“O Homem é sem dúvida um ser emocional, pois somos Espíritos. Somos seres emocionais, e neste inter-relacionamento entre corpo e espírito, verificamos a necessidade de começarmos a controlar nossos sentimentos e emoções. As doenças psicossomáticas são oriundas de nosso inconsciente, ou seja, daquelas emoções desagradáveis que permanecem em nós; são emoções mal resolvidas e que chamaremos de “lixo interior”, que ficam aguardando oportunidade de reciclagem, ou seja, de transformação”. (ad)
A psicossomática é uma ciência interdisciplinar que integra diversas especialidades da medicina e da psicologia para estudar os efeitos de fatores sociais e psicológicos sobre processos orgânicos do corpo e sobre o bem-estar das pessoas. O termo também pode ser compreendido, tal como descreve Mello Filho, como "uma ideologia sobre a saúde, o adoecer e sobre as práticas de saúde, é um campo de pesquisas sobre estes fatos e, ao mesmo tempo, uma prática, a prática de uma medicina integral".
A palavra psicossomática, na visão dos profissionais de saúde que compreendem o ser humano de forma integral, não pode ser compreendida como um adjetivo para alguns tipos de sintomas, pois tanto a medicina quanto a psicologia estão percebendo que não existe separação ideal entre mente, corpo, alma e espírito, que transitam nos contextos sociais, familiares, profissionais e relacionais. Então, psicossomática é uma palavra substantiva que pode ser empregada para qualquer tipo de sintoma, sejam eles, físico, emocional, psíquico, espiritual, profissional, relacional, comportamental, social ou familiar.
Na visão junguiana ou da psicologia integral, todo sintoma é psicossomático e pode ser um meio para que o processo do autoconhecimento possa acontecer. Entre outras possibilidades de interpretação de conflito postuladas pela corrente psicanalítica, que poderiam ser citadas, incluem-se as dificuldades de dar (expelir) e reter (absorver) explicitadas por Alexander (Alexander e Selesnick o.c.) nas doenças gastrointestinais; as concepções de que a mente, por não conseguir resolver ou conviver com um determinado conflito emocional, passa a produzir mecanismos de defesa com o propósito de deslocar a dificuldade e/ou "ameaça" psíquica para o corpo, chegando mesmo a indução de mutações físicas, oriundas do afeto doloroso e os fatores associados à depressão, inicialmente interpretadas por Freud como associadas à perda do objeto amado e ao luto.
Segundo Mello Filho (2005 o.c.) a expressão doença psicossomática foi utilizada inicialmente para referir-se apenas a certas doenças como a úlcera péptica, asma brônquica, hipertensão arterial e colite ulcerativa, onde as correlações psicofísicas eram muito nítidas, posteriormente foi-se percebendo que tal concepção é potencialmente válida para todas as doenças.
Apesar dessa possível generalização já imaginada por Freud quando fez a recomendação que todo médico além de sua especialidade deveria ser treinado em psicanálise, o conceito de doença psicossomática persiste face à evidente relação de algumas patologias com fatores emocionais ou psicológicos como por exemplo:
" Não corrigir nossas falhas é o mesmo que cometer novos erros." (Confúncio)
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