Existe uma grande preocupação para a maioria dos jovens: como conseguir o primeiro emprego?
Em
grande parte, e também por diversos motivos, muitos gostariam, o quanto antes,
de entrar no mercado de trabalho. Seja para ajudar a familiar, custear os
estudos ou por necessidades próprias. Muitas vezes, no entanto, a falta de experiência no preparo do currículo é o grande vilão
desses jovens brasileiros. A verdade é que não
é impossível obter um emprego sem experiência de trabalho, mas certamente é
mais difícil quando se tem.
Por isso, separamos algumas dicas para facilitar a
sua contratação.
1 – Programa de
aprendizagem
Atualmente, diversas empresas (médio e grande porte) e
órgãos públicos desenvolvem programas de aprendizagem que recebem todos os anos
milhares de jovens aprendizes.
2 – Compatibilidade
com seu perfil
Antes de começar a busca por seu primeiro emprego avalie seu perfil. Decida, por exemplo,
a carga horária que tem disponível
(o horário escolar irá ajudar a definir), o tempo para locomoção e a afinidade
com uma determinada área de atuação, por exemplo: Gestão, TI, Secretariado.
Após tomar essas decisões, selecione pelo menos três ou quatro vagas para
jovens aprendizes disponíveis e se candidate.
“Lembrando que o jovem aprendiz não pode trabalhar em
trabalhos que trazem risco a sua saúde”. (veja abaixo o que a Lei determina e
conheça os direitos e deveres do aprendiz)
3 – Estude as
empresas
Depois de selecionar as empresas que gostaria de atuar é
hora de estudá-las. Aprender sobre as ideias e políticas da instituição,
principalmente a descrição da vaga que
irá se candidatar. Não esqueça se de colher informação sobre a atuação dela
dentro do mercado e se participa ou não de projetos sociais. Além de se
familiarizar com a instituição, o estudo pode contar pontos extras durante a
entrevista admissional.
4 – Crie seu currículo
Se você realmente não tiver nenhuma experiência profissional
é válido destacar trabalhos escolares e
atividades extracurriculares. Neste caso, vale mencionar experiência de
voluntariado, participação em equipes esportivas e qualquer outra coisa que
mostra seu compromisso.
E lembrem-se: o currículo deve ser sucinto, claro e
objetivo, sem rasuras ou informações inúteis/irrelevantes. Veja como fazer um
currículo para vagas de jovem aprendiz.
5 – Prepara-se para
entrevista
O primeiro passo para a entrevista é a escolha de uma roupa adequada. Por exemplo, em ambientes mais
descontraídos, como agências de propaganda e empresas de internet, uma roupa
mais casual é comum. Já em bancos ou escritórios de advocacia, a formalidade
prevalece. Mas, o recomendável é sempre
usar roupas mais “conservadoras”.
6 – Mostre interesse
pela vaga
Depois de concluir com êxito a entrevista, pergunte ao entrevistador qual o próximo
passo da seleção. Pergunte educadamente e preste muita atenção para a
resposta. Tenha sempre um bloco de notas
ou um pedaço de papel para anotar as informações. Isso mostrara interesse e
comprometimento.
Jovem aprendiz não pode trabalhar em funções que trazem
risco à saúde
A experiência tem mostrado que alguns tipos de trabalho são potencialmente perigosos para
os jovens trabalhadores. Neste sentido, a Lei do Aprendiz regula as atividades que os participantes de
programas de aprendizagens podem exercer sem que traga riscos a sua saúde e
integridade física.
Trabalhos perigosos
É proibido que os jovens desempenhem atividades inadequadas a sua idade, os chamados trabalhos insalubres, que trazem perigo a vida e a integridade física. A lei restringe uma série de áreas consideradas perigosas ou insalubres para os jovens. Não podem trabalhar em qualquer tipo de atividade ligada a mineração ou exploração de madeireira, bem como em máquinas de propulsão mecânica.
Advertência a risco a saúde.
Outras ocupações proibidas incluem trabalho em alturas, escavação, explosões e demolição. Em restaurante, supermercado ou estabelecimento similar, os menores estão proibidos de operar máquinas de cortar carne ou outro tipo de equipamento, como triturador. Trabalho em freezers, refrigeradores ou de processamento de alimentos.
Alguns jovens aprendizes podem trabalhar com máquinas desde que eles tenham a idade mínima estipulada por lei e tenha recebido treinamento específico como parte integrante do programa de aprendizagem.
Treinamento específico
Em algumas situações, para que o jovem desempenhe certo tipo de atividade é preciso de um parecer técnico assinado pelo profissional ligado a segurança do trabalho. O teor deste documento é para testificar que no ambiente de trabalho não existe exposição e nem risco a saúde do jovem trabalhador. Este documento é bem comum para os jovens aprendizes da área industrial.
A própria lei estabelece que as contratações de adolescentes e jovens aprendizes não aconteçam em funções insalubres que requer formação profissional especifica. Em resumo, a atividade de trabalho para adolescentes e jovens pode ser realizada apenas em determinadas circunstâncias.
A verdade é que o menor não pode realizar tarefa como um empregado preparado a faria. O jovem aprendiz não pode ser o principal operador de equipamento, bem como deve trabalhar sob a supervisão constante de um profissional qualificado e experiente.
Lembrando que o aluno aprendiz pode operar as máquinas somente durante a sua experiência de formação, não para um turno de trabalho. Cópias de todos os acordos relevantes entre a escola o empregador devem estar no local de trabalho.
Aprendiz não pode atuar em funções que tragam risco à saúde. Para evitar que os adolescentes
exerçam atividades inadequadas para a sua idade ou então trabalhem em locais de
risco à sua saúde, é que entre 2001 e
2002 foram criadas as portarias nº 20 e nº 4. A portaria n° 20 impede a participação do adolescente em funções
impróprias e classifica as funções insalubres. Nela, estão listadas as funções
com alto índice de perigo para os adolescentes.
Um ano depois, com a criação da portaria n° 4, essas mesmas
funções, que até então eram proibidas para adolescentes, voltaram a ser consideradas na hora da contratação. Porém, sob a condição de que só podem ser
exercidas pelos aprendizes por meio de um parecer técnico assinado por um
profissional legalmente habilitado em segurança e saúde no trabalho. Esse profissional precisa atestar a não exposição a riscos que possam
comprometer a saúde e a segurança dos adolescentes. “Cabe a ele, constatar
se o local é próprio para o adolescente. Só assim um aprendiz poderá trabalhar
numa área industrial” diz Marília de
Oliveira Silva, auditora fiscal do trabalho e coordenadora do
Grupo Especial de Combate ao Trabalho
Infantil e de Proteção ao Trabalho
Adolescente (GECTIPA)
da Delegacia Regional do Trabalho de São
Paulo. Dessa forma, a lei estabelece que as empresas de médio e grande
porte devem contratar de 5% a 15% de
adolescentes aprendizes, entre 14 e 24 anos incompletos, em cada estabelecimento,
excluindo apenas os cargos que necessitem de formação profissional e as funções
insalubres.
Originalmente
publicada em 18/05 /2004 - Autor: Gilberto
Freitas
Este tipo de lei existe para proteger as crianças, adolescentes e
jovens de condições perigosas de trabalho. Elas também procuram garantir
uma formação adequada, sem interferência dos empregadores. Sendo que é de grande importância que pais,
empregadores e jovens estejam cientes de tais legislações, sobretudo, para
lutarem pelos direitos e deveres dos mais novos.
Dicas para ajudarem os filhos a encontrar vagas para
aprendiz
A oportunidade do primeiro emprego é fundamental para que os
jovens conquistem experiência e desfrutam de boas chances para prosperar sua
carreira profissional. No entanto, muitas vezes, o incentivo dos pais é necessário para isso aconteça, seja para dar
confiança ou um “empurrãozinho”. Assim como os jovens, os
pais também devem estar atentos às oportunidades e conhecê-las a fundo para não
caírem em uma cilada.
Um bom programa para quem busca o primeiro emprego
juntamente com a qualificação profissional é o Programa Jovem Aprendiz. Neste tipo de projeto, as empresas oferecem, em parceria com
as instituições nacionais de aprendizagem, como Senai e Senac, uma jornada de
trabalho e uma formação técnica profissional para alunos com idade entre 14 e
24 anos. Os contratados terão direito a todos os privilégios trabalhistas, tais
como o salário, décimo terceiro salário, carteira assinada, entre
outros.
Outra forma de atividade bem
atraente para jovens e adolescentes são os vários tipos de trabalho de férias para jovem.
Como os pais podem ajudar na escolha
Os pais podem e devem assumir um papel decisivo no ingresso
dos filhos no Programa Jovem Aprendiz, principalmente se os mesmos forem
menores de idade. Por isso, seguir
algumas medidas são importantes, tais como:
1- Conheça o programa
Antes de qualquer coisa é necessário conhecer o programa. Busque informações na internet. Além
disso, existe o portal
Conexão Aprendiz – www.conexaoaprendiz.org.br, onde é
possível tirar suas dúvidas, procurar vagas de trabalho em aberto, notícias e
informações a respeito do tema.
2- Procurem por vagas
Ao chegar à conclusão que o Programa Melhor Aprendiz é o
melhor caminho, então é a hora de buscas por vagas. Já no início do ano acessem o site de empresas que já ofereçam o
projeto como: Correios; Caixa Econômica
Federal; Banco do Brasil; Eletrobrás; Vale; Redes SENAI e SENAC, entre
muitas outras empresas.
No nosso site, você também encontra diversas notícias sobre instituições públicas ou privadas que
oferecem o programa. Lembre-se de procurar uma oportunidade que se enquadre no perfil dos seus filhos.
3- Currículo
Montar um bom currículo é essencial. Por isso, sente-se com seu filho e redija um
currículo prático e objetivo, mas que identifique
pontos fortes, as conquistas escolares, habilidades especiais, os interesses e
os trabalhos que tenham sido realizados no passado. Veja aqui algumas dicas
como fazer um currículo para jovem aprendiz. (DICAS EXPOSTAS ACIMA)
4- Comunique-se
A comunicação é uma
boa ferramenta para quem procura um emprego. Por isso, anuncie a todos que está em busca de uma vaga. Às vezes, seu
vizinho, por exemplo, pode saber de algo.
5- Referência
Algumas empresas
podem pedir uma referência profissional. Caso seja o primeiro emprego e por
se tratar de um programa que incentiva tal fato, é válido pedi-la a professores, conselheiros ou líderes de organização
da juventude.
6- Apoiem seus filhos
Para seus filhos,
saber que vocês estão ao lado deles já é uma forma de apoio, motivação, de
saberem que não estão sozinhos e de colaborar para o aumento da autoestima.
Sendo assim, acompanhe-os nas
entrevistas, caso eles queiram e/ou, seja
uma exigência da empresa. Além disso, mostre
que nem sempre haverá uma vitória, mas que manter a cabeça erguida, confiante
na sua capacidade e a persistência é o melhor caminho.
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“Não dependa de ninguém na sua vida, só de Deus, pois até mesmo sua sombra o abandonará quando você estiver na escuridão.”