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domingo, 22 de abril de 2012

Doença x Emoção uma visão psicossomática


“Um funcionamento inadequado da psique pode causar tremendos prejuízos ao corpo, da mesma forma que, inversamente, um sofrimento corporal pode afetar a psique; pois a psique e o corpo não estão separados, mas são animados por uma mesma vida. Assim sendo, é rara à doença corporal que não revele complicações psíquicas, mesmo quando não seja psiquicamente causada.” (Jung).
  
Quando a doença vem da emoção a somatização tem de ser tratada, pois pode enfraquecer as defesas do organismo.

Basta passar por uma situação muito difícil, estressante ou problemática que o corpo fica diferente: a cabeça dói, o resfriado aparece, a digestão se complica, a respiração fica difícil ou a pele se enche de alergias. O fato não é uma simples coincidência, mas um processo chamado pela medicina de somatização, ou seja, a transferência para o corpo do que deveria ser vivido e suportado apenas na mente. Segundo os profissionais que trabalham com a medicina psicossomática, todas as pessoas acabam provocando mudanças no corpo ao enfrentar determinadas situações emocionais, principalmente as que produzem stress e ansiedade. O que muda é a intensidade e a frequência com que isso acontece - de eventos ocasionais a transtornos repetitivos, que acabam se tornando crônicos.

Desse modo, cada vez que uma pessoa não consegue suportar no plano psíquico uma situação, ela acaba produzindo ou agravando sintomas e doenças que se manifestam no corpo. Palpitações, gastrite e dores de cabeça estão entre os sintomas mais comuns, mas a somatização pode deixar o organismo com menos defesas para doenças sérias, como câncer, além de prejudicar a recuperação de uma cirurgia, por exemplo.

"O stress e a ansiedade são os principais fatores que acabam por influenciar no aparecimento, na manutenção ou repetição de uma doença física, porque eles alteram o funcionamento de vários sistemas do nosso organismo", explica o psiquiatra Carlos Andrade, diretor-científico do Comitê de Medicina Psicossomática da Associação Paulista de Medicina.

No entanto, é possível controlar e até mesmo evitar que isso aconteça. Mas a receita, que não é fácil e muito menos rápida, inclui o autoconhecimento, a descoberta de válvulas de escape e uma mudança na maneira de encarar os problemas e reagir a eles, de preferência com acompanhamento de um psicoterapeuta.

SINAIS CEREBRAIS

Apesar de mudar de pessoa para pessoa, a somatização é explicada cientificamente. Raiva, paixão, tristeza, medo e uma série de emoções causam alterações no organismo, liberando ou inibindo a produção de substâncias, como adrenalina, cortisol e serotonina.

Quando a pessoa fica durante muito tempo,  submetida a uma situação diferente, ela desencadeia mudanças no sistema nervoso autônomo, responsável pelos batimentos cardíacos, pela temperatura corporal, pela digestão, pela respiração e pela sexualidade. Além disso, provoca mudanças no sistema endocrinológico, que produz uma série de hormônios, e no sistema imunológico, responsável pela defesa do organismo.

Desse modo, a bagunça no corpo começa e os sintomas aparecerem - o local escolhido depende da herança genética e racial de cada pessoa. "O indivíduo tende a somatizar nas áreas do corpo que já estão mais fragilizadas ou já tiveram um problema no passado. Depende das reações e da composição física de cada pessoa", afirma Andrade.

Mesmo assim, os médicos afirmam que existe um perfil geral do somatizador: pessoas extremamente ligadas ao mundo real, que dão pouco espaço para elaborações psíquicas e em cuja vida não há muito espaço para fantasias e imaginação. Sendo assim, acabam tendo pouco contato e tempo para suas questões psicológicas.

"Como não conseguem eliminar as tensões de uma forma natural, aparecem essas válvulas artificiais e as pessoas desenvolvem doenças físicas que têm certamente origem emocional. A gastrite, por exemplo, pode ser uma patologia do aparelho digestivo que se desenvolve à medida que aumentam o stress e o desgaste do paciente", diz o psiquiatra Leonard Verea, especialista em psicossomática.

Em algumas pessoas, o problema se acentua e aparece de uma outra maneira. Ou seja, a pessoa sente sintomas de várias doenças, é examinada pelos médicos, faz exames, mas não encontra nada no corpo que explique o que sente. Nesse caso, não há doença física com o problema emocional. É o transtorno de somatização, estudado pela psiquiatria.

"O paciente sente sintomas no corpo sem que haja uma causa física que explique aquilo. E ele sofre porque não encontra uma causa. Geralmente, são pessoas que recusam fazer um acompanhamento psicológico", explica o psiquiatra José Atílio Bombana, do Programa de Atendimento e Estudos de Somatização da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

TRATAMENTO

Há cerca de dois anos, ao passar por problemas familiares, a estudante de administração hoteleira Júlia Moraes Ramos, de 22 anos, começou a sentir dores do estômago e a vomitar constantemente. Foi ao médico e teve o diagnóstico: gastrite. "Ele me receitou remédios e um calmante natural, para eu tomar quando ficasse muito nervosa. Era muito rápido. Eu ficava nervosa, preocupada e uma hora depois começa a doer meu estômago, apareciam aftas na minha boca, eu chorava", conta.

Logo depois, e seguindo a recomendação do médico, Júlia procurou uma terapeuta. "Ela falou para mim que quando tenho um problema que não consigo digerir acabo atacando o meu estômago. Depois da terapia melhorei bastante, aprendi a não ficar fazendo mal para mim, tento me entender e me controlar", diz.

A estudante seguiu o caminho mais recomendado pelos médicos. Segundo eles, apenas tomar remédios para aliviar os sintomas ou curar a doença não são suficientes. Sem mexer na origem do problema, a somatização continuará. "A pessoa precisa ter a humildade de se olhar no espelho e dizer: eu preciso mudar. E ter a coragem para mudar. Senão ficará se repetindo para sempre", observa o psiquiatra Verea.

"A mudança acontece quando consigo conhecer minha capacidade, incapacidade, bondade e maldade. Aí a pessoa pode discernir o que sente, o que é dela e o que está absorvendo do ambiente em que está", diz a psicóloga Maria Rosa Spinelli, da Associação Brasileira de Medicina Psicossomática.

Cuide de seus sentimentos, reflita, compreenda e releve tudo aquilo que não te trouxer satisfação e prazer.


Doença, Perdão, Cura, até onde estão relacionadas!?

A psicóloga e escritora americana Louise l. Hay afirma que todas as doenças que temos são criadas por nós mesmos e, que somos 100% responsáveis por tudo de ruim que acontece no nosso organismo. Todas as doenças têm origem num estado de "não perdão". Quando estamos doentes, necessitamos descobrir a quem precisamos perdoar. Quando estamos empacados num certo ponto, significa que precisamos perdoar mais. Pesar, tristeza, raiva e vingança são sentimentos que vieram de um espaço onde não houve perdão. Perdoar dissolve o ressentimento. A escritora em seu livro ”Você Pode Curar Sua Vida”, descreve as "doenças" que criamos em nosso corpo através das reações e dos reflexos dos nossos pensamentos, sentimentos e crenças interiores. A seguir ela elaborou a relação de algumas doenças e suas prováveis causas. Reflita, vale a pena tentar evitá-las!


Veja se identifica algum sintoma em você...

I - SISTEMA CIRCULATÓRIO
Coração - entusiasmo e motivação pessoal.
Problemas cardíacos em geral - desânimo e desmotivação.
Angina - firmeza aparente, que esconde amarguras e sofrimentos. Dos falsos valores, perda da motivação e entusiasmo pela vida.
Infarto - desmoronamento
Taquicardia - entusiasmo reprimido.

PRESSÃO ARTERIAL - fuga dos conflitos que envolvem a afetividade.
Pressão Alta - fuga através da preocupação ou dedicação excessiva aos afazeres.
Pressão Baixa - fuga pelo esquecimento, desejo de abandonar tudo.
Sangue - expressão da individualidade, fiel representante da alma, que da vida ao corpo.
Anemia - falta de ânimo e vitalidade.
Coagulação sanguínea - incapacidade de se refazer mediante as perdas.
Hemorragia - desrespeito ao ritmo interno, ultrapassando os próprios limites e perdendo-se no que faz.
Leucemia - ressentimento por não conseguir manter a integridade na vida.

Tipos Sanguíneos:
A - pessoas conservadoras, detalhistas, harmoniosas, prestativas, sem pretensões de liderança.
AB - pessoas colaboradoras, cumpridoras de compromissos, prestativas.
B - pessoas com autoconhecimento, que sabem o que querem, mas com dificuldades para lidar com os outros.
O - pessoas comunicativas, com capacidade de liderança, convincentes, determinadas, expressivas

Vasos Sanguíneos - senso de direção e limites.
Aneurisma - negação da própria fragilidade e limitações, abraçando causas externas. Alta responsabilidade para se manter no poder e controle da situação.
Arteriosclerose - resistência ao novo.
Flebite - intransigência e irritação diante de obstáculos.
Trombose - pessimismo e limitação na vida.
Varizes - estagnação numa situação desagradável, frustração por não realizar ideias e objetivos. Fazer de tudo, menos o necessário.

II - SISTEMA DIGESTIVO
Afta – auto punição por sentir-se despreparado e negar a própria capacidade.
Dentes- decisão, vitalidade e força agressiva.
Canal - índole, senso moral e familiar.
Cáries - indecisão, perda da solidez interior.
Diabetes - depressão, falta de docilidade, pessimismo.
Hipoglicemia - ansiedade, resgate do tempo perdido.
Digestão - elaboração e aceitação dos acontecimentos.
Esôfago - realismo.
Esofagite - constante irritação.
Hérnia de hiato - sentimento de culpa.
Estômago - processador das emoções básicas.
Estomatite - sentimento de invasão e incapacidade de sustentar o próprio ponto de vista.
Faringe - aceitação dos fatos triviais.
Faringite - irritação por não saber lidar com episódios desagradáveis.
Fígado - órgão da mudança, força agressiva.
Cirrose - autodestruição.
Hepatite - resistência ao novo, gerando bloqueios.
Glândulas Salivares - sentimento de segurança.
Caxumba - sentimento de impotência.
Síndrome de Sjogren (SS) - revolta e indisposição em absorver os episódios da vida.
Hemorroídas - apego às mágoas do passado.
Intestino Delgado - absorção e aproveitamento das experiências de vida. Capacidade de entendimento.
Diarréia - súbito desapego, sem elaborar a experiência.
Intestino Grosso - expressão dos mais profundos sentimentos. Doação e generosidade.
Intestino preso - recusa na exteriorização dos sentimentos.
Prisão de ventre – meticulosidade, atrapalhar-se com detalhes, contenção da espontaneidade.
Língua - prazer e articulação da expressão.
Mau Hálito - desejo inconsciente de distanciar as pessoas.
Maxilar - dosagem da força agressiva.
Gengiva - firmeza nas decisões.
Gengivite - frustração por não conseguir sustentar decisões.
Náusea e Vômito - resistência e recusa a situações.
Pâncreas - abrir-se para a vida e as pessoas, extraindo o melhor da situação. Alegria e descontração em viver.
Depressão no Pâncreas - quadro psicológico que acompanha as principais doenças pancreáticas.
Pancreatite - amargura, frustração e raiva.
Suco Gástrico - resposta mental às situações da vida.
Gastrite - atividade mental proporcionalmente
maior que os fatos.
Úlcera - não se permite falhar nem compartilha os problemas. Agressividade sufocada.
Vesícula Biliar - sentir-se em condições de enfrentar os grandes obstáculos da vida.

III - SISTEMA REPRODUTOR Feminino

Baixa ou falta de desejo (Frigidez) - bloqueios que impedem a entrega no ato sexual.
Mamas - feminilidade e afetividade, capacidade de entrega e doação.
Amamentação - capacidade de doação.
Coceira - insatisfação com a dedicação ou a forma como é tratada pelos outros.
Flacidez - falta de sustentação interior, perda da autoconfiança.
Mastite - conflitos durante a dedicação.
Nódulos - bloqueios afetivos.
Menstruação - renovação, desprendimento e aceitação da feminilidade.
Amenorreia - regressão na maturidade feminina, apego a situações ou pessoas que foram marcantes.
Menopausa - maturidade emocional.
Outros problemas - rejeição da própria feminilidade, dificuldade em lidar com mudanças.
Ovários - criatividade feminina
Cistos - criatividade sufocada, culpa pelas ideias que deram errado.
Ovário policístico - confusão mental, dificuldade em expor ideias.
Tubas Uterinas - elaboração das ideias, forma como se expressa a criatividade.
Infertilidade/esterilidade - sentir-se incapaz de sustentar uma situação (igual para os homens)
Laqueadura - influência negativa na elaboração das ideias.
Útero - natureza feminina, originalidade e espontaneidade.
Miomas e Fibromas - deixar-se moldar pelo externo, não preservar sua natureza íntima.
Vagina - prazer na vida e no sexo.
Coceira - expectativas frustradas em relação ao prazer ou ao parceiro.
Corrimento - profundos ferimentos afetivos ou sexuais.
Ressecamento - despreparo para o prazer.
Vaginismo - falta de soltura e entrega ao prazer.

III.2 - SISTEMA REPRODUTOR Masculino
Pênis - prazer masculino, capacidade de concretizar os objetivos da vida.
Disfunção erétil - autodepreciação, inferioridade e fracasso na vida.
Próstata - caráter masculino.
Testículos - criatividade masculina.

IV - SISTEMA RESPIRATÓRIO
Brônquios - relação entre os mundos interno e externo, interação harmoniosa com o ambiente.
Asma brônquica - sentimento de inferioridade disfarçado pelo desejo de poder e controle do ambiente.
Bronquite - dificuldade de relacionar-se com o ambiente. Incapacidade de expressar sentimento de agressão. Necessidade de chamar atenção, isolar-se ou fazer chantagem.
Fossas Nasais - primeiro contato entre o externo e o interno, habilidade para lidar com os palpites e sugestões dos outros.
Gripe ou resfriado - confusão interior, despreparo para lidar com mudanças, falta de confiança no novo.
Rinite - abalar-se pelas confusões do ambiente, não se permitir errar, adotar comportamento exemplar.
Sinusite - profunda irritação com alguém bem próximo, decepção provocada pelas expectativas.

IV.3. - FENÔMENOS RESPIRATÓRIOS
Bocejo - mobilização orgânica para refazer-se do desgaste físico ou da perda energética, desprendimento da negatividade agregada.
Espirro - impulso de defesa contra ideias ou energias negativas.
Ronco - teimosia, rigidez de ideias.
Soluço - ansiedade e medo do desfecho de uma situação.
Tosse - regressão dos impulsos agressivos e desejo de atacar.
Laringe - seleção e discernimento entre ideias e fatos.
Calos nas Cordas Vocais - revolta e aspereza na forma de falar.
Disfunções da Fala - contenção dos impulsos.
Engasgo - ser surpreendido por coisas que vêm atravessadas.
Gagueira - incapacidade de falar por si, tolher-se na expressão.
Laringite - irritação por não conseguir manter sua força de expressão, frustração por não falar o que pensa.
Voz - via de expressão do ser.
Pulmões - órgãos de contato e relacionamento com a vida e o ambiente.
Edema - apego emocional seguido de desmotivação e perda da vontade de viver.
Enfisema - medo e negação da vida, dificuldade em encarar os obstáculos.
Pneumonia - cansaço da vida, irritação por se doar muito aos outros sem retorno.
Tuberculose - crueldade e desejo de vingança sufocado.

V - SISTEMA URINÁRIO
Bexiga - necessidade de aliviar tensões emocionais e psicológicas.
Cistite - irritação com o parceiro ou com as intrigas no lar, traumas sexuais ou culpa pelas atitudes incorretas de alguém querido.
Enurese noturna - emoções reprimidas, tensões e medos liberados durante o sono.
Incontinência Urinária - medo de perder o controle emocional em situações afetivas.
Uretrite - sentir-se irritado e chateado com as situações ao redor.

Outros Problemas na Bexiga - apego a situações do passado, frustração e “vitimismo”.
Rins - correspondem ao âmbito da parceria: capacidade de amar e de se relacionar.
Cálculos renais - apego às complicações afetivas. Cultivar mágoas e cultivar excessivamente os entes queridos.
Cólica renal - apego a quem ama, não admitir nenhum tipo de ruptura no relacionamento.
Outros Problemas Renais - dificuldades nos relacionamentos.

“Pense primeiro antes de ir e se for para sofrer, não vá, só vá se te der prazer!”


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“Não dependa de ninguém na sua vida, só de Deus, pois até mesmo sua sombra o abandonará quando você estiver na escuridão.”

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