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segunda-feira, 30 de abril de 2012

Disponibilidade para Amar, Você têm?



Valentine’s Day - Dia dos Namorados

14 de fevereiro é uma data em que se comemora, nos países anglo saxônicos, o dia da “união amorosa”, ou seja, o dia dos namorados. Somente em Portugal e no Brasil esse dia é comemorado em 12 de junho. São Valentim foi um bispo que lutou contra as ordens do Imperador Claudio II, ordens que proibiam o casamento durante as guerras, acreditando que os solteiros eram melhores guerreiros. Tempos depois, o bispo se casa secretamente. Sendo descoberto pelo Imperador, foi preso e condenado à morte. Diz a lenda que Valentim antes de sua morte teria escrito um bilhete para a filha cega do carcereiro, sua paixão, e que milagrosamente devolveu-lhe a visão. Nesse bilhete ele assinou como “seu namorado” e “De seu Valentim”. Numa outra versão, do sec.XVII, os ingleses e franceses passaram a comemorar o dia de São Valentim como o dia Dos Namorados. Anos após, essa data ficou célebre nos Estados Unidos como o Valentine’s Day.

Namorar parece um verbo muito temido hoje pelos jovens. Namorar, ao contrário do Ficar, é uma relação mais profunda, de maior disponibilidade afetiva, de intimidade e compromisso. O namoro, que na maioria das vezes acontece após uma paixão, é uma experiência idealizada necessária e fundamental para que duas pessoas exercitem seu lado afetivo.

Entretanto, requer coragem e ousadia de colocar às claras a vida dos afetos: amor, paixão, ciúme, rivalidade e principalmente capacidade de lidar com as diferenças de cada um. Namorar pode ser o prelúdio do noivado, e esse, a perspectiva de um casamento ou de uma relação estável mais duradoura. 

Acontece que o medo de amar é hoje uma marca da civilização pós moderna. Uma civilização do ter e não do ser, uma mentalidade consumista ao extremo, inclusive o consumo às pessoas, como se fossem drogas. O prazer pelo prazer é a regra atual. Ficar, ter relações casuais, fortuitas, passageiras, que promovam somente satisfação, e que não tolerem nenhum tipo de sofrimento. Parece que as pessoas jovens estão predispostas a negarem sua capacidade de tolerar a dor, a dor psíquica, a dor da desilusão, implícitas em qualquer relacionamento amoroso.

Seria uma boa reflexão, nesse Valentine’s Day ou Dia dos Namorados, o jovem entender e examinar em si mesmo como está sua capacidade inata amorosa. É claro que se possível, na vida nos afastemos da dor, mas por outro lado, a experiência dolorosa ensina, faz crescer e desenvolver o indivíduo a fazer frente aos seus conflitos. Lidar com ciúmes, por exemplo,  não como um sentimento passional da posse, e sim como um sinal do medo à perda de alguém que se ama. Tolerar as diferenças é outra capacidade interessante e imprescindível para mantermos um relacionamento. Na igualdade, na mesmice, não há conflitos e não existe muito a se fazer para expandir a relação. Na diferença sim. 

Quando encontramos ou pensamos ter encontrado o amor de nossa vida vale tudo ou quase tudo. Sim,  muitos pensam que é assim! E sob este pretexto passionalismos, brigas, discussões, ciúmes exagerados e outras  "provas de amor" passam a ser aceitas quase sempre pelo medo de um perder o outro. Ou dos dois se perderem, mutuamente. E tudo passa a ser desculpado e visto como mais um  tempero que alimenta a relação. Com ambos esquecendo que se não houver cumplicidade na relação esta poderá acabar em curto espaço de tempo. Pois a paixão não resistirá aos dias que virão. Mas, certamente isso acontece porque muitos não desejam descobrir nem aceitar que possuir de forma física e material não significa um verdadeiro amor. E pensar que se pode ser ou pretender ser dono do outro nada tem a ver com sentimentos construídos para crescerem nem durarem. Esquecem que agir como se um fosse dono ou propriedade do outro pode ser agradável para um mas, certamente, não o será para o outro! E numa relação tal comportamento pode apressar o seu final.

A diferença é inevitável, uma vez que ela vai aparecer à medida que a paixão abranda. E aí veremos se alguém gosta realmente de outro! Gostar, dizem os filósofos e psicanalistas, é também saber odiar sem destruir. É poder manter uma relação sem a obrigatoriedade de ser uma relação idealizada. É fato que procuramos o nosso ideal no outro, daí os termos, “alma gêmea”, “minha cara metade”. Entretanto, só sabendo incluir as diferenças é que podemos respeitar considerar e amar uma pessoa.

Diga-se de passagem, é claro que as diferenças precisam ser menores do que as realizações satisfatórias! No entanto, hoje em dia, as pessoas não têm paciência com o desenrolar de um namoro. À mínima frustração, ao primeiro desapontamento, a relação é desprezada, ou melhor, a outra pessoa que deveria ser um parceiro ou uma parceira, não interessa mais. “Já fui, dizem os jovens, não me interessam problemas, conflitos, frescuras de conversar sobre a relação, o importante é o prazer pelo prazer. É curtir, sair, beijar, amassar e transar”. Isso é a antítese do namoro. O namoro não despreza a sexualidade, pelo contrário, é nessa relação que se vai integrando afeto com sexualidade, corpo e alma.

 “Eu não consigo me apegar a ninguém, eu tenho medo de me envolver e me aprisionar. Sou desconfiada, sou desacreditada do amor dos outros por mim. Sinto um vazio, um vazio enorme e nada me satisfaz. Como posso mudar? Como posso sentir alguma coisa mais duradoura? Parece que não ficou nada dentro da minha pessoa desde criança.” .

Depoimento como o dessa jovem, ouvimos cotidianamente em nossos consultórios, como um grito de dor, um desabafo, de quem sente medo de se apaixonar e de que se apaixonem por ela, de quem não está disponíveis para Amar e ser Amada.

Freud afirmava que o Eu antes de tudo é um Eu Corporal, mas com o crescimento ele vai se tornando um Eu mais integrado, corpo e afeto. É isso que o namoro pede como compromisso - afetuosidade e sexualidade juntos, no sentido de desenvolver uma relação amorosa e não uma “relação vazia e sem sentido”, estritamente corporal
. 


"Estranho, sim.
As pessoas ficam desconfiadas, ambíguas diante dos apaixonados.
Aproximam-se deles, dizem coisas amáveis, mas guardam certa distância, não invadem o casulo imantado que envolve os amantes e que pode explodir como um terreno minado, muita cautela ao pisar nesse terreno.
Com sua disciplina indisciplinada, os amantes são seres diferentes e o ser diferente é excluído porque vira desafio, ameaça.
Se o Amor na sua doação absoluta os faz mais frágeis, ao mesmo tempo os protege como uma armadura.
Os apaixonados voltaram ao Jardim do Paraíso, provaram da Árvore do Conhecimento e agora sabem."

Lygia Fagundes Telles

domingo, 22 de abril de 2012

Doença x Emoção uma visão psicossomática


“Um funcionamento inadequado da psique pode causar tremendos prejuízos ao corpo, da mesma forma que, inversamente, um sofrimento corporal pode afetar a psique; pois a psique e o corpo não estão separados, mas são animados por uma mesma vida. Assim sendo, é rara à doença corporal que não revele complicações psíquicas, mesmo quando não seja psiquicamente causada.” (Jung).
  
Quando a doença vem da emoção a somatização tem de ser tratada, pois pode enfraquecer as defesas do organismo.

Basta passar por uma situação muito difícil, estressante ou problemática que o corpo fica diferente: a cabeça dói, o resfriado aparece, a digestão se complica, a respiração fica difícil ou a pele se enche de alergias. O fato não é uma simples coincidência, mas um processo chamado pela medicina de somatização, ou seja, a transferência para o corpo do que deveria ser vivido e suportado apenas na mente. Segundo os profissionais que trabalham com a medicina psicossomática, todas as pessoas acabam provocando mudanças no corpo ao enfrentar determinadas situações emocionais, principalmente as que produzem stress e ansiedade. O que muda é a intensidade e a frequência com que isso acontece - de eventos ocasionais a transtornos repetitivos, que acabam se tornando crônicos.

Desse modo, cada vez que uma pessoa não consegue suportar no plano psíquico uma situação, ela acaba produzindo ou agravando sintomas e doenças que se manifestam no corpo. Palpitações, gastrite e dores de cabeça estão entre os sintomas mais comuns, mas a somatização pode deixar o organismo com menos defesas para doenças sérias, como câncer, além de prejudicar a recuperação de uma cirurgia, por exemplo.

"O stress e a ansiedade são os principais fatores que acabam por influenciar no aparecimento, na manutenção ou repetição de uma doença física, porque eles alteram o funcionamento de vários sistemas do nosso organismo", explica o psiquiatra Carlos Andrade, diretor-científico do Comitê de Medicina Psicossomática da Associação Paulista de Medicina.

No entanto, é possível controlar e até mesmo evitar que isso aconteça. Mas a receita, que não é fácil e muito menos rápida, inclui o autoconhecimento, a descoberta de válvulas de escape e uma mudança na maneira de encarar os problemas e reagir a eles, de preferência com acompanhamento de um psicoterapeuta.

SINAIS CEREBRAIS

Apesar de mudar de pessoa para pessoa, a somatização é explicada cientificamente. Raiva, paixão, tristeza, medo e uma série de emoções causam alterações no organismo, liberando ou inibindo a produção de substâncias, como adrenalina, cortisol e serotonina.

Quando a pessoa fica durante muito tempo,  submetida a uma situação diferente, ela desencadeia mudanças no sistema nervoso autônomo, responsável pelos batimentos cardíacos, pela temperatura corporal, pela digestão, pela respiração e pela sexualidade. Além disso, provoca mudanças no sistema endocrinológico, que produz uma série de hormônios, e no sistema imunológico, responsável pela defesa do organismo.

Desse modo, a bagunça no corpo começa e os sintomas aparecerem - o local escolhido depende da herança genética e racial de cada pessoa. "O indivíduo tende a somatizar nas áreas do corpo que já estão mais fragilizadas ou já tiveram um problema no passado. Depende das reações e da composição física de cada pessoa", afirma Andrade.

Mesmo assim, os médicos afirmam que existe um perfil geral do somatizador: pessoas extremamente ligadas ao mundo real, que dão pouco espaço para elaborações psíquicas e em cuja vida não há muito espaço para fantasias e imaginação. Sendo assim, acabam tendo pouco contato e tempo para suas questões psicológicas.

"Como não conseguem eliminar as tensões de uma forma natural, aparecem essas válvulas artificiais e as pessoas desenvolvem doenças físicas que têm certamente origem emocional. A gastrite, por exemplo, pode ser uma patologia do aparelho digestivo que se desenvolve à medida que aumentam o stress e o desgaste do paciente", diz o psiquiatra Leonard Verea, especialista em psicossomática.

Em algumas pessoas, o problema se acentua e aparece de uma outra maneira. Ou seja, a pessoa sente sintomas de várias doenças, é examinada pelos médicos, faz exames, mas não encontra nada no corpo que explique o que sente. Nesse caso, não há doença física com o problema emocional. É o transtorno de somatização, estudado pela psiquiatria.

"O paciente sente sintomas no corpo sem que haja uma causa física que explique aquilo. E ele sofre porque não encontra uma causa. Geralmente, são pessoas que recusam fazer um acompanhamento psicológico", explica o psiquiatra José Atílio Bombana, do Programa de Atendimento e Estudos de Somatização da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

TRATAMENTO

Há cerca de dois anos, ao passar por problemas familiares, a estudante de administração hoteleira Júlia Moraes Ramos, de 22 anos, começou a sentir dores do estômago e a vomitar constantemente. Foi ao médico e teve o diagnóstico: gastrite. "Ele me receitou remédios e um calmante natural, para eu tomar quando ficasse muito nervosa. Era muito rápido. Eu ficava nervosa, preocupada e uma hora depois começa a doer meu estômago, apareciam aftas na minha boca, eu chorava", conta.

Logo depois, e seguindo a recomendação do médico, Júlia procurou uma terapeuta. "Ela falou para mim que quando tenho um problema que não consigo digerir acabo atacando o meu estômago. Depois da terapia melhorei bastante, aprendi a não ficar fazendo mal para mim, tento me entender e me controlar", diz.

A estudante seguiu o caminho mais recomendado pelos médicos. Segundo eles, apenas tomar remédios para aliviar os sintomas ou curar a doença não são suficientes. Sem mexer na origem do problema, a somatização continuará. "A pessoa precisa ter a humildade de se olhar no espelho e dizer: eu preciso mudar. E ter a coragem para mudar. Senão ficará se repetindo para sempre", observa o psiquiatra Verea.

"A mudança acontece quando consigo conhecer minha capacidade, incapacidade, bondade e maldade. Aí a pessoa pode discernir o que sente, o que é dela e o que está absorvendo do ambiente em que está", diz a psicóloga Maria Rosa Spinelli, da Associação Brasileira de Medicina Psicossomática.

Cuide de seus sentimentos, reflita, compreenda e releve tudo aquilo que não te trouxer satisfação e prazer.


Doença, Perdão, Cura, até onde estão relacionadas!?

A psicóloga e escritora americana Louise l. Hay afirma que todas as doenças que temos são criadas por nós mesmos e, que somos 100% responsáveis por tudo de ruim que acontece no nosso organismo. Todas as doenças têm origem num estado de "não perdão". Quando estamos doentes, necessitamos descobrir a quem precisamos perdoar. Quando estamos empacados num certo ponto, significa que precisamos perdoar mais. Pesar, tristeza, raiva e vingança são sentimentos que vieram de um espaço onde não houve perdão. Perdoar dissolve o ressentimento. A escritora em seu livro ”Você Pode Curar Sua Vida”, descreve as "doenças" que criamos em nosso corpo através das reações e dos reflexos dos nossos pensamentos, sentimentos e crenças interiores. A seguir ela elaborou a relação de algumas doenças e suas prováveis causas. Reflita, vale a pena tentar evitá-las!


Veja se identifica algum sintoma em você...

I - SISTEMA CIRCULATÓRIO
Coração - entusiasmo e motivação pessoal.
Problemas cardíacos em geral - desânimo e desmotivação.
Angina - firmeza aparente, que esconde amarguras e sofrimentos. Dos falsos valores, perda da motivação e entusiasmo pela vida.
Infarto - desmoronamento
Taquicardia - entusiasmo reprimido.

PRESSÃO ARTERIAL - fuga dos conflitos que envolvem a afetividade.
Pressão Alta - fuga através da preocupação ou dedicação excessiva aos afazeres.
Pressão Baixa - fuga pelo esquecimento, desejo de abandonar tudo.
Sangue - expressão da individualidade, fiel representante da alma, que da vida ao corpo.
Anemia - falta de ânimo e vitalidade.
Coagulação sanguínea - incapacidade de se refazer mediante as perdas.
Hemorragia - desrespeito ao ritmo interno, ultrapassando os próprios limites e perdendo-se no que faz.
Leucemia - ressentimento por não conseguir manter a integridade na vida.

Tipos Sanguíneos:
A - pessoas conservadoras, detalhistas, harmoniosas, prestativas, sem pretensões de liderança.
AB - pessoas colaboradoras, cumpridoras de compromissos, prestativas.
B - pessoas com autoconhecimento, que sabem o que querem, mas com dificuldades para lidar com os outros.
O - pessoas comunicativas, com capacidade de liderança, convincentes, determinadas, expressivas

Vasos Sanguíneos - senso de direção e limites.
Aneurisma - negação da própria fragilidade e limitações, abraçando causas externas. Alta responsabilidade para se manter no poder e controle da situação.
Arteriosclerose - resistência ao novo.
Flebite - intransigência e irritação diante de obstáculos.
Trombose - pessimismo e limitação na vida.
Varizes - estagnação numa situação desagradável, frustração por não realizar ideias e objetivos. Fazer de tudo, menos o necessário.

II - SISTEMA DIGESTIVO
Afta – auto punição por sentir-se despreparado e negar a própria capacidade.
Dentes- decisão, vitalidade e força agressiva.
Canal - índole, senso moral e familiar.
Cáries - indecisão, perda da solidez interior.
Diabetes - depressão, falta de docilidade, pessimismo.
Hipoglicemia - ansiedade, resgate do tempo perdido.
Digestão - elaboração e aceitação dos acontecimentos.
Esôfago - realismo.
Esofagite - constante irritação.
Hérnia de hiato - sentimento de culpa.
Estômago - processador das emoções básicas.
Estomatite - sentimento de invasão e incapacidade de sustentar o próprio ponto de vista.
Faringe - aceitação dos fatos triviais.
Faringite - irritação por não saber lidar com episódios desagradáveis.
Fígado - órgão da mudança, força agressiva.
Cirrose - autodestruição.
Hepatite - resistência ao novo, gerando bloqueios.
Glândulas Salivares - sentimento de segurança.
Caxumba - sentimento de impotência.
Síndrome de Sjogren (SS) - revolta e indisposição em absorver os episódios da vida.
Hemorroídas - apego às mágoas do passado.
Intestino Delgado - absorção e aproveitamento das experiências de vida. Capacidade de entendimento.
Diarréia - súbito desapego, sem elaborar a experiência.
Intestino Grosso - expressão dos mais profundos sentimentos. Doação e generosidade.
Intestino preso - recusa na exteriorização dos sentimentos.
Prisão de ventre – meticulosidade, atrapalhar-se com detalhes, contenção da espontaneidade.
Língua - prazer e articulação da expressão.
Mau Hálito - desejo inconsciente de distanciar as pessoas.
Maxilar - dosagem da força agressiva.
Gengiva - firmeza nas decisões.
Gengivite - frustração por não conseguir sustentar decisões.
Náusea e Vômito - resistência e recusa a situações.
Pâncreas - abrir-se para a vida e as pessoas, extraindo o melhor da situação. Alegria e descontração em viver.
Depressão no Pâncreas - quadro psicológico que acompanha as principais doenças pancreáticas.
Pancreatite - amargura, frustração e raiva.
Suco Gástrico - resposta mental às situações da vida.
Gastrite - atividade mental proporcionalmente
maior que os fatos.
Úlcera - não se permite falhar nem compartilha os problemas. Agressividade sufocada.
Vesícula Biliar - sentir-se em condições de enfrentar os grandes obstáculos da vida.

III - SISTEMA REPRODUTOR Feminino

Baixa ou falta de desejo (Frigidez) - bloqueios que impedem a entrega no ato sexual.
Mamas - feminilidade e afetividade, capacidade de entrega e doação.
Amamentação - capacidade de doação.
Coceira - insatisfação com a dedicação ou a forma como é tratada pelos outros.
Flacidez - falta de sustentação interior, perda da autoconfiança.
Mastite - conflitos durante a dedicação.
Nódulos - bloqueios afetivos.
Menstruação - renovação, desprendimento e aceitação da feminilidade.
Amenorreia - regressão na maturidade feminina, apego a situações ou pessoas que foram marcantes.
Menopausa - maturidade emocional.
Outros problemas - rejeição da própria feminilidade, dificuldade em lidar com mudanças.
Ovários - criatividade feminina
Cistos - criatividade sufocada, culpa pelas ideias que deram errado.
Ovário policístico - confusão mental, dificuldade em expor ideias.
Tubas Uterinas - elaboração das ideias, forma como se expressa a criatividade.
Infertilidade/esterilidade - sentir-se incapaz de sustentar uma situação (igual para os homens)
Laqueadura - influência negativa na elaboração das ideias.
Útero - natureza feminina, originalidade e espontaneidade.
Miomas e Fibromas - deixar-se moldar pelo externo, não preservar sua natureza íntima.
Vagina - prazer na vida e no sexo.
Coceira - expectativas frustradas em relação ao prazer ou ao parceiro.
Corrimento - profundos ferimentos afetivos ou sexuais.
Ressecamento - despreparo para o prazer.
Vaginismo - falta de soltura e entrega ao prazer.

III.2 - SISTEMA REPRODUTOR Masculino
Pênis - prazer masculino, capacidade de concretizar os objetivos da vida.
Disfunção erétil - autodepreciação, inferioridade e fracasso na vida.
Próstata - caráter masculino.
Testículos - criatividade masculina.

IV - SISTEMA RESPIRATÓRIO
Brônquios - relação entre os mundos interno e externo, interação harmoniosa com o ambiente.
Asma brônquica - sentimento de inferioridade disfarçado pelo desejo de poder e controle do ambiente.
Bronquite - dificuldade de relacionar-se com o ambiente. Incapacidade de expressar sentimento de agressão. Necessidade de chamar atenção, isolar-se ou fazer chantagem.
Fossas Nasais - primeiro contato entre o externo e o interno, habilidade para lidar com os palpites e sugestões dos outros.
Gripe ou resfriado - confusão interior, despreparo para lidar com mudanças, falta de confiança no novo.
Rinite - abalar-se pelas confusões do ambiente, não se permitir errar, adotar comportamento exemplar.
Sinusite - profunda irritação com alguém bem próximo, decepção provocada pelas expectativas.

IV.3. - FENÔMENOS RESPIRATÓRIOS
Bocejo - mobilização orgânica para refazer-se do desgaste físico ou da perda energética, desprendimento da negatividade agregada.
Espirro - impulso de defesa contra ideias ou energias negativas.
Ronco - teimosia, rigidez de ideias.
Soluço - ansiedade e medo do desfecho de uma situação.
Tosse - regressão dos impulsos agressivos e desejo de atacar.
Laringe - seleção e discernimento entre ideias e fatos.
Calos nas Cordas Vocais - revolta e aspereza na forma de falar.
Disfunções da Fala - contenção dos impulsos.
Engasgo - ser surpreendido por coisas que vêm atravessadas.
Gagueira - incapacidade de falar por si, tolher-se na expressão.
Laringite - irritação por não conseguir manter sua força de expressão, frustração por não falar o que pensa.
Voz - via de expressão do ser.
Pulmões - órgãos de contato e relacionamento com a vida e o ambiente.
Edema - apego emocional seguido de desmotivação e perda da vontade de viver.
Enfisema - medo e negação da vida, dificuldade em encarar os obstáculos.
Pneumonia - cansaço da vida, irritação por se doar muito aos outros sem retorno.
Tuberculose - crueldade e desejo de vingança sufocado.

V - SISTEMA URINÁRIO
Bexiga - necessidade de aliviar tensões emocionais e psicológicas.
Cistite - irritação com o parceiro ou com as intrigas no lar, traumas sexuais ou culpa pelas atitudes incorretas de alguém querido.
Enurese noturna - emoções reprimidas, tensões e medos liberados durante o sono.
Incontinência Urinária - medo de perder o controle emocional em situações afetivas.
Uretrite - sentir-se irritado e chateado com as situações ao redor.

Outros Problemas na Bexiga - apego a situações do passado, frustração e “vitimismo”.
Rins - correspondem ao âmbito da parceria: capacidade de amar e de se relacionar.
Cálculos renais - apego às complicações afetivas. Cultivar mágoas e cultivar excessivamente os entes queridos.
Cólica renal - apego a quem ama, não admitir nenhum tipo de ruptura no relacionamento.
Outros Problemas Renais - dificuldades nos relacionamentos.

“Pense primeiro antes de ir e se for para sofrer, não vá, só vá se te der prazer!”


domingo, 8 de abril de 2012

Ego Inflado (o Sí-mesmo)


“Aquele que se sente alfinetado deve ter sido algum dia uma bolha…” Lao-Tsé

Não sei se todos os leitores estão familiarizados com o termo “ego inflado”. Então vamos começar por ele. EGO é uma palavra latina correspondente ao EU. Um egoísta é aquele que só pensa em si. Um egocêntrico é aquele que pensa ser o centro do universo. E um ego inflado é um ego que está para além de seus limites.

Gostaria de compartilhar com vocês a definição de inflação egóica que Edward Edinger faz no livro Ego e Arquétipo:

“A definição apresentada no dicionário para inflação é: “Cheio de ar, dilatado pela ação do ar, irrealisticamente amplo e importante, além dos limites das próprias medidas; portanto, vaidoso, pomposo, orgulhoso, presunçoso.” Uso o termo inflação para descrever a atitude e o estado que acompanham a identificação do ego ao Si-mesmo. Trata-se de um estágio no qual algo pequeno (o ego) atribui a si qualidades de algo mais amplo (o Si-mesmo) e, portanto, está além das próprias medidas.”

 O Si-mesmo (ou self) é o arquétipo que corresponde à totalidade da psique, assim como seu centro organizador. Seria como uma representação psíquica do Todo, e até mesmo do divino. O Si-mesmo abrange tanto a consciência quanto o inconsciente.

Quando o ego está em um estado de inflação, é como se ele se identificasse com características próprias da divindade, do todo, e do centro.

Durante a infância é normal que nossa atitude seja a de se reconhecer como centro do mundo. Tanto porque nosso ego ainda está em construção, separando-se do inconsciente, quanto porque nosso ambiente nos trata dessa forma. Nós achamos que o mundo e as coisas são nossas,  por direito. Quando adultos, ficamos esperando que o estado, o chefe, o cônjuge, o terapeuta, Deus ou o destino nos dê aquilo que falta, de forma muito passiva. E quando não ganhamos… raiva e tristeza emergem.

Quem puder, observe a fala e comportamento das crianças pequenas: “a mãe é minha, o irmão é meu, a bola é minha, quero isso, quero aquilo…”  e assim por diante. As crianças que são muito mimadas tendem a manter na idade adulta essa atitude de exigir que o mundo e as pessoas correspondam aos seus desejos.

Só um exemplo para ilustrar como funciona: tenho uma sobrinha que fez 8 anos mês passado. Fazemos aniversário em datas próximas, e ela mora em outra cidade. Na época do meu aniversário alguns familiares viriam para a cidade onde moro, para me visitar, mas ela não queria, estava com preguiça de viajar. E então alguém comentou “e se sua tia não vier no seu?” A resposta veio logo, esbravejando ” Mas como que ela não vai vir no MEU aniversário?”

É engraçado ver como funciona a psique infantil. E para uma criança de 8 anos está perfeitamente normal. O problema é a manutenção desse comportamento em idade adulta. O que antes era bonitinho começa a ficar extremamente cansativo de se conviver e até mesmo doentio.

Uma psicose pode ilustrar perfeitamente esse estado de identificação do ego com o Si-mesmo. Eu não consigo imaginar quantas reencarnações de Jesus Cristo existem hoje na Terra. Ou então aquele indivíduo paranóico, que acredita estar sendo perseguido a todo momento por outra pessoa que quer derrubá-lo.

Há uns meses atrás fui abordada na rua por um jovem que contou toda uma trama fantástica, que envolvia metade do mundo, numa conspiração para que ele não arrumasse emprego. Esse ego inflado não consegue admitir que não é tão especial assim. Se não arrumou emprego, só pode ser porque tem alguém sabotando.

O ego inflado se coloca em situações de risco – abuso de álcool, drogas, velocidade, sexo sem proteção, negócios ilícitos, e por aí vai, porque acha que nada pode acontecer com ele. É atribuir a si aspectos da divindade, ser Todo-poderoso e imortal.

Outro aspecto clássico que o ego pode “pegar emprestado” do arquétipo da divindade é a questão de ser o salvador. É o cara que quer ser o herói, ou aquela mulher que se envolve com o tipo mais cafajeste e errado e acha que vai salvá-lo dessa vida. Perceber que não consegue torna a vida dessa mulher muito sofrida, mas é justamente o que precisa para estourar a bolha. Quando ela puder admitir que não tem o poder para mudar o outro, e viver dentro da própria medida, as coisas ficam bem.

Isso pode acontecer com os profissionais da área da saúde, defensoria pública, policiais, religiosos e por aí vai. Acho que boa parte de nós pensa ser o salvador. Só que muitas vezes a gente perde. E aí, como fica?

A vida e a nossa psique naturalmente vai se encarregando de estourar nossa bolha, quantas vezes forem necessárias, até que possamos ficar dentro da medida que nos cabe. Então no fundo, temos que agradecer aos momentos de revés. Eles nos tiram da ilusão, e facilitam a convivência com o que nos cerca. Desinflar é algo extremamente necessário para que possamos nos situar adequadamente dentro de nossa realidade.

Só podemos torcer para que as alfinetadas, os tombos e os reveses venham. Com sorte, eles virão em uma medida que possamos aguentar. Se o estouro for proporcionalmente maior do que podemos aguentar, caímos em um estado de extrema “alienação do ego”. E pode ser que não sobre nada no que possamos nos agarrar para levantar novamente.

http://www.terapiaemdia.com.br/?p=1162