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sábado, 7 de janeiro de 2017

Depressão, Suicídio

O mês de setembro foi escolhido pela Associação Internacional de Prevenção do Suicídio para alertar sobre a importância de ações preventivas contra o suicídio. A campanha, batizada de Setembro Amarelo, visa também romper com o tabu que envolve o assunto. No Brasil, esse tipo de morte entre adolescentes e jovens aumentou 30% nos últimos 25 anos.

Um importante fator de risco associado ao suicídio é a depressão. Segundo a Organização Mundial de Saúde, cerca de 90% dos indivíduos que puseram fim às suas vidas cometendo suicídio tinham algum transtorno psiquiátrico e 60% deles estavam deprimidos.


Depressão é mais do que tristeza

Bem mais do que uma tristeza passageira ou cotidiana, a depressão tem causas biológicas e orgânicas, como alterações neuroquímicas no cérebro e desequilíbrio hormonal. Além disso, são descritos tipos de depressão cuja incidência ou prevalência destacam-se em indivíduos de uma mesma família, sugerindo forte caráter hereditário e genético.

Tratamento com antidepressivos, sempre sob supervisão médica, associado sempre que possível ao  acompanhamento psicológico, são opções terapêuticas eficazes para a maioria dos pacientes. Embora a depressão possa ocorrer apenas uma vez, não é incomum históricos de pacientes com repetidos episódios da doença ao longo da vida.

Durante esses episódios, as manifestações incluem:

ü  Sentimentos persistentes de tristeza, choro, desespero ou sensação crônica de vazio;
ü  Sentimento de culpa,  impotência e desesperança.
ü  Explosões intermitentes de raiva, irritabilidade ou frustração, mesmo por coisas pequenas;
ü  Perda do interesse ou prazer em atividades anteriormente apreciadas;
ü  Distúrbios do sono, incluindo insônia ou dormir demais;
ü  Cansaço e falta de energia; mesmo pequenas tarefas exigem esforço extra;
ü  Perda de apetite e/ou peso ou aumento de apetite com ganho de peso;
ü  Ansiedade, agitação ou inquietação;
ü  Dificuldade para se concentrar tomar decisões e lembrar-se de fatos e tarefas;
ü  Pensamentos recorrentes de morte ou suicídio; ideação, planejamento com ou sem tentativa de suicídio;
ü  Queixas físicas vagas, inespecíficas e inexplicáveis, como dor nas costas ou dores de cabeça.
ü  Tratamento gratuito para a depressão pelo SUS

No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento gratuito para a depressão por meio dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Os centros são unidades de atendimento intensivo, extra-hospitalar, multidisciplinar em regime diário aos portadores de doenças psiquiátricas, realizando o acompanhamento clínico e a ressocialização dos pacientes, muitos dos quais, oriundos de unidades básicas de saúde, ambulatórios de saúde mental e com alta hospitalar recente.

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“Não dependa de ninguém na sua vida, só de Deus, pois até mesmo sua sombra o abandonará quando você estiver na escuridão.”