“Um funcionamento inadequado da psique pode causar tremendos prejuízos
ao corpo, da mesma forma que, inversamente, um sofrimento corporal pode afetar
a psique; pois a psique e o corpo não estão separados, mas são animados por uma
mesma vida. Assim sendo, é rara à doença corporal que não revele complicações
psíquicas, mesmo quando não seja psiquicamente causada.” (Jung).
Quando
a doença vem da emoção a somatização tem de ser tratada, pois pode enfraquecer
as defesas do organismo.
Basta
passar por uma situação muito difícil, estressante ou problemática que o corpo
fica diferente: a cabeça dói, o resfriado aparece, a digestão se complica, a
respiração fica difícil ou a pele se enche de alergias. O fato não é uma
simples coincidência, mas um processo chamado pela medicina de somatização, ou seja, a transferência para o corpo do que deveria ser vivido e suportado
apenas na mente. Segundo os profissionais que trabalham com a medicina psicossomática, todas as
pessoas acabam provocando mudanças no corpo ao enfrentar determinadas situações
emocionais, principalmente as que produzem stress e ansiedade. O que muda é a
intensidade e a frequência com que isso acontece - de eventos ocasionais a
transtornos repetitivos, que acabam se tornando crônicos.
Desse
modo, cada vez que uma pessoa não consegue suportar no plano psíquico uma
situação, ela acaba produzindo ou agravando sintomas e doenças que se
manifestam no corpo. Palpitações, gastrite e dores de cabeça estão entre os
sintomas mais comuns, mas a somatização
pode deixar o organismo com menos defesas para doenças sérias, como câncer,
além de prejudicar a recuperação de uma cirurgia, por exemplo.
"O
stress e a ansiedade são os principais fatores que acabam por influenciar no
aparecimento, na manutenção ou repetição de uma doença física, porque eles
alteram o funcionamento de vários sistemas do nosso organismo", explica o
psiquiatra Carlos Andrade, diretor-científico do Comitê de Medicina
Psicossomática da Associação Paulista de Medicina.
No
entanto, é possível controlar e até mesmo evitar que isso aconteça. Mas a
receita, que não é fácil e muito menos rápida, inclui o autoconhecimento, a descoberta de válvulas de escape e uma mudança na
maneira de encarar os problemas e reagir a eles, de preferência com acompanhamento de um psicoterapeuta.
SINAIS
CEREBRAIS
Apesar
de mudar de pessoa para pessoa, a somatização é explicada cientificamente. Raiva, paixão, tristeza, medo e uma
série de emoções causam alterações no organismo, liberando ou inibindo a produção de substâncias, como adrenalina, cortisol e serotonina.
Quando
a pessoa fica durante muito tempo, submetida a uma situação diferente, ela
desencadeia mudanças no sistema nervoso
autônomo, responsável pelos batimentos cardíacos, pela temperatura
corporal, pela digestão, pela respiração e pela sexualidade. Além disso,
provoca mudanças no sistema
endocrinológico, que produz uma série de hormônios, e no sistema imunológico, responsável pela
defesa do organismo.
Desse
modo, a bagunça no corpo começa e os sintomas aparecerem - o local escolhido
depende da herança genética e racial de cada pessoa. "O indivíduo tende a somatizar nas áreas do corpo que já estão mais
fragilizadas ou já tiveram um
problema no passado. Depende das reações e da composição física de cada
pessoa", afirma Andrade.
Mesmo
assim, os médicos afirmam que existe um perfil
geral do somatizador: pessoas
extremamente ligadas ao mundo real, que dão pouco espaço para elaborações
psíquicas e em cuja vida não há muito espaço para fantasias e imaginação.
Sendo assim, acabam tendo pouco contato e tempo para suas questões
psicológicas.
"Como
não conseguem eliminar as tensões de uma forma natural, aparecem essas válvulas
artificiais e as pessoas desenvolvem
doenças físicas que têm certamente origem emocional. A gastrite, por
exemplo, pode ser uma patologia do aparelho digestivo que se desenvolve à
medida que aumentam o stress e o desgaste do paciente", diz o psiquiatra
Leonard Verea, especialista em psicossomática.
Em
algumas pessoas, o problema se acentua e aparece de uma outra maneira. Ou seja,
a pessoa sente sintomas de várias doenças, é examinada pelos médicos, faz
exames, mas não encontra nada no corpo que explique o que sente. Nesse caso,
não há doença física com o problema emocional. É o transtorno de somatização, estudado pela psiquiatria.
"O paciente sente sintomas no corpo sem que
haja uma causa física que explique aquilo. E ele sofre porque não encontra
uma causa. Geralmente, são pessoas que
recusam fazer um acompanhamento psicológico", explica o psiquiatra
José Atílio Bombana, do Programa de Atendimento e Estudos de Somatização da
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
TRATAMENTO
Há
cerca de dois anos, ao passar por problemas familiares, a estudante de
administração hoteleira Júlia Moraes Ramos, de 22 anos, começou a sentir dores
do estômago e a vomitar constantemente. Foi ao médico e teve o diagnóstico:
gastrite. "Ele me receitou remédios e um calmante natural, para eu tomar
quando ficasse muito nervosa. Era muito rápido. Eu ficava nervosa, preocupada e
uma hora depois começa a doer meu estômago, apareciam aftas na minha boca, eu
chorava", conta.
Logo
depois, e seguindo a recomendação do médico, Júlia procurou uma terapeuta.
"Ela falou para mim que quando tenho um problema que não consigo digerir
acabo atacando o meu estômago. Depois da terapia melhorei bastante, aprendi a não ficar fazendo mal para mim,
tento me entender e me controlar", diz.
A
estudante seguiu o caminho mais recomendado pelos médicos. Segundo eles, apenas
tomar remédios para aliviar os sintomas ou curar a doença não são suficientes. Sem mexer na origem do problema, a
somatização continuará. "A pessoa precisa ter a humildade de se olhar
no espelho e dizer: eu preciso mudar. E
ter a coragem para mudar. Senão ficará se repetindo para sempre",
observa o psiquiatra Verea.
"A mudança acontece quando consigo conhecer
minha capacidade, incapacidade, bondade e maldade. Aí a pessoa pode discernir o que sente, o que é dela e o que
está absorvendo do ambiente em que está", diz a psicóloga Maria Rosa
Spinelli, da Associação Brasileira de Medicina Psicossomática.
Cuide de seus sentimentos,
reflita, compreenda e releve tudo aquilo que não te trouxer satisfação e
prazer.
I
- SISTEMA CIRCULATÓRIO
Doença, Perdão, Cura, até onde estão
relacionadas!?
A
psicóloga e escritora americana Louise l. Hay afirma que todas as doenças que
temos são criadas por nós mesmos e, que somos 100% responsáveis por tudo de
ruim que acontece no nosso organismo. Todas as doenças têm origem num estado de
"não perdão". Quando estamos doentes, necessitamos descobrir a quem
precisamos perdoar. Quando estamos empacados num certo ponto, significa que
precisamos perdoar mais. Pesar, tristeza, raiva e vingança são sentimentos que
vieram de um espaço onde não houve perdão. Perdoar dissolve o ressentimento. A
escritora em seu livro ”Você Pode Curar Sua Vida”, descreve as
"doenças" que criamos em nosso corpo através das reações e dos
reflexos dos nossos pensamentos, sentimentos e crenças interiores. A seguir ela
elaborou a relação de algumas doenças e suas prováveis causas. Reflita, vale a
pena tentar evitá-las!
Veja se identifica
algum sintoma em você...
Coração - entusiasmo e
motivação pessoal.
Problemas cardíacos em
geral - desânimo e desmotivação.
Angina - firmeza
aparente, que esconde amarguras e sofrimentos. Dos falsos valores, perda da
motivação e entusiasmo pela vida.
Infarto - desmoronamento
Taquicardia -
entusiasmo reprimido.
PRESSÃO
ARTERIAL - fuga dos
conflitos que envolvem a afetividade.
Pressão Alta - fuga
através da preocupação ou dedicação excessiva aos afazeres.
Pressão Baixa - fuga
pelo esquecimento, desejo de abandonar tudo.
Sangue - expressão da
individualidade, fiel representante da alma, que da vida ao corpo.
Anemia - falta de ânimo
e vitalidade.
Coagulação sanguínea -
incapacidade de se refazer mediante as perdas.
Hemorragia -
desrespeito ao ritmo interno, ultrapassando os próprios limites e perdendo-se
no que faz.
Leucemia -
ressentimento por não conseguir manter a integridade na vida.
Tipos
Sanguíneos:
A - pessoas
conservadoras, detalhistas, harmoniosas, prestativas, sem pretensões de
liderança.
AB - pessoas colaboradoras,
cumpridoras de compromissos, prestativas.
B - pessoas com
autoconhecimento, que sabem o que querem, mas com dificuldades para lidar com
os outros.
O - pessoas
comunicativas, com capacidade de liderança, convincentes, determinadas,
expressivas
Vasos Sanguíneos -
senso de direção e limites.
Aneurisma - negação da
própria fragilidade e limitações, abraçando causas externas. Alta
responsabilidade para se manter no poder e controle da situação.
Arteriosclerose -
resistência ao novo.
Flebite - intransigência
e irritação diante de obstáculos.
Trombose - pessimismo e
limitação na vida.
Varizes - estagnação
numa situação desagradável, frustração por não realizar ideias e objetivos.
Fazer de tudo, menos o necessário.
II
- SISTEMA DIGESTIVO
Afta – auto punição por
sentir-se despreparado e negar a própria capacidade.
Dentes- decisão,
vitalidade e força agressiva.
Canal - índole, senso
moral e familiar.
Cáries - indecisão,
perda da solidez interior.
Diabetes - depressão,
falta de docilidade, pessimismo.
Hipoglicemia -
ansiedade, resgate do tempo perdido.
Digestão - elaboração e
aceitação dos acontecimentos.
Esôfago - realismo.
Esofagite - constante
irritação.
Hérnia de hiato -
sentimento de culpa.
Estômago - processador
das emoções básicas.
Estomatite - sentimento
de invasão e incapacidade de sustentar o próprio ponto de vista.
Faringe - aceitação dos
fatos triviais.
Faringite - irritação
por não saber lidar com episódios desagradáveis.
Fígado - órgão da
mudança, força agressiva.
Cirrose -
autodestruição.
Hepatite - resistência
ao novo, gerando bloqueios.
Glândulas Salivares -
sentimento de segurança.
Caxumba - sentimento de
impotência.
Síndrome de Sjogren
(SS) - revolta e indisposição em absorver os episódios da vida.
Hemorroídas - apego às
mágoas do passado.
Intestino Delgado -
absorção e aproveitamento das experiências de vida. Capacidade de entendimento.
Diarréia - súbito
desapego, sem elaborar a experiência.
Intestino Grosso -
expressão dos mais profundos sentimentos. Doação e generosidade.
Intestino preso -
recusa na exteriorização dos sentimentos.
Prisão de ventre –
meticulosidade, atrapalhar-se com detalhes, contenção da espontaneidade.
Língua - prazer e
articulação da expressão.
Mau Hálito - desejo
inconsciente de distanciar as pessoas.
Maxilar - dosagem da
força agressiva.
Gengiva - firmeza nas
decisões.
Gengivite - frustração
por não conseguir sustentar decisões.
Náusea e Vômito -
resistência e recusa a situações.
Pâncreas - abrir-se
para a vida e as pessoas, extraindo o melhor da situação. Alegria e descontração
em viver.
Depressão no Pâncreas -
quadro psicológico que acompanha as principais doenças pancreáticas.
Pancreatite - amargura,
frustração e raiva.
Suco Gástrico -
resposta mental às situações da vida.
Gastrite - atividade
mental proporcionalmente
maior que os fatos.
Úlcera - não se permite
falhar nem compartilha os problemas. Agressividade sufocada.
Vesícula Biliar -
sentir-se em condições de enfrentar os grandes obstáculos da vida.
III
- SISTEMA REPRODUTOR Feminino
Baixa ou falta de
desejo (Frigidez) - bloqueios que impedem a entrega no ato sexual.
Mamas - feminilidade e
afetividade, capacidade de entrega e doação.
Amamentação -
capacidade de doação.
Coceira - insatisfação
com a dedicação ou a forma como é tratada pelos outros.
Flacidez - falta de
sustentação interior, perda da autoconfiança.
Mastite - conflitos
durante a dedicação.
Nódulos - bloqueios
afetivos.
Menstruação -
renovação, desprendimento e aceitação da feminilidade.
Amenorreia - regressão
na maturidade feminina, apego a situações ou pessoas que foram marcantes.
Menopausa - maturidade
emocional.
Outros problemas -
rejeição da própria feminilidade, dificuldade em lidar com mudanças.
Ovários - criatividade
feminina
Cistos - criatividade
sufocada, culpa pelas ideias que deram errado.
Ovário policístico -
confusão mental, dificuldade em expor ideias.
Tubas Uterinas -
elaboração das ideias, forma como se expressa a criatividade.
Infertilidade/esterilidade
- sentir-se incapaz de sustentar uma situação (igual para os homens)
Laqueadura - influência
negativa na elaboração das ideias.
Útero - natureza
feminina, originalidade e espontaneidade.
Miomas e Fibromas -
deixar-se moldar pelo externo, não preservar sua natureza íntima.
Vagina - prazer na vida
e no sexo.
Coceira - expectativas
frustradas em relação ao prazer ou ao parceiro.
Corrimento - profundos
ferimentos afetivos ou sexuais.
Ressecamento -
despreparo para o prazer.
Vaginismo - falta de
soltura e entrega ao prazer.
III.2
- SISTEMA REPRODUTOR Masculino
Pênis - prazer
masculino, capacidade de concretizar os objetivos da vida.
Disfunção erétil -
autodepreciação, inferioridade e fracasso na vida.
Próstata - caráter
masculino.
Testículos -
criatividade masculina.
IV
- SISTEMA RESPIRATÓRIO
Brônquios - relação
entre os mundos interno e externo, interação harmoniosa com o ambiente.
Asma brônquica -
sentimento de inferioridade disfarçado pelo desejo de poder e controle do
ambiente.
Bronquite - dificuldade
de relacionar-se com o ambiente. Incapacidade de expressar sentimento de
agressão. Necessidade de chamar atenção, isolar-se ou fazer chantagem.
Fossas Nasais -
primeiro contato entre o externo e o interno, habilidade para lidar com os
palpites e sugestões dos outros.
Gripe ou resfriado -
confusão interior, despreparo para lidar com mudanças, falta de confiança no
novo.
Rinite - abalar-se
pelas confusões do ambiente, não se permitir errar, adotar comportamento
exemplar.
Sinusite - profunda
irritação com alguém bem próximo, decepção provocada pelas expectativas.
IV.3.
- FENÔMENOS RESPIRATÓRIOS
Bocejo - mobilização
orgânica para refazer-se do desgaste físico ou da perda energética,
desprendimento da negatividade agregada.
Espirro - impulso de
defesa contra ideias ou energias negativas.
Ronco - teimosia,
rigidez de ideias.
Soluço - ansiedade e
medo do desfecho de uma situação.
Tosse - regressão dos
impulsos agressivos e desejo de atacar.
Laringe - seleção e
discernimento entre ideias e fatos.
Calos nas Cordas Vocais
- revolta e aspereza na forma de falar.
Disfunções da Fala -
contenção dos impulsos.
Engasgo - ser
surpreendido por coisas que vêm atravessadas.
Gagueira - incapacidade
de falar por si, tolher-se na expressão.
Laringite - irritação
por não conseguir manter sua força de expressão, frustração por não falar o que
pensa.
Voz - via de expressão
do ser.
Pulmões - órgãos de
contato e relacionamento com a vida e o ambiente.
Edema - apego emocional
seguido de desmotivação e perda da vontade de viver.
Enfisema - medo e negação
da vida, dificuldade em encarar os obstáculos.
Pneumonia - cansaço da
vida, irritação por se doar muito aos outros sem retorno.
Tuberculose - crueldade
e desejo de vingança sufocado.
V
- SISTEMA URINÁRIO
Bexiga - necessidade de
aliviar tensões emocionais e psicológicas.
Cistite - irritação com
o parceiro ou com as intrigas no lar, traumas sexuais ou culpa pelas atitudes
incorretas de alguém querido.
Enurese noturna -
emoções reprimidas, tensões e medos liberados durante o sono.
Incontinência Urinária
- medo de perder o controle emocional em situações afetivas.
Uretrite - sentir-se
irritado e chateado com as situações ao redor.
Outros Problemas na
Bexiga - apego a situações do passado, frustração e “vitimismo”.
Rins - correspondem ao
âmbito da parceria: capacidade de amar e de se relacionar.
Cálculos renais - apego
às complicações afetivas. Cultivar mágoas e cultivar excessivamente os entes
queridos.
Cólica renal - apego a
quem ama, não admitir nenhum tipo de ruptura no relacionamento.
Outros Problemas Renais
- dificuldades nos relacionamentos.
“Pense primeiro antes
de ir e se for para sofrer, não vá, só vá se te der prazer!”
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“Não dependa de ninguém na sua vida, só de Deus, pois até mesmo sua sombra o abandonará quando você estiver na escuridão.”