O
número de crianças
e adolescentes atendidos em
hospitais infantis por causa de atos ou pensamentos sobre suicídio, bem como automutilação,
mais do que dobrou na última década nos Estados Unidos, segundo uma pesquisa
apresentada na conferência anual das Sociedades Acadêmicas de Pediatria, em São
Francisco.
Naquele
país, estudos anteriores já tinham revelado a tendência. Um levantamento
divulgado no ano passado mostrou que
a
taxa de mortes por suicídio, na faixa dos 10
aos 14 anos de idade, já tinha superado a de acidentes de trânsito. Mas os
novos dados, que incluem
ideação suicida e mutilação, expõem a base do
iceberg.
A
atual pesquisa incluiu dados de 32 hospitais infantis norte-americanos de
diferentes partes do país, relativos ao período entre 2008 e 2015, e jovens de
5 a 17 anos. Os pesquisadores encontraram 118.363
registros de atos ou ideação suicida e automutilação no período estudado. A
proporção de ocorrências desse tipo, em relação às gerais, passou de 0,67%, em
2008, para 1,79, em 2015.
Mais
da metade dos pacientes com pensamentos ou atos suicidas tinham de 15 a 17 anos de idade, enquanto
36,9% tinham de 12 a 14 anos. O dado
que mais choca é que 12,7% dos registros referem-se a crianças de 5 a 11 anos.
O
aumento mais significativo em relação aos dados anteriores foi observado na
faixa de 15 a 17 anos: a variação foi de 0,27 ponto percentual. A primavera e o outono foram as estações
com maior número de casos. E o verão, a que teve menos registros.
No
Brasil, segundo reportagem recente da BBC Brasil, a taxa de suicídio entre jovens de 15 a 29
anos aumentou 27,2%. A informação foi revelada no Mapa da Violência 2017, feito a partir
de dados do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), do Ministério da
Saúde. Faz sentido que episódios como o
da “Baleia Azul” causem preocupação.
A saúde mental de crianças e
adolescentes precisa ser levada a sério.
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“Não dependa de ninguém na sua vida, só de Deus, pois até mesmo sua sombra o abandonará quando você estiver na escuridão.”