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domingo, 11 de dezembro de 2011

O Nó e o Laço - Desafios de Um Relacionamento Amoroso


Em O Nó e o Laço: Desafios de Um Relacionamento Amoroso, o Psiquiatra Alfredo Simonetti nos sugere como transformar nós em novos laços amorosos e duradouros.

Para isso, devemos conhecer como eles funcionam. Só assim, podemos usar o que há de mais precioso para reconstruir um laço: A Conversa Amorosa.

é o nome dado pelo psiquiatra às crises e às dificuldades naturais das uniões amorosas. Nesta obra, o autor sugere como transformá-los em novos laços amorosos e duradouros.

Recentes pesquisas divulgadas constatam que o número de casamentos tem aumentado. Ao mesmo tempo, é comum também o aumento de queixas que relatam a dificuldade em manter um casamento ou relação amorosa com a mesma harmonia que se estabelece no início de cada história.

Alfredo Simonetti constatou, ao longo de sua carreira, trabalhando como psiquiatra e psicanalista, que o entendimento sobre como funciona o nó (ou crise) do casamento é capaz de aumentar enormemente a habilidade das pessoas alcançarem e manterem um casamento harmônico, feliz e saudável.

Não, não é fácil se relacionar! Afinal, após um tempo de romance, o pavio da paciência encurta e detalhes que nunca incomodaram, como não baixar a tampa do vaso sanitário, parecem motivos de sobra para declarar uma guerra mundial.




Simonetti aborda na obra O nó e o LaçoDesafios de um Relacionamento Amoroso, conceitos para que os interessados no assunto compreendam a trajetória psicológica e comportamental de um relacionamento e, para tanto, o psiquiatra passa por princípios de Sigmund Freud, Jacques Lacan, Shopenhauer, Theodore Zeldini, entre outros estudiosos do comportamento humano a fim de chegar na afirmativa de que uma crise amorosa não acontece necessariamente pela ausência de amor – em alguns casos, muito pelo contrário – mas, sim, pela ausência do uso da palavra em forma do que o autor classifica de Conversa Amorosa.  

Este livro não propõe receitas para que se alcance um casamento feliz, mas um novo olhar sobre o maior desafio da humanidade: a relação humanaSegundo o especialista, a melhor alternativa é desatá-los. 

Como? Confira abaixo!

O que leva às crises?

Segundo o autor, a rotina é o principal motivo que desencadeia as crises em uma relação. Mas outros fatores, como insatisfação, falta de liberdade, ciúme e problemas financeiros também causam brigas. "Com o passar do tempo, o laço de amor, tesão e paixão se estreita até se transformar em um que prende, sufoca, irrita, confunde e acaba afastando duas pessoas que costumavam ser tão próximas", diz Simonetti.

Não deixem de conversar

Antes de pensar em desistir do amor diante do primeiro drama, entenda: as dificuldades fazem parte de qualquer envolvimento amoroso. Para superá-las, nada como a boa e velha conversa. "Algumas pessoas detestam discutir a relação, a famosa DR, outras adoram e há quem não saiba nem por onde começar. Mas é importante tentar, pois a falta de diálogos a dois resulta em brigas causadas por problemas banais", ensina o psiquiatra.


Atitudes para salvar a relação

Avalie sua postura e invista nas dicas abaixo para reverter ou até tentar evitar crises

1. Fuja da rotina!
Ir ao motel na sexta-feira ou pegar um cinema às quartas são ótimos programas. Mas fazer isso toda semana causa a sensação de mesmice. Não é possível sair da rotina de forma muito planejada, afirma o especialista. E, acredite, isso vai além da nossa consciência. "A mente humana funciona com o contraste. Por exemplo, se há um ponto de luz piscando em uma sala escura, é nele que se fixará sua atenção. Mas em cinco minutos você nem se lembrará mais da tal iluminação. Isso mostra que a mente se acomoda com a rotina", explica ele. Assim, surge a necessidade de atividades diferentes. No fundo, nem é ação que importa, mas o quão inusitada ela é para vocês.

2. Exija seu espaço
No romance, todos precisam respirar. O diálogo é importante, mas a privacidade precisa ser mantida. Por isso, a relação a dois é um permanente movimento de juntar-se e separar-se, diz Blenda de Oliveira, psicanalista membro da Sociedade Brasileira de Psicanálise. Para exigir seu espaço, você precisa aceitar a individualidade do parceiro. "Nunca pense que o outro quer ficar sozinho porque deixou de amá-la", diz Simonetti. Ainda segundo ele, quando tudo é feito junto, um dos dois começa a se sentir preso, sufocado, e os problemas não tardam a aparecer.





3. Demonstre o que você sente
"Muitos casais que já estão juntos há anos não se declaram mais. No entanto, mesmo sabendo que o sentimento existe, as pessoas precisam escutar o que o outro sente apenas pelo prazer que isso traz", diz o psicanalista. Então, anote a lição: declare seu sentimentos ao gato. Afinal, mesmo que ele tenha certeza do seu amor, não custa nada reforçar isso com palavras.

4. Seja responsável por sua felicidade


Não exija que o parceiro viva para satisfazê-la. Isso acarretará em expectativas frustradas, pois ele nem sempre fará seus desejos. "Ao diminuir as expectativas em relação ao companheiro, podemos incrementar a relação e torná-la uma boa surpresa diária", diz Blenda.

O nó e o Laço – Desafios de um relacionamento amoroso vem dividido em quatro capítulos: O amor nos tempos do nó; Os meninos brincam, as meninas tramam (onde são abordados as diferenças individuais entre homem e mulher e o reflexo que tais particularidades apresentam na relação a dois); A magia das palavras (que esclarece que o amor é estabelecido a três: ele, ela e a palavra) e O inventor de palavras (que propõe três coisas a serem feitas com os nós do casamento).

O primeiro capítulo da obra, O amor nos tempos do nó, aborda pontos como A separação adiada; Os amantes mais bem sucedidos do mundo; Casamentos diferentes; Algo maior que eu (onde esclarece o princípio da inconsciência pelo ponto de vista psicanalítico, evitando, assim, equívocos de compreensão); As neuroses se casam; O desejo é sempre o desejo de outra coisa; Meu nome é Multidão, Amor de Mãe; A lenda do nó (onde descreve a lenda do imperador Górdio, que na época dominava a Ásia); 


“Complicado nó, feito por Górdias, rei da Frígia e pai de Minos. Dizia-se que quem fosse capaz de desatar o difícil nó tornar-se-ia o governador da Ásia. Muitos tentaram, em vão. Segundo a lenda, o próprio Alexandre Magno (Alexandre o Grande) foi incapaz de desatar o nó e, assim, cortou-o com um golpe de espada.”


O amor que salva. Salva? (no qual discorre sobre o desamparo a partir da ótica psicanalítica); Ser inocente é uma desgraça, entre outros, sempre permeados por casos atendidos em consultório.

Em Os meninos brincam, as meninas tramam, Alfredo Simonetti subdivide o capítulo em O homem é simples, a mulher, complexa – onde traça as diferenças entre homem e mulher quanto à visão, fala, sensibilidade, toque, gozo sexual, pele, entre outros fatores comportamentais que podem aproximar ou afastar os pares conforme a compreensão destas diferenças; Homem é tudo igual, a mulher é sempre diferente, entre outros subtítulos, sempre atento à reflexão sobre como alinhar todas essas diferenças aqui destacadas entre homem e mulher a fim de alcançar um relacionamento coerente e harmônico.

Os terceiro e quarto capítulos verticalizam a abordagem para o conceito de que o amor não depende apenas de duas pessoas – mas da palavra, essencial para que o amor entre duas pessoas seja estabelecido. Segundo Simonetti, mesmo quando ausente, a palavra é importante, já que os amantes, envolvidos em outras formas de contato, se surpreendem por não precisarem dela. No amor, ausente ou presente, a palavra é notada, e sua participação depende do momento”.


A partir daí, o psiquiatra e psicanalista discorre sobre a importância da palavra na história das relações humanas citando, entre outros nomes de destaque, o estudo da antropóloga Tereza Vergani, até chegar à teoria da comunicação – adequada ao contexto amoroso em uma relação a dois. A socióloga americana Débora Tannen também se faz presente na reflexão de Simonetti ao argumentar que as dificuldades de comunicação – associada à conversa – podem ser resultados de diferenças culturais e não causadas por defeitos pessoais.

Ao mesmo tempo, o psiquiatra estabelece um contraponto onde deixa claro que às vezes a palavra é mais e, que o silêncio também pode ser amoroso, mas, para isso, antes é fundamental que se estabeleça a Conversa Amorosa. Para tanto, Simonetti explica ao leitor como reconhecer o nó e sugere ações para desatá-los após a identificação deste e aborda o pacto da verdade entre o casal.




A bibliografia comentada ao final da obra é um ponto que faz a diferença, pois estimula o leitor a seguir em suas pesquisas no tema. A Integrare Editora, por ter a proposta de ser uma empresa socialmente responsável e por acreditar que o papel das empresas vai além de pagar impostos e gerar empregos, destina uma porcentagem do faturamento de todo lançamento para uma entidade não-governamental reconhecida. Assim, parte da venda do livro O nó e o Laço – Desafios de um relacionamento amoroso destina-se ao Instituto Beneficente Viva a Vida – www.ibvivaavida.org.br – organização não-governamental fundada em 1993

Sobre o autor
Alfredo Simonetti Médico psiquiatra , Psicanalista, Psicólogo Clínico e Hospitalar. Desenvolve seu trabalho clínico em consultório particular e no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas- SP onde é Médico-Colaborador do AMBAN (Ambulatório de Ansiedade). É coordenador do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Psicologia Hospitalar (NEPPHO-SP), Professo-Convidado da PUC-SP para cursos na área de Psicologia da Saúde (COGEAE-PUC-SP), Coordenador do site de informações em saúde mental www.mapadamente.com.br. Autor do livro "Manual de Psicologia Hospitalar" (ed. Casa do psicólogo, 4 edição).

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“Não dependa de ninguém na sua vida, só de Deus, pois até mesmo sua sombra o abandonará quando você estiver na escuridão.”