Entenda o significado da Sombra na Psicologia Analítica
Sombra, em psicologia analítica, refere-se ao arquétipo que é o nosso ego mais sombrio. É, por assim dizer, a parte animalesca da personalidade humana. Para Carl Gustav Jung, esse arquétipo foi herdado das formas inferiores de vida através da longa evolução que levou ao ser humano. A sombra contém todas aquelas atividades e desejos que podem ser considerados imorais e violentos, aqueles que a sociedade, e até nós mesmos, não podemos aceitar. Ela nos leva a nos comportarmos de uma forma que normalmente não nos permitiríamos. E, quando isso ocorre, geralmente insistimos em afirmar que fomos acometidos por algo que estava além do nosso controle. Esse "algo" é a sombra, a parte primitiva da natureza do homem. Mas a sombra exerce também um outro papel, possui um aspecto positivo, uma vez que é responsável pela espontaneidade, pela criatividade, pelo insight e pela emoção profunda, características necessárias ao pleno desenvolvimento humano. Devemos tornar a nossa sombra mais clara possível. Procurando um trabalho partindo do interior para o exterior. A sombra é freqüentemente projetada em outra pessoa, que aparece ao indivíduo como negativa.
Sombra, em psicologia analítica, refere-se ao arquétipo que é o nosso ego mais sombrio. É, por assim dizer, a parte animalesca da personalidade humana. Para Carl Gustav Jung, esse arquétipo foi herdado das formas inferiores de vida através da longa evolução que levou ao ser humano. A sombra contém todas aquelas atividades e desejos que podem ser considerados imorais e violentos, aqueles que a sociedade, e até nós mesmos, não podemos aceitar. Ela nos leva a nos comportarmos de uma forma que normalmente não nos permitiríamos. E, quando isso ocorre, geralmente insistimos em afirmar que fomos acometidos por algo que estava além do nosso controle. Esse "algo" é a sombra, a parte primitiva da natureza do homem. Mas a sombra exerce também um outro papel, possui um aspecto positivo, uma vez que é responsável pela espontaneidade, pela criatividade, pelo insight e pela emoção profunda, características necessárias ao pleno desenvolvimento humano. Devemos tornar a nossa sombra mais clara possível. Procurando um trabalho partindo do interior para o exterior. A sombra é freqüentemente projetada em outra pessoa, que aparece ao indivíduo como negativa.
Reintegrar a
sombra pessoal
“Até aos
trinta anos, passamos a maior parte do nosso tempo decidindo quais os aspectos
de nós próprios que vamos lançar para o nosso saco dos desperdícios; depois
passamos o resto da nossa vida a tentar retirá-los dele.”
Robert Bly
SOMBRAS: Na realidade esse
conceito é uma metáfora, introduzida por Jung,
para descrever o material pessoal que, inconscientemente, temos rejeitado,
relegado e enviado para o inconsciente pelo
temor a não sermos aceitos, reconhecidos, queridos… pelas pessoas que
desempenharam um papel determinante na nossa vida e na nossa educação.
DESCOBERTA DA
SOMBRA PARA JUNG:
TIVE UM SONHO QUE ME ASSUSTOU E ME ANIMOU AO MESMO TEMPO. ERA DE NOITE, E
ENCONTRAVA-ME NUM LUGAR DESCONHECIDO. AVANÇAVA COM DIFICULDADE CONTRA UM VENTO
FORTE. UMA DENSA BRUMA COBRIA TUDO. NAS MINHAS MÃOS EM FORMA DE TAÇA, TINHA UMA
DÉBIL LUZ QUE AMEAÇAVA EXTINGUIR-SE A TODO O MOMENTO. A MINHA VIDA DEPENDIA
DESSA DÉBIL LUZ,QUE EU PROTEGIA PRECIOSAMENTE. DE REPENTE, TIVE A IMPRESSÃO DE
QUE ALGO AVANÇAVA ATRAS DE MIM. OLHEI
PARA TRAS E APERCEBI-ME DA FORMA GIGANTESCA DE UM SER QUE ME SEGUIA. MAS AO
MESMO TEMPO ESTAVA CONSCIENTE DE QUE, APESAR DO MEU TERROR, DEVIA PROTEGER A
MINHA LUZ ATRAVES DAS TREVAS E CONTRA O VENTO. AO ACORDAR DEI-ME CONTA QUE A
FORMA MONSTRUOSA ERA A MINHA SOMBRA, FORMADA
PELA PEQUENA CHAMA QUE TINHA ACESO NO
MEIO DA TEMPESTADE. SABIA TAMBÉM QUE AQUELA FRAGIL LUZ ERA A MINHA CONSCIENCIA, A ÚNICA QUE POSSUIA.
CONFRONTADA COM O PODER DAS TREVAS, ERA UMA LUZ, A MINHA ÚNICA LUZ (RECUERDOS, SUEÑOS E PENSAMIENTOS)
Para conseguir a aprovação dos outros, rejeitamos o
que nós acreditávamos não ser aceitável para eles que, por esta razão se
converteu em rejeitável para nós próprios. Esse não aceitável tanto pode ser
positivo como negativo.
Em contraste com a sombra, que é o ocultamos, a “persona” ou a máscara, é o público, o que mostramos ante o mundo. Aferramo-nos
à máscara porque acreditamos que é o mais valioso que possuímos. “Quanto mais brilha a nossa máscara, mais
escura é a nossa sombra”.
Quanto maior for a distancia entre a imagem do que queremos ser e o que na
verdade somos, mais nos invadirá a ansiedade, por temor a que outros calem
o nosso ser.
A sombra
produz-nos medo,
porque se aparece, ameaça a nossa imagem aceitável. Tanto mais ameaçar-nos-à
quanto mais tenhamos lutado por conseguir uma imagem ideal de nós próprios. O que não queremos ser contém precisamente
aquilo que nos faz ser completos.
Por debaixo
da sombra há sempre medos, vários medos: ao querer sobreviver ao meio em que cada um de
nós está, tememos ser objeto de exclusão
social ou familiar. Esse medo quer
seja real ou imaginário, apresenta diversas modalidades: medo de perder o afeto dos pais ou dos mais
chegados, medo de ficar sozinho, medo do ridículo, medo de não ser correto ou
normal, medo de ter vergonha, etc. “A máscara não conhece a sua sombra”.
Ninguém pode escolher o ter ou não ter uma sombra.
A necessidade de construir um eu social gera necessariamente a formação da
sombra. Portanto, o problema não é a formação da sombra, que é inevitável, mas
sim que nos façamos conscientes dela. Por isso o caminho de cura é o da sua integração para unificar o nosso ser, e
ser um eu total.
O complicado é percebermos a Sombra. Como toda boa sombra, ela sempre fica atrás de nós (se estamos olhando para a fonte de
Luz) e dificilmente a vemos chegando. Também, se está escuro, não vemos a
sombra. E geralmente só percebemos a Sombra porque ela está projetada em algo.
Projeção aqui é o conceito chave para compreender
tudo isso. Basicamente, tudo o que nos é inconsciente (e a Sombra se inclui
nisso, por motivos óbvios) só nos é percebido quando é projetado. E o que isso quer dizer? Basicamente
que quando eu olho para algo e eu
reconheço que isso é diferente de mim, eu estou projetando nela a minha sombra;
principalmente se além de reconhecer a diferença eu coloco repulsa ou algo que
me separe ainda mais disso.
Como a Sombra reúne tudo o que reconheço
(inconscientemente, a princípio) como sendo não-Eu, basicamente tudo o que vejo como não-eu no mundo se torna
projeção da minha sombra. Em outras palavras, quando eu vejo isso, eu estou vendo no outro o que reconheço como
sendo não-eu em mim mesmo.
O mecanismo pode parecer um pouco complicado, mas
basicamente funciona assim: como não
reconheço determinada característica em mim, então eu reprimo isso, que
fica inconsciente. Mas isso não fica esquecido, mas sim jogado no mundo, no outro, que é visto como portando isso
que não reconheço em mim, que é minha sombra. Eu posso conscientizar isso, mas
não internalizo como sendo eu.
Sombra!? Um bom exemplo disso, e um exemplo bem banal: José é um cara
preguiçoso, mas ele não quer reconhecer isso. A preguiça nele é reconhecida
como sendo um não-eu, já que ele não reconhece para si nem para os outros que
ele é preguiçoso. Ele então pede a Pedro que está sentado ao seu lado para
fazer o favor de alcançar uma pasta que está na outra mesa. Pedro lamenta e diz
que não pode e que o próprio José poderia pegar a pasta, já que a distância é a
mesma. José então fica indignado e chama Pedro de preguiçoso porque ele foi
incapaz de se levantar para pegar a pasta. O engraçado é que o próprio José
também foi incapaz de levantar para pegar a pasta, o que o torna, segundo seus
próprios critérios, um preguiçoso. Mas como a preguiça no José faz parte de sua
Sombra, ele não reconhece como sendo de si mesmo, mas sim projetado no outro e
como sendo o outro.
Na nossa
Sombra, geralmente colocamos os nossos defeitos, nossas culpas, vergonhas,
coisas ruins que são socialmente ou pessoalmente reprovados ou qualquer coisa
que nos é reprimida.
Colocamos também tudo aquilo que nos foi proibido por culpa ou vergonha, quando estávamos cantarolando e criando e então
disseram para nos calar. Só que isso não é ruim!
É importante perceber que nossa “psique”
(personificação da alma), é como a natureza: ela não é moral. Qualidades e
defeitos são valores conscientes que damos as nossas características. Raiva, por exemplo, pode ser visto como defeito, mas pode ser uma
qualidade para quem sabe canalizar esse sentimento de forma proveitosa. Se não
sabemos e nos ensinam (ou aprendemos) que devemos reprimir isso e/ou negar
determinado sentimento/desejo/pensamento, ele acaba virando sombra.
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“Não dependa de ninguém na sua vida, só de Deus, pois até mesmo sua sombra o abandonará quando você estiver na escuridão.”