Quem já não se sentiu constrangido ao falar em público, ao manter uma conversa com uma pessoa que não tenha intimidade, ou até numa situação de paquera? Se com o tempo você se torna mais confortável com a situação, você é apenas tímido. Caso o desconforto seja persistente, acompanhado de um intenso medo de criticas ou de sentir-se ridicularizado, e você passa a evitar essa situação desconfortável, você sofre de Fobia Social. Entre 10% e 15% da população sofre desse mal. A doença pode começar na Infância e persistir até a vida adulta.
Na Infância podemos identificar, por exemplo, naquela criança que quando chega um adulto se esconde atrás da perna da mãe e não se solta com o tempo. Na apresentação da escola não vai ao palco, mesmo depois de ter ido em todos os ensaios e ter falado em casa durante um mês sobre a apresentação. É aquela criança que não consegue ficar na hora do parabéns, no seu próprio aniversário, mesmo sendo a festa dos seus sonhos. Não se acostuma com o tio animador do hotel, mesmo após alguns dias de contato, a não ser que a mãe ou o pai fique junto.
Na adolescência e na vida adulta, os exemplos mais comuns de situações em que os fóbicos sociais se sentem desconfortáveis são listadas abaixo. Os fóbicos sociais tendem a evitar essas situações, perdendo oportunidades na vida ou até passando por antipáticos.
- Falar em público, às vezes até em pequenos grupos, como falar numa reunião do trabalho ou num seminário da faculdade.
- Em situação de paqueras. Só vão quando praticamente sabem que a resposta será um sim (todos os amigos comentaram que ele ou ela estavam querendo o contato).
- Manter uma conversa com pessoas pouco conhecidas. Já está falando num assunto apavorado, e quando termina, não sabe lidar com aquele silêncio, ou mesmo o que fazer com as mãos.
- Falar com pessoas com nível hierárquico maior.
- Expressar desacordo ou dizer não a um pedido.
- Dar e receber parabéns nos aniversários e ocasiões especiais.
- Dificuldade em marcar um encontro.
- Urinar em banheiro público (principalmente nos homens).
- Comer em público.
- Telefonar para quem não tem intimidade, naturalmente evita o telefone.
- Chegar sozinho numa festa ou restaurante.
- Escrever ou assinar o nome quando observado.
- Dificuldade de perguntar sobre ou trocar uma mercadoria no shopping.
- Ser o centro das atenções.
Quando adolescentes ou jovens os fóbicos sociais, na tentativa de minimizar esse problema, podem recorrer ao uso de álcool ou drogas. São jovens que apenas conseguem paquerar, dançar e ser comunicativos nos grupos estando “alto”, ou seja, sob efeito do álcool ou droga. Por não procurar tratamento para a Fobia Social, chega ao consultório com queixa relacionada a dependência química (álcool ou droga).
Quando adultos, eles perdem oportunidades de bons empregos ou promoções por não conseguir expressar suas idéias ou conhecimentos, e por não ser sociável.
Quando adultos, eles perdem oportunidades de bons empregos ou promoções por não conseguir expressar suas idéias ou conhecimentos, e por não ser sociável.
Em qualquer faixa etária, quando exposto à situação de exposição social, pode apresentar sintomas como taquicardia, tremor, voz trêmula, rubor nas bochechas, sudorese, mãos geladas, ondas de calor, tonteiras, gagueira, urgência para urinar, falha na memória (“deu branco”) e muita angústia.
Caso não busque tratamento o indivíduo evita a situação de desconforto e normalmente passa a apresentar sintomas de depressão. O tratamento da Fobia Social consiste no uso de medicamentos (geralmente antidepressivos) e psicoterapia.
É importante procurar auxílio profissional, caso contrário a vida do fóbico social será limitada por essa doença.
Vídeo-Entrevista na TV: COMO VENCER A TIMIDEZ
http://www.youtube.com/watch?v=r1PDei44PVc
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“Não dependa de ninguém na sua vida, só de Deus, pois até mesmo sua sombra o abandonará quando você estiver na escuridão.”