Medo
da Solidão?!
A
verdadeira liberdade é um ato puramente interior, como a verdadeira solidão:
devemos aprender a sentir-nos livres até num cárcere, e a estar sozinhos até no
meio da multidão. (Massimo
Bontempelli)
Seria
a solidão apenas o isolamento físico ou um estado mental?!
Podemos
estar casados, ter uma família numerosa ou estar no meio de uma multidão e,
ainda assim, sentirmo-nos sozinhos. A solidão é uma condição psicológica
caracterizada por uma profunda sensação de vazio.
Alguns
estudos afirmam que a solidão tem um forte componente genético. Assim, a
solidão seria 50% hereditária e 50% circunstancial. Essa componente genética
determinaria o quão dolorida pode ser a sensação de estar só. Esse
aspecto pode ser umas das razões pela qual algumas pessoas são excessivamente
apegadas e fazem tudo para manter um grupo enquanto outras são mais atiradas e
têm coragem de explorar novos ambientes.
A
base da nossa felicidade são nossos relacionamentos. Isso não significa que
solidão é ser solteiro ao invés de casado, ou que o tímido se tornou
introvertido por se sentir só. Existem pessoas que estão casadas e se sentem
sós – situação infinitamente pior que a dos solteiros, que têm mais
oportunidades de sair e de se relacionar com os outros, além de ter relações
muito mais autênticas que o casado infeliz.
E
quanto ao tímido! Ser introvertido não significa ser mais solitário. Nesse
caso, a pessoa apenas precisa de menos pessoas para se sentir completa. Para
manter um bom contato com as outras pessoas é necessário se distanciar delas de
vez em quando. É importante ter um tempo
para si e sentir que você se dá bem com você mesmo. Ficar sozinho não é o
mesmo que ser solitário.
A
solidão quando ignorada pode comprometer a capacidade do indivíduo de se
relacionar, pois tende ao egocentrismo. Quando uma pessoa se sente sozinha, ela
tende a se preocupar mais consigo mesma, como forma de proteção.
Quando, no
entanto, o estado de isolamento dura muito tempo, o sujeito fica tão focado em
si e em suas necessidades que compromete sua capacidade de estabelecer contato.
Ou seja, mesmo que ele interaja com outras pessoas, sempre pensará mais em si
próprio que nos outros.
Observa-se
esse tipo de conduta em pessoas que moram sozinhas, outras que são
excessivamente independentes ou narcisas. Esse comportamento contribui ainda
mais para o isolamento e para relacionamentos artificiais. Afinal de contas,
quem suporta conviver com uma pessoa autocentrada?
Se
você está se sentindo só, pare de procurar companhia e proporcione você
companhia para alguém. Não supervalorize os momentos ruins nem subvalorize os
aspectos bons de seus relacionamentos.
O bem-estar de ter companheiros, amigos,
parceiros é imensurável. Assim, como a dor de se sentir solitário, mas para ter
relações verdadeiras é necessário se doar, contribuir e proporcionar. Ajudar as
pessoas em vez de se preocupar apenas com você mesmo abre portas para uma vida
equilibrada e feliz!
Quem
tem um amigo, mesmo que um só, não importa onde se encontre, jamais sofrerá de
solidão; poderá morrer de saudades, mas não estará só. (Amir Klink)
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“Não dependa de ninguém na sua vida, só de Deus, pois até mesmo sua sombra o abandonará quando você estiver na escuridão.”