Na
literatura médica o ponto G existe
sim e está localizado na parede interna no começo da vagina, sendo essa uma
região de sensibilidade maior que as demais áreas. Adean Ostrzensk,
ginecologista da cidade de São Petersburgo , diz provar que o ponto G existe.
De acordo com a pesquisa, o ponto G é uma estrutura localizada na parede da
frente da vagina, numa região entre a vagina e a uretra, que fica comprimida em
uma espécie de casulo de 3,3 mm.
Em
1960, o ginecologista alemão Ernest Gräfenberg fez uma descoberta que gerou
polêmica e dúvidas entre os estudiosos da sexualidade humana: a existência de
uma estrutura à qual atribuía capacidade de induzir o orgasmo feminino.
Porém,
com os avanços no estudo da sexualidade humana, descobriu-se que o clitóris
pode ser mais sensível do que o ponto G.
Segundo
o ginecologista Cesar Eduardo Fernando – SP, “O ponto G não é anatomicamente
definido, habitualmente relacionado ao teto da vagina, que é uma zona erógena
próxima ao clitóris. Por ser muito sensível, gera excitação e lubrificação”.
A
existência ou a ausência do ponto G não é fundamental para que a mulher sinta
prazer, e sim o conhecimento de seus próprios pontos sensíveis. Não existe uma
receita, cada mulher precisa descobrir o que lhe dá mais prazer.
Apontar
a existência do ponto G é estigmatizar a mulher, o que pode gerar mais
ansiedade e cobranças, dificultando a descoberta de novas áreas sensíveis e de
extrema excitação no corpo feminino.
O
desejo e diversos outros fatores como fisiológico, psicológico e emocional
determinam qual é a capacidade da mulher se entregar e vivenciar uma
sexualidade mais excitante e prazerosa com seu(a) companheiro(a).
Na
verdade o ponto G é uma questão polêmica entre os estudiosos da sexualidade humana,
por acreditarem numa sexualidade mais global, onde o corpo como um todo possui
várias áreas de intensa excitação sexual.
“Não
se trata de uma imaginação como, algo inexistente. Ocorre que as sensações
sexuais e eróticas passam por um processo mental, são registrados no cérebro e
então passam a existir fisicamente. Além do ponto G, muitas partes do corpo são
erógenas. Algumas delas, extravaginais que podem também conduzir ao orgasmo.”
(Oswaldo Rodrigues – Psicólogo Diretor do Inpasex).
Segundo
Sylvia Faria Marzano, urologista e terapeuta sexual, “a mulher tem dois pontos
G; um em cada ouvido, que tudo depende de como a mulher é estimulada.”
Um
fato é certo e que todos os estudiosos de um modo geral concordam: o corpo
feminino possui muitas áreas erógenas sensíveis e necessitam ser mais
exploradas. Essas regiões denominadas erógenas reagem ao toque com sensações de
excitação, uma delas é o clitóris, órgão do prazer, mas outras áreas como o
pescoço, as mamas, a pele do abdome, áreas de flexões como os joelhos e
cotovelos, a região palmar ou plantar (palma da mão e planta do pé), as coxas e
diversas outras.
A
forma como é tocada e beijada também é muito determinante para a satisfação
sexual da mulher, assim como, um toque sensível, afetuoso e ao mesmo tempo a
segurança e o conhecimento sobre o corpo e os sentimentos da mulher, estimulam
as sensações excitantes e prazerosas.
Cada
mulher tem seus pontos especiais, um tipo de toque que lhe proporciona mais
prazer.
Os
cuidados com o corpo e estar bem consigo mesma são pontos primordiais para uma
vida sexual satisfatória. Muitas mulheres apresentam problemas sexuais, como
consequência de sua baixa autoestima e esses fatores necessitam ser resolvidos
adequadamente para que possa viver mais intensamente o seu prazer.
Procurar
a ajuda de um especialista é de fundamental importância para estas mulheres,
como um psicólogo (terapeuta sexual), ginecologista e profissionais que
trabalham com a estética corporal, caso sintam-se muito insatisfeitas com seu
corpo.
O
desconhecimento das áreas erógenas do corpo são as principais causas das
dificuldades de excitação das mulheres que acompanho em meu consultório, além
dos conflitos existenciais, que são reflexo de uma educação reprimida,
relacionamentos sexuais não satisfatórios e em alguns casos traumatizantes, que
as levam a reprimir e não explorar o corpo com alegria e entusiasmo na busca do
prazer.
Toda
mulher pode atingir o prazer desde que esteja com saúde física e psicológica.
Não é um privilégio e sim, o autoconhecimento corporal de suas áreas erógenas,
pois a mulher não necessita do outro(a) para atingir o prazer sexual.
O
ponto G está, principalmente, na mente da mulher, como ela percebe o mundo, seu
corpo e o prazer.