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sábado, 14 de junho de 2014

Depressão Anaclítica - efeito que a ausência de uma relação materna pode provocar nas crianças

Fala-se de depressão anaclítica quando um estado depressivo se inicia nos primeiros meses de vida. Ocorre em bebes entre os 6 a 18 meses de vida e deve-se a uma separação prolongada da mãe. Esta separação pode ter consequências irreversíveis na criança se não houver reencontros com a mãe após 3/4 meses de separação.




Foi inicialmente estudado por René Spitz. Pode ocorrer, posteriormente, na infância, na adolescência ou na idade adulta, simplesmente pela existência de uma dependência emocional. Assim, quando os apoios são retirados surge a depressão, cria-se o que se chama um caráter "oral", o que significa que as suas necessidades infantis de ser carregado, aceito, de ter experiências de contacto corporal e calor não foram satisfeitas. Este colapso, às vezes, é tido como um retorno a um estado infantil, uma regressão e, com o tempo, muitas pessoas recuperam espontaneamente por terem a possibilidade de vivenciarem as experiências suprimidas.

Alguns psicanalistas afirmam que todos os depressivos têm necessidades orais insatisfeitas. É o mesmo que dizer que estes sujeitos foram privados do amor da mãe ou da satisfação de um amor seguro e incondicional. Na pessoa adulta estas necessidades manifestam-se na inabilidade em ficar sozinho, no medo da separação, uma vulnerabilidade à separação e numa atitude dependente.



O problema é que estas necessidades orais da infância não podem ser saciadas na vida adulta, pois nenhuma quantidade do que chamaríamos de substituição maternal pode dar à pessoa a segurança que ela não teve na infância. O adulto deve procurar esta segurança dentro de si. Este vazio deixado por uma educação maternal ou paternal negligente não poderá ser preenchido na fase adulta pela busca incessante de atenção, admiração, mas somente através do autoconhecimento, da busca pelo amor ou pela dedicação a um objetivo de vida.

René Spitz
Psicanalista austríaco, nascido em 1887 e falecido em 1974, formou-se em Medicina tendo-se especializado em psicologia infantil. Vai para os Estados Unidos da América onde ensina Psicologia de orientação psicanalítica em Nova Iorque e depois Psiquiatria na Universidade do Colorado. Desenvolve estudos experimentais sobre as trocas emocionais entre a criança e a mãe. Considera que o sorriso, que ocorre entre as seis e as doze semanas, é a primeira manifestação intencional desenvolvida na comunicação mãe/bebé. Estudou o efeito que a ausência de uma relação materna pode provocar nas crianças. Analisou esta situação em crianças órfãs ou abandonadas, criadas em asilos e orfanatos, tendo designado por "hospitalismo" a depressão resultante desta situação de abandono. Para além das obras escritas, das quais se pode destacar Le Non et le Oui, Spitz produziu cerca de cinquenta filmes documentando as suas pesquisas.










           











René Spitz. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. [Consult. 2013-10-29].
Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/$rene-spitz>.

quinta-feira, 12 de junho de 2014

DIA DOS NAMORADOS E UMA HOMENAGEM AO AMOR!

“Amor, o que é o amor?
Não creio que se possa realmente pôr em palavras.
Amor é entender alguém, se importar, compartilhar as alegrias e tristezas.
Isso pode incluir o amor físico.
Você compartilha alguma coisa, dá alguma coisa e recebe algo em troca...
Seja ou não casada, tenha ou não um filho.
Perder a virtude não importa, desde que você saiba que, enquanto viver, terá ao lado alguém que a compreenda e que não precisa ser dividido com ninguém mais.” (O Diário de Anne Frank)

Amo-te Por Todas as Razões e Mais Uma
Por todas as razões e mais uma. Esta é a resposta que costumo dar-te quando me perguntas por que razão te amo. Porque nunca existe apenas uma razão para amar alguém. Porque não pode haver nem há só uma razão para te amar.
Amo-te porque me fascinas e porque me libertas e porque fazes sentir-me bem.
E porque me surpreendes e porque me sufocas e porque enches a minha alma de mar e o meu espírito de sol e o meu corpo de fadiga. E porque me confundes e porque me enfureces e porque me iluminas e porque me deslumbras.

Amo-te porque quero amar-te e porque tenho necessidade de te amar e porque amar-te é uma aventura. Amo-te porque sim mas também porque não e, quem sabe, porque talvez. E por todas as razões que sei e pelas que não sei e por aquelas que nunca virei a conhecer.
E porque te conheço e porque me conheço. E porque te adivinho. Estas são todas as razões. 

Mas há mais uma: porque não pode existir outra como tu.
(Joaquim Pessoa, in 'Ano Comum')



Abraça-me
Abraça-me. Quero ouvir o vento que vem da tua pele, e ver o sol nascer do intenso calor dos nossos corpos. Quando me perfumo assim, em ti, nada existe a não ser este relâmpago feliz, esta maçã azul que foi colhida na palidez de todos os caminhos, e que ambos mordemos para provar o sabor que tem a carne incandescente das estrelas. Abraça-me. Veste o meu corpo de ti, para que em ti eu possa buscar o sentido dos sentidos, o sentido da vida. Procura-me com os teus antigos braços de criança, para desamarrar em mim a eternidade, essa soma formidável de todos os momentos livres que a um e a outro pertenceram.
Abraça-me. Quero morrer de ti em mim, espantado de amor. Dá-me a beber, antes, a água dos teus beijos, para que possa levá-la comigo e oferecê-la aos astros pequeninos.
Só essa água fará reconhecer o mais profundo, o mais intenso amor do universo, e eu quero que delem fiquem a saber até as estrelas mais antigas e brilhantes.
Abraça-me. Uma vez só. Uma vez mais.
Uma vez que nem sei se tu existes.
(Joaquim Pessoa, in 'Ano Comum)

Não Confundas o Amor Com o Delírio da Posse

Que a gente siga encantando aqueles que sabem criar laços. Que a gente siga se encantando só com aqueles que realmente sabem amar.” (Luzia Trindade)

Deixa eu te encantar…
Ouvir tua voz, te admirar
Sentir teus carinhos, arrepiar
Roubar teus beijos, saborear
Acariciar teu corpo, me deliciar
Sentir teu cheiro, teus desejos
Te enlouquecer de prazer
Te desejar por inteiro…
Deixa eu te envolver, te querer
Te aquecer e te acarinhar
Porque na magia da vida
Eu nasci só para te amar
(Kity Araújo)






"Enquanto houver você do outro lado, eu consigo me orientar".
(O Teatro Mágico)







"Não saber explicar o que se sente por quem você quer a todo momento, é amar." (Fernando Pessoa)





"Se o relacionamento sobreviver à verdade, será muito belo. Se morrer, isso também será bom porque um relacionamento falso acabou." (Osho)




“Dê a quem você ama: asas para voar, raízes para voltar e motivos para ficar.” (Dalai Lama)





Você tem exatamente um segundo pra aprender a me amar. E a vida inteira pra me devorar… (Cazuza)






“É preciso buscar o amor onde estiver, mesmo que isso signifique horas, dias, semanas de decepção e tristeza. Porque ao momento em que partimos em busca do amor, ele também parte ao nosso encontro.” (Paulo Coelho)







domingo, 25 de maio de 2014

Síndrome da Fadiga Crônica, você já ouviu falar?

BREVE APRESENTAÇÃO DA SÍNDROME DA FADIGA CRÔNICA (SFC)

A Síndrome da Fadiga Crônica (SFC), categoria nosológica em voga, emergente no final da década de 1980, nos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido, no contexto de outras síndromes funcionais e presente no CID-10 (G 93.3), tem sido comparada ao quadro novecentista da (*)neurastenia, devido à semelhança com as manifestações sintomáticas, como fadiga, sintomas gástricos, genitourinários e neuropsicológicos. Outro ponto em comum que leva os interessados nos transtornos ligados à fadiga a estabelecer relações entre a neurastenia e a SFC é a ausência, em ambos os casos, de um substrato anatomofisiológico ao qual se possa associar a causa das duas referidas condições. A falta desse substrato traz inúmeros desdobramentos para a lcansaçoegitimidade da SFC, principalmente no que se refere a ela ser considerada digna (ou não) de cuidado médico, no amparo dos seguros de saúde e no respeito ao paciente acometido pela síndrome.


(*) Neurastenia (neuro = cérebro, astenia= fraqueza), é um transtorno psicológico resultado do enfraquecimento do sistema nervoso central, culminando em astenia física e mental. É um termo antigo, usado pela primeira vez por George Miller Beard em 1869 para designar um quadro de exaustão física e psicológica, fraqueza, nervosismo e sensibilidade aumentada (principalmente irritabilidade e humor depressivo). Era um diagnóstico muito frequente no final do século XIX que desapareceu e foi revivido várias vezes durante o século XX sendo incluído no CID-10 pela OMS mas não pelo dicionário de saúde mental atual (DSM IV). Sua prevalência está entre 3 e 11% da população mundial, sendo tão comum em homens quanto em mulheres.



CONTEXTO DE EMERGÊNCIA DAS SÍNDROMES FUNCIONAIS

A SFC encontra-se situada no cenário mais abrangente das ditas síndromes funcionais, tais como a síndrome do cólon irritável, a fibromialgia, a síndrome pré-menstrual, a disfunção temporomandibular, a dor no peito não cardíaca (síndrome de Da Costa), as lesões por esforços repetitivos e a sensibilidade química múltipla (Manu, 2004; Wallace e Claun, 2005). Conforme indica Manu (2004), considerá-las funcionais significa dizer que são consideradas doenças físicas sem uma justificativa orgânica e sem uma demonstração de lesão na estrutura do organismo, tampouco de alterações bioquímicas estabelecidas. Além de comungarem o status de funcionais, apresentam uma série de sintomas sobrepostos, tais como fadiga, mialgias, perturbações gástricas, dificuldades de concentração, labilidade de humor, transtornos do sono e de ansiedade.


Como demosntram Barsky e Borus (1999), o termo síndrome funcional tem sido aplicado a diversas condições relacionadas entre si e caracterizadas mais por sintomas de sofrimento e incapacidade do que por anormalidades demonstráveis nos tecidos e na estrutura do organismo. Essas síndromes apresentam altas taxas de comorbidade entre si e entre categorias psiquiátricas ligadas aos transtornos do espectro histérico, do humor, de ansiedade e somatoformes. O clima ao redor delas inclui cobertura da mídia, desconfiança do meio médico, mobilização das partes interessadas, litígio entre advogados e planos de saúde.
 
Os pacientes frequentemente constroem seus próprios diagnósticos a partir das informações culturalmente disponíveis e dos veículos midiáticos (Rosenberg, 2006; Dumit, 2006). Esses processos estão em pleno desenvolvimento no contexto norte-americano mas também se apresentam no contexto brasileiro, embora em um nível menos flagrante.


Segundo Wessely (1989), a história da síndrome da fadiga crônica começou com a publicação, no início dos anos 80, de algumas séries de casos que descreviam uma doença com sintomas semelhantes aos efeitos retardados de uma infecção viral, manifestada por fadiga e outros sintomas, em grande parte subjetivos e aparentemente associados a evidências serológicas de infecções prolongadas pelo vírus Epstein-Barr (EB) – muito embora alguns estudos, como o de Gold et al. (1990), não tenham demonstrado correlação entre parâmetros (*)serológicos da atividade desse vírus e a condição clínica em questão.

(*) A Serologia ou Sorologia é o estudo científico do soro sanguíneo. Na prática, o termo se refere ao diagnóstico e identificação de anticorpos e ou antígenos no soro. Conhecem atualmente numerosas características sanguíneas hereditárias. O estudo da sua variação em relação à repartição geográfica, à sobrevivência num dado ambiente e à patologia tem contribuído grandemente para a moderna antropologia física.

No que se refere à definição dos sintomas que caracterizam a síndrome, a definição mais aceita até hoje, também conhecida como definição internacional, é aquela ligada às pesquisas de Fukuda et al. (1994). 


O diagnóstico de SFC requer a presença de fadiga persistente ou recorrente com início definido e no mínimo quatro de oito queixas subjetivas específicas (prejuízo substancial na memória de curto prazo e na concentração, dor de garganta, sensibilidade nos linfonodos cervicais ou axilares, dor muscular, dor nas articulações sem evidência de artrite, dores de cabeça de tipo diferente - em relação ao padrão e à severidade - do que costumeiramente o paciente apresentava, sono não restaurador, mal-estar pós-exercício de duração maior que 24 horas). Os sintomas associados devem durar no mínimo seis meses. O início da SFC geralmente ocorre entre os 20 e os 40 anos de idade – embora qualquer grupo etário possa ser afetado - e o número de mulheres afetadas é ligeiramente maior que o de homens.

Dowset e Colby (1997) assinalaram o aumento da síndrome em crianças, que apresentam um quadro clínico similar ao dos adultos. Diferentemente do que se pensava anteriormente, não há associação com status social, embora haja fortes indicações de aparecimento entre professores e profissionais da saúde.




sábado, 24 de maio de 2014

Se a vida te der limões, faça mais que uma simples limonada!

 


Imagine que você se encontre tão desanimado que não tenha mais esperança de transformar seus limões em limonadas. Nesse caso, ainda há duas razões pelas quais você deve, pelo menos, tentar…


A primeira: pode ser que você tenha êxito.
 
  
A segunda: mesmo que não tenha êxito, a simples tentativa de transformar o seu mínimo em máximo fará com que você olhe para frente, em vez de olhar para trás. Fará com que você substitua seus pensamentos negativos por pensamentos positivos...


    



Despertará as suas energias criadoras, fazendo com que você fique ocupado, que não tenha tempo nem vontade de lamentar o que já ficou para trás, o que já passou para sempre.


Certa ocasião, um violinista de fama mundial estava se apresentando num concerto em Paris, quando uma das cordas de seu violino subitamente se partiu. Ele não se perturbou e terminou a melodia com apenas três cordas.



Assim é a vida: se uma corda se parte, continue apenas com as três restantes…


Lembre-se sempre: a coisa mais importante da vida não é capitalizar sobre os nossos ganhos. Qualquer idiota pode fazer isso. O que é realmente importante é tirar proveito das nossas perdas. Isso requer inteligência e constitui a diferença entre um homem sensato e um tolo.


Ninguém pode construir em teu lugar as pontes que precisarás passar para atravessar o rio da vida. Ninguém, exceto tu, só tu podes fazê-lo.


Uma das trágicas coisas que eu percebo na natureza humana é que todos nós tendemos a adiar o viver. Estamos todos sonhando com um mágico jardim de rosas no horizonte, ao invés de desfrutar das rosas que estão florescendo do lado de fora de nossas janelas hoje.” (Dale Carnegie)








Dale Breckenridge Carnegie (Carnagey até 1922) (Maryville, Missouri, 24 de novembro de 1888 — Nova Iorque, Nova Iorque, 1 de novembro de 1955) foi um escritor e orador norte-americano. Autor de best-sellers como: Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas e Como Evitar Preocupações e Começar a Viver.  Graças ao sucesso obtido chegou a ser conselheiro de líderes mundiais. Escreveu colunas em diversos jornais e teve o seu próprio programa de rádio. Fundou o que é hoje uma rede mundial de mais de 2.700 instrutores e escritórios em aproximadamente 90 países em todo o mundo.
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