comprometer, de forma significativa, o bem-estar e a qualidade de vida de homens e mulheres.
A baixa autoestima pode causar diversas dificuldades sexuais, sendo que essas dificuldades acarretam em uma alteração ainda maior do conceito que a pessoa tem de si mesma. A pouca valorização nos torna adversários do nosso próprio bem estar. Saber-se merecedor da felicidade é a essência da autoestima e da plenitude sexual.
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“Não dependa de ninguém na sua vida, só de Deus, pois até mesmo sua sombra o abandonará quando você estiver na escuridão.”