Definição
Sentimento
doloroso que as exigências de um amor inquieto, o desejo de posse da pessoa
amada, a suspeita ou a certeza de sua infidelidade, fazem nascer em alguém.
Emulação,
competição, rivalidade.
Despeito
invejoso; inveja.
Receio de perder
alguma coisa; cuidado, zelo.
O
que é o ciúme?
É
normal sentir ciúme?
Quando o ciúme
começa a se prolongar no tempo e aumentar de intensidade, alguma coisa deve
estar acontecendo. A saudade, por exemplo, quando intensa e prolongada, pode
gerar uma situação mais séria de depressão. O ciúme também, só que atua mais na
esfera da angústia e da ansiedade, gerando, portanto, estados ansiosos mais
persistentes.
O senso comum diz
que o ciúme moderado é benéfico para os relacionamentos, pois faz com que o
alvo deste sentimento se sinta valorizado. E por ser algo tão comum nas
relações humanas, é fácil afirmar que todos já o sentimos ou que já fomos o
motivo de sua manifestação.
Porém, mesmo que
sua presença seja tão comum nos relacionamentos entre casais, irmãos, amigos,
familiares, etc., há uma linha tênue entre o comportamento de estima em relação
ao outro e a patologia que causa diversos problemas. É preciso, então, estar
atento para identificar se é necessário procurar ajuda.
Para saber quando
este sentimento passou dos limites considerados sadios, deve-se observar se a
rotina do ciumento tem sido prejudicada por sua tentativa de averiguar o que o
outro está fazendo constantemente.
A obsessão que
surge na mente como uma desconfiança que precisa ser confirmada ou descartada,
pode atrapalhar o desempenho profissional, a saúde e até mesmo a relação com
outras pessoas.
Perder o sono por
ficar pensando no que o ser amado está fazendo, passar horas como se fosse um
detetive atrás dos passos de sua vítima, ligar a todo o momento para saber onde
a pessoa está, desejar controlar todos os sentimentos e comportamentos do outro,
são alguns dos sinais de que é hora de buscar apoio de um profissional.
Como
a psicologia pode ajudar o ciumento?
Roland Barthes em
seu livro Fragmentos de um discurso
amoroso, diz que “…como ciumento,
sofro quatro vezes: porque sou ciumento, porque me reprovo por sê-lo, porque
temo que o meu ciúme magoe o outro e porque me deixo dominar por uma
banalidade. Sofro por ser excluído, por ser agressivo, por ser louco e por ser
comum”. Este contexto explica bem o sentimento presente na vida da
pessoa que sofre deste mal. Angústia, falta de concentração, dificuldade em
distinguir o que acontece de fato daquilo que é imaginação, culpa, reprovação,
insegurança, medo, dentre outros, podem ser sentimentos vivenciados pelo
desdobramento do ciúme.
E em casos como
os citados, deve-se buscar o apoio de um psicólogo. Este terapeuta irá,
juntamente com o paciente, racionalizar o ciúme e verificar o quanto este
sentimento tem limitado a vida de quem o sente. Irá também investigar todo o
quadro do analisado para identificar se este comportamento não é um sintoma de
outras patologias como o transtorno obsessivo compulsivo (TOC), o delírio, etc.
Vale ressaltar
que, assim que identificados problemas advindos deste sentimento, deve-se
procurar um terapeuta. Esperar que a dimensão deste comportamento se torne
maior para procurar ajuda, pode trazer muitas consequências negativas para o
indivíduo. E ao iniciar as sessões de terapia, a psicologia irá ajudar com que
ele se perceba dentro do contexto no qual está vivendo, a se colocar no lugar
do outro e a tentar agir de uma maneira que não seja prejudicial a ambos, o
que, consequentemente, irá diminuir o impacto destrutivo do ciúme na vida da
pessoa.
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“Não dependa de ninguém na sua vida, só de Deus, pois até mesmo sua sombra o abandonará quando você estiver na escuridão.”