"Na
medicina oriental, a doença é testemunha de um obstáculo para a realização do
Caminho da Vida”.
Assim,
a consciência exprime, por meio de problemas ligados à energia que geram doenças, os
entraves ao seu desenvolvimento pleno. Parece, então, mais lógico
compreender os mecanismos psicoenergéticos que estão por trás da doença a fim
de recobrar a saúde.
Para que servem as diferentes partes
do nosso corpo?
Como
é naturalmente constituído o corpo de cada ser humano? Se simplesmente o
observarmos, poderemos constatar diversas coisas. Ele é, antes de tudo, construído em torno
de um arcabouço, de uma estrutura sólida e dura que é o esqueleto.
Esse esqueleto, constituído pelos ossos, é rígido, porém articulado, de uma
forma que permita todos os movimentos do corpo. Esse mesmo esqueleto é, por sua vez,
estruturado em torno do seu
eixo básico que é a
coluna vertebral.
Nesse caso, trata-se do nosso "tronco
mágico", de onde partem todos os "ramos" do nosso corpo. No
interior dessa estrutura tão rica, temos os diferentes órgãos que encontram um
lugar perfeitamente arquitetado para que a sua função se desenrole nas melhores
condições possíveis. O conjunto é colocado em movimento por um sistema bem
elaborado de motores (músculos) e de
cabos (tendões, ligamentos) e
protegido por uma capa que o cobre completamente (a pele). Vamos observar até que ponto essa construção é interessante,
sempre no que diz respeito à estrutura óssea...
Os males do esqueleto e da coluna
vertebral
O esqueleto e os ossos
representam nossa estrutura, nossa arquitetura interior. Cada vez que
sofremos dos ossos, isso significa que o sofrimento está nas nossas estruturas
interiores, nas nossas crenças quanto à vida. A maior parte dessas
estruturas é não-consciente. São os nossos arquétipos mais profundos, sobre os
quais nos apoiamos inconsciente e permanentemente no nosso cotidiano, na nossa
relação com a vida. As grandes crenças dos povos (histórias, culturas, costumes, religiões)
fazem parte desses arquétipos, como também as questões mais pessoais como o
racismo, a ética, o sentido da honra, da justiça, as perversões ou os medos
viscerais. Os ossos são o que há de mais profundo no nosso corpo.
Vértebras cervicais
Patamar de distribuição pelo(a) Sintomas
comuns
1ª cervical Cabeça, face, sistema simpático, Dor de cabeça, insônia,
estado depressivo, vertigens
2ª cervical Olhos, ouvido,
seios da face, língua, Vertigens, problemas oculares ou auditivos, alergias
3ª cervical Face,
orelhas, dentes, Acne na face, vermelhidão, eczemas, dor de dente
4ª cervical Nariz, lábios, boca, Alergias
(febre do feno, herpes bucal, etc.)
5ª cervical Pescoço e
garganta, Afecções e dores de garganta
6ª cervical Músculos do
pescoço, ombros, braço Torcicolo. dores nos ombros
7ª cervical Ombros,
cotovelos, dedo mínimo e anular Dores, formigamento e dormência
nessas
áreas
Vértebras dorsais
1ª dorsal Antebraço,
mãos, punhos, polegar, dedo indicador, dedo médio, postura, Dores, formigamento
e dormência nessas áreas
2ª dorsal Sistema
cardíaco, plexo cardíaco Sintomas ou dores cardíacas
3ª dorsal Sistema
pulmonar, seios Afecções pulmonares, dor nos seios
4ª dorsal Vesícula
Biliar - Problemas com a Vesícula e com a moral, algumas enxaquecas e afecções cutâneas
5ª dorsal Sistema
hepático, plexo solar - Problemas com o fígado e com a imunidade, fragilidade
afetiva
6ª dorsal Sistema
digestivo, estômago, plexo solar, Problemas com a digestão, acidez gástrica,
aerofagia
7ª dorsal Baço e
Pâncreas, Diabetes
8ª dorsal Diafragma Soluço,
dores no plexo solar
9ª dorsal Glândulas
supra-renais Agressividade, reatividade, reações alérgicas
10ª dorsal Rins
Eliminação ruim, intoxicação, fadiga
11ª dorsal Rins
Eliminação ruim, intoxicação, fadiga
12ª dorsal Intestino
Delgado, sistema linfático Assimilação ruim, dores articulares, gases
Vértebras lombares
1ª lombar Intestino
grosso Constipação, colites, diarreias
2ª lombar Abdômen,
coxas Cãibras, dores abdominais
3ª lombar Órgãos
sexuais, joelhos Regras dolorosas, impotência, cistites, dores nos joelhos
4ª lombar Nervo ciático, músculos lombares
Ciática, lombalgia, problemas de micção
5ª lombar Nervo ciático, pernas Cãibras, pernas
pesadas e doloridas, ciática
Osso sacro e cóccix Bacia,
glúteos, coluna vertebral Problemas no eixo vertebral e no
sacrilíaco,
hemorroidas
O
livro “Diga-me Onde dói e eu te direi
por quê” representa um manual prático perfeito para o uso de todos aqueles
que procuram a chave para decodificar a linguagem do corpo.
Segue abaixo alguns
trechos do livro e
o link do ebook
do Dr. Michael Odoul, como mais uma ferramenta para usarmos na nossa
auto cura, auto desenvolvimento pessoal, auto descobrimento, autoconhecimento e
evolução espiritual.
O excesso ou o ganho de peso
Eles
são um sinal da nossa insegurança material e afetiva em relação ao futuro
próximo ou distante. Eles também significam que temos dificuldade para integrar
as fases da nossa vida em que tivemos perdas, privações. Estamos aí na presença
de um primeiro tipo de insegurança inconsciente, de um medo da falta muitas
vezes não percebido. No entanto, os indivíduos sentem necessidade de estocar,
no caso de "vir a faltar" ou "para evitar que falte de
novo". O segundo tipo de insegurança está relacionado ao mundo exterior. O
medo de ter que enfrentá-lo, de correr o risco de não conseguir, de ficarmos
"despojados" diante dele, nos leva também nesse caso a estocar. Além
disso, "isso nos permite colocar um muro entre nós e o mundo",
protegermos com um edredom feito de carne e de gordura. Aliás, os
"pesados" são na maioria das vezes moles e frágeis e têm uma grande
necessidade de ser "tranquilizados".
O último tipo de sofrimento que
pode se exprimir por trás de um ganho excessivo de peso é mais traiçoeiro e
"grave", pois é negativo. Na verdade, trata-se de uma tentativa
de difamação quanto a si mesmo ou de autopunição. Isso faz com que
desvalorizemos a nossa própria imagem e com que possamos então dizer: "Dá
para ver que você não está bem, não é bonito ou bonita, que não pode ser
amado". Através dessa distorção dos fatos, procuramos enfear a nossa
imagem não só diante de nós mesmos como também diante dos outros. Mas por trás
desses níveis de significação, existe uma trama comum que é a da relação
afetiva com a mãe (alimentação) que não foi equilibrada e que procuramos
compensar. Quando esse elemento se torna preponderante, a dinâmica alimentar,
bulimia ou anorexia, torna-se então um meio a mais para acentuar essa mensagem.
A bulimia
É
a necessidade compulsiva e, às vezes, incontrolável de devorar a comida. Chega
a tal ponto que as pessoas atingidas provocam o vômito para poder comer de
novo. Essa forma grave leva diretamente à depressão, se não puder ser tratada
rapidamente e de forma inteligente. A bulimia nos fala da necessidade de
preencher um vazio existencial, de gerar as nossas angústias a todo o momento
através da alimentação. Isso representa a primeira relação com a vida e com o
primeiro ser que nos ama e nos concede a vida e o seu amor, ou seja, a mãe. A
relação que mantemos com a alimentação está fortemente impregnada da
"lembrança" dessa relação com a mãe e do caráter satisfatório e
compensatório que ela pôde ou soube representar. Cada tensão, frustração,
falta, necessidade de compensação ou de recompensar, se dará através da
alimentação. O medo, a incerteza de não poder recomeçar levam à atitude
compulsiva e repetitiva, ou então ao estoque.
A anorexia
Representa
o fenômeno exatamente inverso. A relação de afeto com a mãe e a sua
representação nutritiva foram insatisfatórias. Mãe "ausente", pouco
afetuosa, que não desejava a criança ou então gostaria de um menino no lugar da
menina (ou de uma menina no lugar do menino) - são muitas as memórias que
às vezes desvalorizam a relação com o alimento e fazem com que ela deixe de ser
atraente para nós ou, pior ainda, que se tome repugnante. Nesse caso também, a
anorexia pode vir a ser grave, a ponto de levar a pessoa à desnutrição mortal
do seu corpo.
O lumbago
(São
dores ou tensões sentidas na parte de baixo das costas, no nível das vértebras
lombares).
As
lombares são em número de cinco e correspondem aos Cinco Princípios e aos cinco
planos básicos da vida de todo indivíduo, a saber: • O casal. • A família. • O
trabalho. • A casa. • O país (a região). Quando atravessamos uma época em que
temos dificuldade para aceitar ou para integrar mudanças que ocorrem nessa
área, nossas vértebras lombares e os nossos lumbagos exprimem nosso receio não
consciente ou nossa recusa quanto a essas mudanças. Muitas vezes, isso acontece
porque elas transtornam nossos hábitos ou as nossas referências e porque é
difícil de ser aceito sem "irritação". O lumbago também pode nos
falar da nossa dificuldade para aceitar os questionamentos, especialmente no meio
familiar e profissional. Temos dificuldade para mudar de posição, de atitude
relacional.
As dores de cabeça e a enxaqueca
Elas
representam nossa dificuldade para aceitar alguns pensamentos ideias ou
sentimentos que nos incomodam ou nos constrangem. O estresse, a
contrariedade, o fato de remoer ou a exploração de ideias
"indesejáveis" ou de constrangimentos exteriores são muitas as
tensões que se manifestam através das dores de cabeça ou da enxaqueca. Quando
segue um trajeto pelos dois lados da cabeça, partindo da nuca para terminar na
direção das têmporas ou do lado dos olhos, quando não for diretamente no olho,
trata-se de uma enxaqueca dita "hepato-biliar". Ela significa que a
tensão é, de preferência, de ordem afetiva, ou que a vivência da situação está
no nível afetivo, que o ser está em questão. Ela está relacionada sobretudo ao
mundo familiar ou íntimo. Quando as dores de cabeça são frontais, muitas vezes
exprimem um recusa de pensamentos, uma teimosia no que diz respeito às idéias atuais
e incorporadas. Elas estão relacionadas com o mundo profissional ou social,e
com a exigência desse quanto a nós.
Os cabelos
Eles
são regidos pelo Princípio da Água. A queda dos cabelos ou a sua descoloração estão ligadas a
uma vivência marcante de estresse, a um medo intenso em relação à morte,
à fragilidade da vida, à precariedade das coisas. A atual situação de
insegurança profissional é a origem do número crescente de quedas de cabelo,
que eram, não faz tanto tempo, uma peculiaridade dos homens. Hoje em dia, as
mulheres vivem o mesmo estresse profissional que os homens e também perdem os
seus cabelos.
O câncer, os tumores cancerosos
São
proliferações celulares anárquicas que aparecem e se desenvolvem numa
determinada parte do organismo. Se forem despistadas a tempo, a doença pode ser
contida no seu ponto de partida, se não, há metástase. O organismo vai sendo progressivamente
invadido pelas células cancerosas que viajam pelo sistema sanguíneo e a
colonização das diferentes partes do corpo se faz sempre através de uma espécie
de rombo no meio celular ambiente. Dada
a gravidade dessa doença, gostaria de relembrar as características principais
do seu processo:
•
Desordem subterrânea, inconsciente e indolor no início.
•
Desenvolvimento anárquico através da perda das referências celulares.
•
Contaminação do organismo pelo circuito sanguíneo ou linfático.
•
Invasão do organismo através de colonização.
•
Colonização através de um arrombamento das áreas atingidas.
•
Conclusão mortal pela autodestruição, se nós não interviermos.
Temos
a seguir a descrição de todo o processo psicológico que precede e prepara o
terreno para a doença. Um dia, o indivíduo sofre um traumatismo (ou uma
acumulação) emocional ou afetivo importante e o armazena no fundo de si mesmo.
Por várias razões - força,
vontade, educação, crença ou fuga -, ele não se permite realmente expressar ou
não reconhece o seu sofrimento e, muito em particular, a perda de referências,
a destruição profunda da crença ou da ilusão que ela representa. O traumatismo
é sentido com uma intrusão, um rombo nas estruturas interiores; e a sua onda de
choque vai colonizar, pouco a pouco, toda a construção psicológica da pessoa.
O
crescimento interior do indivíduo vai então perdendo, pouco a pouco, todas as
suas referências e se tomando "suicida" para a estrutura do ser (ao
inverso do processo "alérgico", que faz com que o indivíduo
raramente, para não dizer jamais, seja canceroso). Todo esse processo vai vencer, contaminando
a capacidade quanto à alegria de viver e às emoções (sistema circulatório), que
vão pouco a pouco sendo impregnadas pela memória do traumatismo e vão
progressivamente dando lugar a sentimentos ou emoções que vão, por si só,
"minando o terreno". Isso é inconsciente, subterrâneo e
indolor até o dia em que tudo "explode" e se declara à luz do dia.
Logo, o
câncer é a destruição da nossa programação interior de equilíbrio e se exprime,
particularmente, através da primeira zona atingida. Muitas vezes, ele traduz
remorsos, feridas, que não podemos ou não queremos cicatrizar e que estão frequentemente associados a um sentimento de
culpa. Trata-se de uma autopunição que se faz definitiva, de
constatação inconsciente de fracasso diante da sua vida ou das suas escolhas de
vida. O que deixei de alcançar, por que estou me punindo, do que estou me
reprovando tão profundamente? De
qualquer maneira, estamos aí diante do último grito lançado pelo Mestre
Interior, pois todos os outros falharam ou foram sufocados.
Os quistos e os nódulos
São
pequenas formações de líquidos orgânicos ou de carne aprisionadas na pele ou
nos tecidos orgânicos. Sendo benignos na maioria das vezes, essas
"bolas" ou "bolsas" representam calos, fixações de memórias
emocionais. Elas nos falam da nossa tendência para reter, sustentar,
endurecer certas feridas interiores. Rancor, impossibilidade de esquecer ou de aceitar as dificuldades
da vida, calos de memórias com as quais não podemos romper, feridas ou
frustrações que não foram aceitas pelo ego, muitos são os elementos
que podem se expressar através dos quistos ou dos nódulos. Enquanto memórias
emocionais egóticas, estão muitas vezes relacionadas às vivências sociais ou
profissionais. O
lugar onde esses quistos ou nódulos aparecem nos revela, naturalmente, uma
informação a mais sobre o tipo de memória bloqueada.
As doenças autoimunes
São
afecções nas quais o organismo mistura vários processos, pois fazem questão da
alergia, da inflamação e da dinâmica cancerosa. São doenças de defesa nas quais o organismo
não reconhece mais suas próprias células e se põe a combatê-las e a destruí-las
como se fossem agentes estrangeiros e perigosos. Por exemplo, a poliartrite de evolução crônica é
degenerativa, no sentido em que ela não respeita mais as leis naturais de
reconhecimento orgânico. Essas afecções nos falam da nossa incapacidade para nos
reconhecer, para nos ver ou nos aceitar tal qual o somos. Essa
dificuldade para identificar o que somos é muitas vezes agravada pela busca de
"responsabilidades exteriores". Estamos em fase de luta contra o
mundo que não nos compreende, que não nos reconhece, não nos ama, enquanto se
trata, na realidade, de um problema nosso. Só discutimos a vida de forma
maniqueísta, e as coisas não existem só em função do bem ou do mal, e as
situações não são vividas somente em termos de certo ou errado. Essa estratégia
conflitante permanente e de defesa compulsiva nos leva a nos destruir
acreditando que estamos destruindo o mundo para nos defender e não para
prejudicar.
As alergias
Elas
são reações de defesa excessivas do organismo perante um "agente"
exterior, normalmente banal, sem nenhum risco particular, mas que é percebido
como um agressor, um inimigo. Poeira, pólen, ácaro, perfume, fruta etc., são
muitos esses adversários "imaginários" contra os quais o organismo
reage violentamente para destruí-los ou expulsá-los. A febre do feno, as alergias cutâneas,
digestivas ou respiratórias nos falam das nossas dificuldades para gerar o
mundo exterior, que é recebido como perigoso ou agressivo. Estamos
na fase da defesa, dos agredidos, das vítimas mas também da Joana D'Arc. Nós ficamos
reativos perante os outros e o nosso primeiro reflexo, não importa o que
aconteça, é uma atitude defensiva forte e mesmo reativa, às vezes.
Estamos ativos e decididos a nos defender a qualquer preço. É por essa
razão que os "alérgicos" quase nunca desenvolvem o câncer.
As inflamações e as febres
O
fogo está em nós e deve fazer valer o seu duplo papel: queimar e purificar,
alertar e limpar, produzir calor e destruir. Tendinites, febres e outras inflamações
estão aí para nos dizer que há fogo dentro de nós, que há superaquecimento, uso
excessivo ou inadequado da parte do corpo em questão. Mas, assim
como para as alergias, o organismo está ativo e procura alertar, limpar,
purificar a zona atingida através do fogo que desencadeia. A significação da inflamação está sempre
associada à do lugar onde ela se produz. Vou citar aqui o exemplo da
Laurence que veio me consultar por causa de uma tendinite no cotovelo direito.
Essa inflamação lhe demonstrava sua dificuldade para aceitar que sua filha
havia crescido e não se comportava mais como ela, sua mãe, gostaria. No
entanto, ela insistia e mantinha um ataque ostensivo inconsciente para o lado
da sua filha, que "não entendia nada" e continuava a levar a sua vida
como desejava. A aceitação dessa constatação fez com que a tendinite no
cotovelo cessasse rapidamente.
A garganta e os seus males
A
garganta é a parte do corpo pela qual passam dois "condutores" de
alimentação, que são o esôfago
(alimentação material) e a traqueia (ar). Também é o lugar onde se situam
as cordas vocais e as amígdalas. Na
parte da frente da garganta, na cavidade laríngea, encontra-se uma glândula
fundamental, a tireoide.
Antes de tudo, a garganta é o lugar pelo qual engolimos, ou melhor, deglutimos
o que engolimos.
Um sistema reflexo muito elaborado nos permite selecionar o tipo de alimento
sólido e o ar, e dirigi-los até o receptáculo adequado, estômago ou pulmão.
Quando esse ajuste não funciona corretamente, ou nós nos sufocamos, ou então
provocamos a aerofagia. Com as cordas
vocais, a garganta é o vetor e o suporte da expressão oral. A fala - as
palavras ou os gritos - depende dela. Logo, ela é afinal a porta, ou melhor, a
alfândega que filtra e seleciona as entradas e as saídas.
Quanto à tireoide, trata-se da glândula
principal, se pudermos dizer assim, da qual depende o equilíbrio do crescimento
e de todo o metabolismo humano, assim como o desenvolvimento do nosso corpo
físico (crescimento, peso). No que diz respeito à energética, a
garganta é a sede do Chacra, dito "da garganta". Esse centro
energético é o da expressão do eu, da maneira como nós nos posicionamos em
relação ao mundo exterior. Ele representa a nossa capacidade para reconhecer e para
exprimir o que somos e para receber aquilo que pode nos enriquecer, nos
alimentar, nos fazer crescer. Enfim, é a sede do nosso potencial de expressão
da criatividade.
Os
males da garganta são aqueles da expressão "O que eu tenho atravessado na garganta",
ou da aceitação "O que eu não consigo engolir". Perda de voz,
angina, engolir errado, aerofagia são sinais da nossa dificuldade para exprimir
o que pensamos ou sentimos, muitas vezes por medo das consequências dessa expressão.
Nós preferimos então deixar as coisas "na alfândega". Esses males
são, por extensão, as marcas de uma falta de expressão do nosso eu, aquilo que
somos, das suas qualidades ou fragilidades: "O que é que eu não consigo passar, dizer?"
O
hipertireoidismo (Yang) ou o hipotireoidismo (Yin), por exemplo, se
traduzem muitas vezes por sinais de uma impossibilidade para dizer ou para fazer o que
gostaríamos. Ninguém pode nos compreender, não temos os meios para
"passar" o que acreditamos, temos medo da não aceitação, por parte do outro, em
relação ao que queremos dizer, temos medo da força ou violência resultantes.
Por trás dessa não expressão, há sempre uma noção de risco, de perigo, que nos
faz parar, reter a expressão. A forma
Yang manifesta um desejo de revanche, apesar de tudo, enquanto a forma Yin
exprime um abandono face à impossibilidade de se exprimir.
http://api.ning.com/files/MxWOBDJlcocuDmRXj8Oq4*hbZAW1*jVIms1xZHJSVadvWkVRgVEZsk*Xc9949cVB*77XLixnHeYXV7u*nspXbVAqeChGc*WG/Digameondedieutedireiporqu.pdf
“Nenhum
homem pode lhe revelar nada”, a não ser o que já repousa meio adormecido no
despertar do seu conhecimento... " (Khalil Gibran)
"Aquele
que tem uma idéia correta da providência não se coloca ao pé de uma parede que
ameaça ruir." (Mong Tseu)
"Meu
coração tem medo de sofrer, diz o jovem ao alquimista, numa noite em que eles
olhavam para o céu sem lua. -Digalhe que o medo de sofrer é pior do que o
sofrimento por si só. E que o coração de alguém jamais sofreu enquanto estava à
procura dos seus sonhos." (Paulo Coelho, O Alquimista)
"Não
é o céu que interrompe prematuramente a linha da vida dos homens; são os homens
que. através dos seus desvarios. atraem a morte para si mesmos em plena vida.
" (Mong Tseu)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
“Não dependa de ninguém na sua vida, só de Deus, pois até mesmo sua sombra o abandonará quando você estiver na escuridão.”