Somos assim, meio
tolos, fingindo ser o que gostaríamos de ser,
vestindo sapatos
apertados, joias horrorosas,
perfumes que
estão na moda e entopem o nariz.
Moramos bem, mas
sempre queremos um quarto a mais.
Se amamos,
queremos declarações a todo o momento.
Se um
relacionamento termina, achamos que é o fim do mundo.
Que “nunca mais”
teremos alguém assim,
apesar de saber
que essa última pessoa, nem era assim “uma Brastemp”.
E o tempo vai
passando, a vida vai acertando os passos,
e os que
conseguem vencer a barreira da idade,
buscam o sossego
de um ombro amigo,
o encanto de
palavras gentis,
amigos para um
jogo de cartas, uma viagem.
Descobrimos a
felicidade como ela é:
simples, sem
muitos adereços, sem frescura.
Se você quer
seguir sem muitos sustos pela vida,
equilibre-se com
a criança que habita em você,
deixando escapar
de vez em quando o eterno adolescente que grita,
e colocando o
adulto que você se transformou, como um observador.
E assim, usando a
razão dosada com emoção,
possamos ser
melhores do que fomos ontem,
neste dia que
convida para a vida.
Seja feliz!
"Deixa
partir o que não te pertence mais, deixa seguir o que não poderá voltar, deixa
morrer o que a vida já despediu... O que foi já não serve é passado, e o futuro
ainda está do outro lado, e o presente é o presente que o tempo quer te
entregar..." (Pe. Fábio de Melo)
"O prazer dissociado de um sentido da vida reduz-se a uma mera satisfação ou contentamento. É um analgésico da felicidade: alivia, mas não cura." (Miguel Poiares Maduro)
"A sexualidade só é atraente
quando natural e espontânea." (Marilyn Monroe)
“A capacidade de entrega requer concentração nas sensações de prazer. Os que não se entregam são orgasticamente perturbados”. (Wilhelm Reich)
A
preocupação com a satisfação e o prazer sexual de homens e mulheres tem
aumentado consideravelmente nos últimos anos. Em decorrência disso, tem
aumentado a necessidade de se compreender melhor as dificuldades sexuais, suas
causas e consequências. Sabemos
que a sexualidade é parte integrante da personalidade total das pessoas. A
sexualidade humana não se limita ao ato sexual; ela engloba emoções, afetos,
sensações, etc. Dessa forma, sentimentos e pensamentos influenciam o exercício
da sexualidade. O contrário também ocorre, ou seja, a vivência da sexualidade
irá influenciar sentimentos e pensamentos, inclusive a respeito de si mesmo.
O conceito
de autoestima pode ser compreendido como a aceitação do que se é e como se é. É
a confiança no direito de ser feliz, a percepção de valor e de poder ser
admirado. A sensação de inadequação, de culpa ou vergonha, ou ainda a ausência
de confiança e amor-próprio, indicam prejuízo na autoestima de um indivíduo.É consenso
entre os profissionais da saúde, que a sexualidade humana sofre forte influência
de fatores como autoestima, auto-imagem e auto-conceito. A forma como a pessoa
se valoriza interfere, sem dúvida, em como irá exercer sua sexualidade.
A autoestima
está relacionada a outros dois conceitos importantes: auto-eficácia e auto-respeito.
A auto-eficácia é a confiança do indivíduo em sua capacidade para pensar e
enfrentar os desafios da vida. Já o auto-respeito é a percepção de si mesmo
como pessoa merecedora de felicidade e qualificada para expressar desejos e
necessidades. O indivíduo com autoestima preservada se respeita e exige o mesmo
dos outros, e sente-se capaz de ser amado. Já uma pessoa com sentimentos de
menos-valia pode não ter prazer sexual por não se sentir no direito de
reivindicá-lo.
Como
podemos perceber, sexualidade e autoestima são conceitos que estão intimamente
ligados, sendo que queixas e sintomas sexuais podem, muitas vezes, ser
expressões de baixa auto-estima. É muito comum chegarem aos consultórios
pessoas com dificuldades sexuais cuja causa é a má relação que a pessoa tem
consigo ou com seu próprio corpo.
É o caso
de mulheres que não conseguem ter orgasmo porque não estão satisfeitas com o
corpo que têm, e se preocupam excessivamente com a aparência na hora da relação
sexual. Ou ainda porque não se permitem pedir o estímulo adequado aos seus
parceiros, e continuam mantendo relações pouco agradáveis. Poder
falar como quer ser tocada e estimulada, além de poder pedir as carícias ou
práticas sexuais que lhe são prazerosas, exige que a pessoa seja um pouco
"egoísta" em determinados momentos.
Não se sentir importante o
suficiente, ou ainda achar que o outro pode se aborrecer com as solicitações,
limita significativamente as possibilidades de realização sexual. Na prática
clínica pude perceber que as consequências mais comuns da baixa auto-estima em
mulheres são: grande necessidade de sentir-se amada e de agradar ao parceiro,
medo de fazer solicitações, dificuldades com o corpo e aceitação do que não
gosta ou não quer.
Os homens
também apresentam dificuldades causadas pela baixa autoestima, como sentimentos
de incompetência, de ser menos "homem" ou menos viril, grande
cobrança interna, comparação com outros homens, tamanho do pênis e insatisfação
com a fragilidade. Alguns ficam tão preocupados com seu desempenho sexual,
acreditando que irão "falhar", que acabam apresentando dificuldades
de ereção por causa dessa ansiedade. A antecipação do fracasso e a ansiedade de
desempenho são processos cognitivo-emocionais bastante comuns, que normalmente levam
a disfunções sexuais, e que na maioria das vezes são causados por insegurança e
baixa autoestima.
A função
sexual preservada, isto é, livre de disfunções, é algo fundamental para a
realização pessoal. As dificuldades sexuais, na maioria das vezes, abalam a
estrutura global do indivíduo. Dessa forma, podem comprometer, de forma
significativa, o bem-estar e a qualidade de vida de homens e mulheres.
A baixa autoestima
pode causar diversas dificuldades sexuais, sendo que essas dificuldades
acarretam em uma alteração ainda maior do conceito que a pessoa tem de si
mesma. A pouca valorização nos torna adversários do nosso próprio bem estar.
Saber-se merecedor da felicidade é a essência da autoestima e da plenitude
sexual.
"Tão bom viver dia a dia.
A vida assim jamais cansa. E só ganhar, toda a vida, inexperiência, esperança.
Nada jamais continua, tudo vai recomeçar!" (Mário Quintana)
Atualmente,
a palavra estresse tem sido utilizada genericamente para designar condições tão
diversas como fadiga, irritabilidade, esforço físico e ansiedade. O conceito de
estresse (do inglês stress), quando utilizado pela física, significa tensão e
desgaste sofrido por um material submetido a um esforço. Na literatura
científica a palavra estresse foi utilizada pela primeira vez em 1936, pelo fisiologista
e endocrinologista canadense, Hans Selye. De acordo com Selye o estresse se
refere a um conjunto de reações inespecíficas e gerais do organismo frente a
estímulos persistentes de natureza aversiva. O estímulo que elicia uma reação
de estresse é um estressor. Um estressor é qualquer evento externo que altera o
equilíbrio homeostático. O organismo reage aos estressores de forma
estereotipada, ou seja, com um conjunto de alterações fisiológicas similares
com a finalidade de manter a constância do meio interno (*homeostasia). Nesse
contexto, o estresse é definido como sendo o resultado da ruptura dos
mecanismos homeostáticos.
Hans
Selye observou que organismos diferentes apresentam um mesmo padrão de resposta
fisiológica para uma série de experiências sensoriais ou psicológicas que têm efeitos nocivos em órgãos, tecidos ou
processos metabólicos (ou são percebidas
pela mente como perigosas ou nocivas). Tais experiências são, portanto,
descritas como estressoras. Estressores
sensoriais ou físicos envolvem um contato direto com o organismo. Estariam
incluídos nesse caso, subir escadas, correr uma maratona, sofrer mudanças de
temperatura (calor ou frio em excesso), fazer voo livre ou bungee jumping, montanha
russa, etc.
Já o estressepsicológico acontece quando o sistema
nervoso central é ativado através de mecanismos puramente cognitivos (que
envolvem a mente), sem qualquer contato com o organismo. Exemplos de estresse
psicológico são: brigar com o cônjuge, falar em público, vivenciar luto, mudar
de residência, fazer exames na escola, cuidar de parentes com doenças
degenerativas (como o mal de Alzheimer, que causa demência) entre outros. Um
terceiro tipo de estressor pode ainda ser considerado: as infecções, vírus,
bactérias, fungos ou parasitas que infectam o ser humano induzem a liberação de
citocinas (proteínas com ação regulatória) pelos macrófagos, os glóbulos
brancos (células sanguíneas) especializados na destruição, por fagocitose, de
qualquer invasor do organismo. As citocinas, por sua vez, ativam um importante
mecanismo endócrino (hormonal) de controle do sistema imunológico.
A
reação do organismo aos agentes estressores tem um propósito evolutivo. É em
essência uma resposta ao perigo, que Selye dividiu em três estágios. No primeiro estágio (alarme), o corpo reconhece o estressor
e ativa o sistema neuroendócrino. As glândulas adrenais, ou supra-renais,
passam então a produzir e liberar os hormônios do estresse (adrenalina,
noradrenalina e cortisol), que aceleram o batimento cardíaco, dilatam as
pupilas, aumentam a sudorese e os níveis de açúcar no sangue, reduzem a
digestão (e ainda o crescimento e o interesse pelo sexo), contraem o baço (que
expulsa mais hemácias, ou glóbulos vermelhos, para a circulação sanguínea, o
que amplia o fornecimento de oxigênio aos tecidos) e causa imunossupressão (ou
seja, redução das defesas do organismo).
A função dessa resposta fisiológica é preparar o organismo para a ação, que
pode ser de luta ou fuga ao estresse.
No segundo estágio (adaptação), o organismo repara os danos causados pela reação de
alarme, reduzindo os níveis hormonais. No entanto, se o estresse continua, o terceiro estágio (exaustão) começa e pode provocar o surgimento de uma doença associada
à condição estressante. O estresse agudo repetido inúmeras vezes, pode, por
essa razão, trazer consequências desagradáveis, incluindo disfunção das defesas
imunológicas. De modo geral, pode-se afirmar que o organismo humano está muito
bem adaptado para lidar com estresse agudo, se ele não ocorre com muita frequência.
Mas quando essa condição se torna repetitiva ou crônica, seus efeitos se
multiplicam em cascata, desgastando seriamente o organismo.
O
microbiólogo francês Louis Pasteur (1822-1895) conseguiu demonstrar
experimentalmente a ligação do estresse com o enfraquecimento do sistema
imunológico, foi o em um estudo pioneiro, no final do século XIX, ele observou
que galinhas expostas a condições estressantes eram mais susceptíveis a
infecções bacterianas (bacilo de antraz) que galinhas não estressadas. Desde
então o estresse é tido como um fator de risco para inúmeras patologias que
afligem as sociedades humanas.
Vivemos
hoje numa época que se caracteriza pela grande aceleração dos acontecimentos e
pelo excesso de competitividade na sociedade industrializada. Tudo acontece de
forma vertiginosamente rápida e todos nós somos expostos a uma sobrecarga de
estímulos que nos sufoca e oprime. E o estresse, de uma forma ou outra, acaba
atingindo a todos nós.
As
causas do estresse podem ser determinadas por fatores sócio-econômicos, idade,
conflitos nas relações pessoais, separações conjugais, drogas, traumas, além da
predisposição genética. O impacto social e econômico dos transtornos mentais
associados ao estresse vem sendo continuamente avaliado nos últimos anos. De
acordo com estudo epidemiológico recente da Organização Mundial de Saúde
(OMS-2009) os distúrbios mentais estão listados entre os 10 mais relevantes
problemas de saúde pública nos EUA quando se levava em conta unicamente os
indicadores de mortalidade.
Mais de 450 milhões de pessoas no mundo sofrem de
transtornos mentais. Cerca de metade das doenças mentais começam antes dos 14
anos. Estima-se que 20% das crianças e adolescentes no mundo podem apresentar
transtornos mentais. As regiões do mundo com maior percentagem de população com
menos de 19 anos de idade tem o mais baixo nível de recursos para saúde mental.
A maioria dos países de baixa e média renda tem apenas um psiquiatra infantil
para cada 1 a 4 milhões de pessoas.
Está
estabelecido que o estresse pode estar subjacente ao início de vários
distúrbios psiquiátricos, como a ansiedade, depressão e esquizofrenia.
Consequentemente, condições associadas a essas doenças podem, indiretamente,
vir a ser relacionadas ao estresse. Transtornos de ansiedade são altamente
prevalentes na população em geral e representa um fardo pesado para muitos
indivíduos e para a sociedade. De acordo com pesquisa recente da OMS cerca de
15 milhões de indivíduos da população (cerca de 10%) padecem de distúrbios de
ansiedade, sendo que a prevalência considerando a vida inteira chega a ser de
25%. Outro distúrbio mental, a depressão é classificada como a principal causa
de incapacidade afetando cerca de 121 milhões de pessoas no mundo.
Como recurso para a prevenção
do estresse
destaca-se a necessidade de uma parada em nossas atividades, sejam através de
férias ou até mesmo passeios de fins de semana. Atividades de lazer, exercícios
físicos e a mudança de certos padrões que já não mais são necessários em nossa
vida podem também contribuir para uma diminuição desta tensão diária que vai
minando, pouco a pouco, a qualidade de nossa vida.
Dicas
que podem ajudar a diminuir o estresse da vida diária:
Identifique as suas fontes
de stress
Elimine obrigações
desnecessárias
Evite a
procrastinação
Organize-se
Planeje seu tempo
Não seja controlador
Evite múltiplas tarefas
Elimine os “suga-energias”
Evite as pessoas
difíceis
Simplifique a sua vida
Libere tempo na agenda
para você
Diminua o ritmo
Ajude os outros
Relaxe ao longo do dia
Cumprimente as pessoas
Simplifique a sua lista de
afazeres
Faça um exercício físico
Escolha uma alimentação
saudável
Seja agradecido
Crie um ambiente relaxante
para você
Vídeo - 12
passos para evitar o estresse
(*)Homeostasia
é o conjunto de fenômenos de auto-regulação que levam à preservação da
constância quanto às propriedades e à composição do meio interno de um
organismo. O conceito foi criado pelo fisiologista norte-americano Walter
Bradford Cannon (1871-1945).
“A Terra nos dá tudo aquilo de
que precisamos para sermos saudáveis”.(Sebastian Kneipp)
Mais
uma semente ganha destaque na dieta de quem busca saúde e boa forma. Depois da linhaça, amaranto,
quinua e até da ração humana, chegou a vez da chia (salvia hispânica), uma semente de sabor suave que traz inúmeros
benefícios ao organismo. Além de auxiliar na perda de peso, ela atua na
prevenção de diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares.
Novidade
no Brasil, mas velha conhecida dos mexicanos e colombianos, que a consomem
desde de 2600 A.C, a Chia (salvia hispânica) é um cereal cultivado no México,
cujas propriedades funcionais foram descobertas pelo povos Maia e Astecas, mas
foi abolida pelos colonizadores por associar seu consumo à rituais religiosos.
Voltou a ser explorada e cultivada na década de 90 e agora surge com tudo no
Brasil. Era consumida principalmente pelos corredores e pessoas que tinham que
caminhar por longas horas, para dar resistência física e reduzir o cansaço.
A
semente de chia, pelos seus benefícios à saúde, está fazendo muito sucesso em
todo o mundo. a Chia pode ser considerada um alimento funcional, pois é rica em
vitaminas do complexo B, cálcio, ferro, fósforo, magnésio, zinco e potássio,
além de possuir mais ômega 3 que a linhaça.
Como
sabemos, consumir cálcio é fundamental para a saúde dos ossos. Combinado ao
magnésio, a proteção aos ossos fica ainda melhor, pois esse mineral desempenha
um importante papel na parte da construção óssea e muscular. Além disso, o magnésio é excelente para o funcionamento
mental, porque atua no nosso humor,
no combate ao estresse e na melhora da nossa motivação.
O
potássio é importante no balanceamento de água no organismo e melhora a
elasticidade dos vasos, atuando no controle da pressão arterial. O ferro é
essencial para a produção de hemoglobina, para o transporte de oxigênio para as
células e para o sistema imunológico. A falta de ferro no organismo pode levar
a anemia ferropriva, que em casos mais severos, pode levar à insuficiência
cardíaca.
Rica
em ômega 3, gordura essencial para o nosso organismo, a chia traz todos os
benefícios que você provavelmente já ouviu falar: ação antiinflamatória das
células, que contribui com a prevenção de doenças cardiovasculares, diabetes,
artrites reumatóides e câncer. Também contribui na absorção do cálcio (que ela
também possui), prevenindo osteoporose. Além disso, o ômega 3 ajuda a diminuir
o risco de doenças degenerativas como parkinson e alzheimer, favorece a memória
e a parte cognitiva, melhora o humor, reduz
a ansiedade e ajuda a evitar a depressão.
Quer
emagrecer? Consuma chia!! Ela é rica em fibras que, em contato com os líquidos
no interior do estômago, formam uma espécie de gelatina, que preenche o
estômago, diminuindo a sensação de fome e tornando a digestão mais lenta, o que
ajuda no equilíbrio da glicemia, evitando picos de glicose no organismo. Com a
glicose estabilizada, a sensação de fome também tende a ficar menos frequente.
Essa gelatina ainda ajuda no funcionamento intestino e é capaz de reter parte
da gordura e da glicose consumidas, auxiliando no tratamento e prevenção do
diabetes e doenças cardiovasculares, inclusive melhorando o colesterol.
E
os benefícios não param por aí! Por possuir uma boa quantidade dos ácidos
cafeico e clorogênico, que possuem ação antioxidante, ajuda a neutralizar a
ação dos radicais livres, protegendo a pele contra o envelhecimento.
Por
todas as propriedades já citadas acima, a chia pode entrar na dieta de
gestantes, crianças, adolescentes, adulto, idosos, sejam estes praticantes de
atividades físicas, hipertensos, diabéticos ou vegetarianos. Para estes
últimos, faltou dizer que a chia possui quantidade considerável de proteína
vegetal, cerca de 23%, índice bem próximo ao da carne, o que a torna um ótimo
complemento alimentar.
Os
nutricionistas indicam uma colher (sopa) de chia diariamente, claro que tem
pessoas que precisam de mais, depende da sua Dieta nutricional!
Existem
diversas formas de consumir a chia, você pode misturar com água e aguardar 15
minutos para que se forme o gel e depois beber, pode também misturar em sucos,
alimentos, frutas, iogurtes e receitas em geral. A
farinha de chia pode ser consumida para enriquecer receitas de bolos, pães e
biscoitos. Se
o seu objetivo é emagrecer com a chia é recomendável ingerir as sementes cerca
de 30 minutos antes das principais refeições diárias!
Você
pode comprar a chia em lojas de produtos naturais, em alguns supermercados ou
em lojas pela Internet. Pesquise os preços, pois, pelo sucesso de vendas os
preços podem variar de fornecedor para fornecedor.
Se
você entusiasmou-se com este super alimento, saiba que seu sabor suave não
interfere no sabor de outros alimentos, podendo ser consumida como farinha em
sucos, vitaminas, iogurtes, shakes, saladas, sopas, pudins, etc.. Ela pode ser consumida na forma de grãos,
farinha ou óleo. A farinha é muito prática, assim como o óleo. A desvantagem
deste último é que não contém fibras.
O
único cuidado é não exagerar no consumo, pois é uma fonte de calorias
considerável. Apenas uma colher de sopa dos grãos tem cerca de 65 calorias.
Recomenda-se duas colheres ao dia.
Uma
dica importante é que não deve ser triturado ou armazenado à luz em sacos
transparentes, porque suas fibras solúveis estão concentradas na casca.
Conheça
em tópicos alguns benefícios da chia para nossa saúde!
Aumenta a resistência
orgânica por ser um alimento de mega energia;
É importante para os
celíacos, pessoas que têm intolerância ao glúten;
Diminui os riscos de
diabetes porque equilibra o nível de açúcar no sangue;
Ajuda a diminuir as
triglicérides e o colesterol ruim;
Limpa o corpo das toxinas
e detritos acumulados nas paredes do intestino;
Combate o refluxo gástrico
esofágico e a azia;
Preventivo contra a
hipoglicemia e a tireoide;
Auxilia na formação óssea
evitando a osteoporose;
Age no crescimento das
crianças, no desenvolvimento mental e na formação óssea;
Nutre a pele tornando-a
saudável.
Combate inflamação;
Previne o envelhecimento
precoce;
Melhora a imunidade do
organismo.
Pesquisa
realizada na Univali comprova benefícios da semente de Chia (Vídeo muito interessante)
Escolhi
uma receitinha para você, pois achei muito engraçadinho esse nome: “Queque”!
QUEQUES
DE LARANJA COM SEMENTES DE CHIA
1
laranja com casca
3
ovos
125gr
de frutose
180gr
de farinha
100
ml de óleo vegetal
1
colher de chá de fermento
2
colheres de sopa de sementes de chia
Corte
a laranja com casca aos bocados, junte a frutose e triture com a varinha
mágica.
Junte
os ovos, um a um, o óleo e as sementes de chia.
Envolva
a farinha e o fermento e deite em formas individuais de queques.
Leve
ao forno, a 180º, durante 20 minutos.
“Numa só semente de trigo há
mais vida do que num montão de feno”.
“O cheiro do teu corpo persiste
no meu durante dias. Guardo, preservo, cheiro o cheiro do teu cheiro grudado no
meu." (Caio Fernando Abreu)
A
mulher perfeita não tem cheiro, nem pelos, hálito, chulé ou gosto!? Nojo delas
mesmas?
Procurado pela Revista TPM, o psicanalista Christian Dunker resolveu mergulhar no nojo feminino para entender de onde vem essemal contemporâneo
Muito
genericamente, o corpo nos diz quem somos de onde viemos e para onde vamos. Ele
se torna tão importante porque é também algo que imaginamos controlar, moldar e
produzir como imagem de nós mesmos, como queremos nos apresentar para o outro.
E o cheiro é um traço essencial de
que há algo que não controlamos em nosso próprio corpo. Podemos usar xampus,
pós, cremes e perfumes, mas essas táticas se degradam no tempo, são corrompidas
por nosso suor, pelos odores do ambiente, pela presença do cheiro do outro. O
que varremos para baixo do tapete permanece lá, escondido, invisível, mas
aquilo que cheira mal nos diz que mesmo estando escondido se revela na forma de
uma sensação genérica e mal definida. Nosso
cheiro diz, por isso mesmo, quem somos para além do que queremos parecer. Isso
não quer dizer que temos uma essência odorífica, mas que justamente por
escapar, por ser mal definível, por ser um estranho dentro de nós mesmos, atribuímos ao cheiro esse lugar fascinante
e perigoso.
É por isso que o filme O Cheiro do Ralo (Heitor Dhalia, 2006)
nos parece tão obsceno quanto atual.
Se na
nossa cultura há uma promessa de que, controlando nossas imagens, controlamos
como o outro nos percebe, aquilo que denuncia que as imagens enganam, ou seja,
o cheiro torna-se um problema crucial. “Por fora bela viola, por dentro pão
bolorento”.
A
ideia do sabonete íntimo é equivalente à tentativa de disciplinar as “partes pudendas”
da mulher, de forma que elas não se mostrem indócis, incontroláveis ou
denunciantes. É interessante ver como, em geral, o sabonete íntimo cruza duas ideias ligadas ao poder moral do cheiro.
Primeiro
temos a ideia de que as partes íntimas devem ser higienizadas, limpas. Esta é a
ideia mais antiga, que representa a
sexualidade em analogia com o sujo, o impuro e o doentio. A figura típica
aqui é a da dona de casa, frustrada sexualmente, que consagra sua existência à
mania de limpeza, ordem e higienização. Como as mãos de Lady MacBeth, que
jamais são limpas do sangue do assassinato cometido, a sexualidade expulsa pela
porta da frente, retorna pela porta de trás, como um cheiro, uma mancha, uma
coisa mal definida. Hitchcock conseguiu por em imagens esta força sem forma,
excessiva e invasiva representada pelo cheiro em seu filme Os Pássaros (1963).
Mas a
nova retórica dos sabonetes íntimos recobre esta primeira figura com uma
segunda ideia. Usar o sabonete íntimo não é só uma maneira de controlar o
cheiro aversivo, mas uma forma de lembrarmo-nos que temos uma vagina e que ela merece
atenção, cuidado e observação. Menos que uma vagina inodora, queremos aqui um
cheiro específico, que podemos escolher, controlar, variar. A imagem trazida
aqui é a da mulher que, mesmo menstruada, veste calça branca, faz ginástica e
está disposta a qualquer coisa.
Cheiro secreto
O nojo
é um dos chamados sentimentos sociais, ou seja, depende da forma como
aprendemos a dissociar em nosso corpo o
que é permitido do que é proibido, o prazer desejável do prazer
interditado. Freud dedicava grande importância ao nojo como afeto social muito primitivo, tanto na história da
criança, quanto na história de nossa cultura. De fato relação com secreções e excreções são as experiências originárias do
nojo, e apontam para o que deve ser
excluído e escondido em nossa cultura e em nós mesmos.
Por
exemplo, os alemães, povo tido como meticuloso e metódico, utilizam privadas
sanitárias nas quais os dejetos podem cair (em um recuo específico de
porcelana), aí serem inspecionados e, em seguida, levados pela água, segundo a
precisa deliberação do usuário. Já os franceses, povo mais político e dado à
controvérsia, dispensam este lugar reservado para coletar os dejetos, mas
permitem que a coisa flutue antes de ser abruptamente subtraída. Os japoneses,
culturalmente associados com a tecnologia, inventaram as privadas com duchas
automáticas, de tal forma que não é necessário ver e o mínimo de odor é
experimentado. Nós brasileiros, adoramos a turbulência excessiva e os
rodamoinhos pelo qual muita água deve ser escoada para limpar bem nossos
rastros.
Portanto,
o nojo é sempre primariamente de si,
depois ele é depositado no outro. Freud fez uma afirmação clínica muito
forte sobre o nojo: “Toda vez que, diante de uma experiência potencialmente
sexual, encontramos no paciente o sentimento de nojo, não hesitamos em
diagnosticar a histeria”. Ou seja, o
nojo como afeto deslocado, o nojo excessivo, o nojo fora de lugar, aponta para
um aspecto da sexualidade do qual não queremos saber em nós mesmos.
Uma
mulher percebida como suja ou insuficientemente limpa é associada com alguém
que coloca seu desejo ativamente, que tem vontade de se sexualizar ou,
inversamente, alguém que não se importa com a opinião (e logo com o desejo) dos
outros. Portanto, a higienização feminina liga-se tanto ao processo de cuidar,
de observar e de tratar do próprio corpo (como satisfação intrínseca) quanto ao processo pelo qual a mulher se
apresenta como capaz de controlar seu corpo (logo sua sexualidade), como um
corpo que não foi tocado por outro (para a fantasia masculina seria um corpo
sem rastros) e como moralmente desejável.
Mas
vale lembrar que um ser humano essencialmente cheira. O cheiro é o rastro de suas experiências com os outros e consigo mesmo.
A obsessão de não ter cheiro é a expressão da negação de nossa humanidade. É
isso que nossa época parece pedir: “Seja
intenso, viva a vida e aproveite, mas ao mesmo tempo negue a sua própria
humanidade e leve uma vida liquida: insípida, incolor e inodora.” Tome
café, mas sem cafeína, coma chocolate, mas sem açúcar, viva paixões, mas sem se
perder, ou seja, viva a vida, mas não seja humano.
“Ame seu
corpo, goste do seu cheiro, não use roupas para se esconder. Toque, cheire,
ouça, olhe, sinta tanto quanto possível. Reaprenda sua linguagem, a linguagem
que você esqueceu. Abra os olhos, aguce os ouvidos, sinta o divino em todos os
sabores, toque os animais, as plantas, se toque. Liberte os sentidos dos
hábitos, use toda oportunidade de criar novas formas de fazer coisas. Deite na
grama, deite na praia, escute o som do mar, dos pássaros, coma com as mãos,
corra descalço na chuva. Invente um jeito novo de fazer amor: dance antes de
fazer amor, se sente e toque seu parceiro(a) ate que seus corpos estejam
elétricos, cante pra seu amor. Escute o silêncio. Quando o corpo
esta liberado das repressões, os sentidos ficam livres, a mente se liberta dos
pensamentos contínuos e obsessivos e a consciência pode estar presente”. (Osho)