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sábado, 25 de fevereiro de 2012

Você sabe o que significa Coerência Cardíaca?


Coerência Cardíaca é um estado psicofisiológico caracterizado pela sincronia e equilíbrio entre o ritmo cardíaco, as emoções e algumas funções oscilatórias do corpo, como respiração e pressão arterial. Estudos científicos incluem outras características do estado de Coerência Cardíaca que auxiliam a harmonização dos sistemas hormonal, nervoso e o imunológico.

Exemplo: Imagine-se feliz, fazendo algo de que realmente gosta e lhe deixa satisfeito. Visualize-se, realizado, bem sucedido e de bem com você, com os outros e com a vida e naturalmente, todo o seu organismo funcionando em perfeita harmonia e sincronia com o universo e você se sentindo cada vez melhor. Sinta todos os sistemas...Circulatório, Digestório (Digestão), Endócrino (Hormônios), Sistema Excretor (Urinário), Sistema Linfático, Muscular, Nervoso, Reprodutor, Respiratório e Sistema Sensorial (Sentidos), funcionando  de forma saudável, harmoniosa, equilibrada e com mais vitalidade. Nesse estado de harmonia, o nosso ritmo cardíaco está em “coerência”, contribuindo para manter nossa saúde e sem estresse.

Sobre o Estresse

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 90% da população mundial sofre de estresse.
É considerado o “Mal do Século XXI” e principal causador do surgimento de doenças crônicas. A população brasileira alcança níveis alarmantes sendo considerado o segundo país que mais sofre de estresse no mundo, perdendo apenas para o Japão. Esta situação gera a necessidade de combate do estresse excessivo, busca de bem-estar e qualidade de vida.

Muitas profissões estão sujeitas a um elevado nível de estresse: profissionais da área da saúde, da tecnologia de informação, educadores e estudantes, polícia em geral, empresários, enfim, uma gama muito ampla de está submetida ao estresse excessivo, tendo como consequências sérios problemas de saúde física e mental.

De acordo com a Associação Brasileira de Estresse, mais de 50% das mortes ocorrem em razão de doenças ligadas ao estresse. Segundo a ISMA, International Stress Management Association, a população brasileira ocupa o segundo lugar no ranking dos mais estressados do mundo devido aos hábitos da vida moderna. Com base em um vasto estudo da literatura científica internacional, especializada em psicofisiologia, foi desenvolvido o treinamento do sistema nervoso autônomo por biofeedback. Seu treinamento é totalmente natural e sem contra-indicações, podendo ser aliado aos tratamentos convencionais ou a outras práticas de terapias alternativas-complementares.

Além da redução dos sintomas de estresse, outros efeitos foram relatados: redução de pressão alta, controle do diabetes, redução do colesterol, redução de ansiedade e depressão, déficit de atenção e hiperatividade, transtorno de aprendizagem. Os sintomas mais prevalentes do estresse são manifestados como: cansaço físico e emocional, irritação, angústia, sensação de estar sem forças e desmotivação. Pesquisas científicas revelam, cada vez mais, uma forte associação entre estresse excessivo e o desenvolvimento de várias doenças, como câncer, hipertensão, enfarte, úlceras, diabetes, entre outras.

Conheça o cardioEmotion® Home, produto que foi desenvolvido pela Neuropsicotronics, conhecida como NPT, para que você possa se exercitar em casa, de forma correta, a entrar e se manter no estado de Coerência Cardíaca, acessando o site: http://www.cardioemotion.com.br/home e obtendo todas as informações que necessita. 


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Não pare, Keep Walking!



Achei muito interessante este vídeo e quero compartilhar com vc!

“Lembrar que eu estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que eu encontrei para me ajudar a fazer grandes escolhas na vida. Por que quase tudo – todas as expectativas externas, todo o orgulho, todo o medo de se envergonhar ou de errar – isto tudo cai diante da face da morte, restando apenas o que realmente é importante. Lembrar que você vai morrer é a melhor maneira para eu saber evitar em pensar que tenho algo a perder. Você já está nu. Não há razão para não seguir o seu coração.” (Steve Jobs)

“Às vezes a vida te bate com um tijolo na cabeça. Não perca a fé. Estou convencido de que a única coisa que me fez continuar foi que eu amava o que eu fazia. Você precisa encontrar o que você ama. E isso vale para o seu trabalho e para seus amores. Seu trabalho irá tomar uma grande parte da sua vida e o único meio de ficar satisfeito é fazer o que você acredita ser um grande trabalho. E o único meio de se fazer um grande trabalho é amando o que você faz. Caso você ainda não tenha encontrado [o que gosta de fazer], continue procurando. Não pare. Do mesmo modo como todos os problemas do coração, você saberá quando encontrar. E, como em qualquer relacionamento longo, só fica melhor e melhor ao longo dos anos. Por isso, continue procurando até encontrar, não pare" (Steve Jobs)

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Síndrome das pernas inquietas


Síndrome das pernas inquietas, ou síndrome de Ekbom, é um distúrbio que se caracteriza por alterações da sensibilidade e agitação motora involuntária dos membros inferiores, mas que pode acometer também os braços nos casos mais graves. Em geral, os sintomas são mais intensos à noite e o paciente dorme mal ou quase não dorme. Como consequência, passa o dia sonolento, cansado, indisposto e irritado.

O fato de a síndrome manifestar-se predominantemente nos momentos de repouso, a qualidade de vida fica comprometida, uma vez que a pessoa não consegue ir ao cinema ou ao teatro, ver televisão, participar de uma reunião social ou de negócios, ou fazer viagens mais longas.

A síndrome das pernas inquietas é a mais comum das doenças do sono, da qual poucos ouviram falar. Afeta cerca de 7% da população e se caracteriza principalmente por uma profunda sensação desagradável nas pernas (gastura), nos ossos e, às vezes, como se fosse uma coceira ou friagem, choque, formigamento, e eventualmente dor. Estes sintomas são acompanhados de uma sensação de angústia e imensa necessidade de mover as pernas, ou ainda massageá-las, alongá-las ou mesmo "espancá-las" em algumas situações.

Sintomas

Os principais sintomas são: sensação de desconforto e necessidade premente de mover as pernas, dor, formigamento, arrepios, pontadas. A intensidade pode variar de leve a grave e diminui com o movimento. Em geral, eles se manifestam a noite e impedem que a pessoa tenha um sono reparador. Como consequência, no dia seguinte, ela está sonolenta, cansada, mais propensa a irritar-se facilmente e à depressão.

Cafeína em excesso e tabagismo pioram os sintomas.

Causas

A causa da síndrome não é bem conhecida. Sabe-se que, além da predisposição genética, a deficiência de dopamina e de ferro em áreas motoras do cérebro está associada à ocorrência de movimentos involuntários e repetitivos característicos da síndrome.

Diagnóstico

O diagnóstico é predominantemente clínico, fundamentado na descrição dos sintomas. Embora raramente essa síndrome tenha como causa uma polineuropatia, é indispensável avaliar os reflexos, a sensibilidade ao toque e a intensidade da dor.

A polissonografia e a dosagem dos teores de ferritina e tranferrina, substâncias que transportam o ferro no sangue periférico, são exames laboratoriais que ajudam a confirmar o diagnóstico.

Prevalência

A síndrome pode manifestar-se em qualquer faixa de idade. Mais rara na infância, acomete principalmente a população adulta e sua incidência aumenta com o envelhecimento.

Tratamento

Deve ser instituído quando os sintomas são graves durante o dia ou interferem no sono. Nos casos sintomáticos pode haver possibilidade de controle e real melhora na qualidade de vida.

Os aspectos relativos ao tratamento ainda são controversos. Não existe ainda nenhum medicamento específico para o tratamento da SPI. Nenhum medicamento ainda mereceu um enfoque multicêntrico, num desenho de pesquisa adequado e com observação em longo prazo. Não há estudos comparando diversos medicamentos na mesma população e que relacionem o tratamento com a qualidade de vida.

Quatro classes de medicamentos podem ser usadas:

Agentes dopaminérgicos
Opióides
Benzodiazepínicos
Anticonvulsivantes

A American Academy of Sleep Medicine reconhece que os agentes dopaminérgicos são as drogas que melhor resultado oferecem no tratamento da SPI.

A primeira droga usada foi a L-Dopa, mas apresenta uma alta incidência de efeitos colaterais.

Outras drogas, como a cabergolina, pergolida e principalmente o pramipexol têm efeitos colaterais menos intensos. Uma avaliação com a cabergolina mostrou que ela é eficaz no tratamento da SPI de grau moderado a grave.

O pramipexol é uma droga eficaz nos casos mais graves, é bem tolerada e tem sido usada mais amplamente. Apesar de já populares, principalmente nos Estados Unidos, os agonistas dopaminérgicos não foram submetidos a ensaios clínicos bem desenhados com número grande de pacientes e desfechos a longo prazo, considerando por exemplo a qualidade de vida e duração do período de eficácia. O tratamento com L-Dopa, por exemplo, é eficaz, porém em pouco tempo deixa de ser benéfico e conduz ao grave estado da Síndrome do Aumento (Augmentation).

Importante: o Departamento de Medicina e Biologia do Sono da UNIFESP (tel 11-2108-7633) atende pacientes com a síndrome pelo SUS.

Recomendações


  • Criança inquieta na hora de dormir, que chora, resmunga e mexe muito as pernas, pode não estar fazendo manha. Leve-a ao pediatra para afastar a possibilidade de ter desenvolvido os sintomas da síndrome das pernas inquietas; 
  • Da mesma forma, aja com os idosos. Não atribua a agitação e as queixas à perda das faculdades mentais. Sedá-los pode piorar muito o quadro, se o problema for a síndrome das pernas inquietas; 
  • O agravamento dos sintomas pode tornar insuportável a vida do portador da síndrome e da pessoa com quem divide a cama ou o quarto. Só o tratamento adequado é capaz de controlar as crises e aliviar os sintomas que, na maior parte das vezes, pioram à noite. Não se automedique; procure assistência médica especializada; 
  • O consumo de cafeína, álcool e cigarro é absolutamente desaconselhado. Faça um esforço e tente excluí-los do seu dia a dia; 
  • Medicamentos antidepressivos e neurolépticos podem desencadear uma síndrome semelhante à das pernas inquietas. Esteja atento.





sábado, 18 de fevereiro de 2012

O Ciclo da Violência CONTRA a Mulher

Violência contra a Mulher: Não Silencie, Denuncie. SOS  MULHER -  
0800-2812336    


As mulheres espancadas não são maltratadas constantemente, nem a violência que lhes é infligida ocorre ao acaso. Uma das descobertas mais surpreendentes em entrevistas foi a existência de um ciclo definido de espancamentos vivido por estas mulheres. Este ciclo ajuda a entender como as mulheres espancadas tornam-se vitimizadas, como elas caem num comportamento de desamparo e porque elas não tentam escapar da violência.


Adaptado do Cycle Theory of Violence, in The”battered Woman”  de Lenore Walker)

             



A psicóloga americana Lenore Walker apresentou um modelo de "Ciclo de Violência" que procura explicar como ocorre a violência entre homens e mulheres que vivem relações afetivas, indicando as razões pelas quais a vítima tem dificuldade de romper com a relação violenta e denunciar o agressor.

1ª Fase: A acumulação de tensão: É iniciada através de agressões verbais mútuas, provocações e discussões. Nessa fase a mulher “pisa em ovos” com medo de irritar o agressor, tenta amenizar, contornar, mas a tensão vai aumentando, e o “clima” vai ficando insuportável até chegar na 2ª fase.

2ª fase: A Explosão: É quando ocorre um incidente de espancamento grave. Essa fase pode durar de duas a quarenta e oito horas. A mulher geralmente esconde da sociedade que sofreu violência para não irritar o agressor e garantir o término da 2ª Fase. Nessa fase às vezes a vítima chama a polícia, denuncia a violência na Delegacia ou pede para ser abrigada. È um momento de choque.

3ª Fase: A Lua de Mel: Depois dessa “explosão”, o agressor geralmente pede desculpas, afirma que as agressões não vão se repetir faz declarações de amor, dá flores, e presentes. A mulher espancada quer acreditar que não mais vai sofrer violência.Nessa fase ela passa a ter esperança de que o agressor realmente “mude”, e é nesse momento que normalmente a mesma desiste de buscar ajuda e solicita que seja paralisado o procedimento policial ou judicial.


ALERTA: Com o passar do tempo, as fases tornam a se repetir. O que é preocupante é que a cada retomada do ciclo a fase da explosão vai se tornando cada vez mais violenta. Muitas vezes ao chegar novamente na 3ª fase a mulher é assassinada.

Veja outra brilhante explanação sobre as fases do ciclo da violência, que vem corroborar com o texto mencionado anteriormente, escrito por: (DIAS, Maria Berenice. A Lei Maria da Penha na Justiça. São Paulo: RT, 2008, pp. 18-20)

Primeiro vem o silêncio seguido da indiferença. Depois surgem as reclamações, reprimendas, reprovações e começam os castigos e as punições. Os gritos transformam-se em empurrões, tapas, socos, pontapés, num crescer sem fim. As agressões não se cingem à pessoa da vítima, o varão destrói seus objetos de estimação, a humilha diante dos filhos. Sabe que estes são os seus pontos fracos e os usa como massa de manobra, ameaçando maltratá-los.

No entanto, socialmente o agressor é agradável, encantador. Em público se mostra um belo companheiro, a não permitir que alguma referência a atitudes agressivas mereça credibilidade. O homem não odeia a mulher, ele odeia a si mesmo. Muitas vezes ele foi vítima de abuso ou agressão e tem medo, precisa ter o controle da situação para se sentir seguro. A forma de se compensar é agredir.  
Facilmente a vítima encontra explicações. Acredita que é uma fase, que vai passar, que ele anda estressado, trabalhando muito, com pouco dinheiro. Procura agradá-lo, ser mais compreensiva, boa parceira. Para evitar problemas, afasta-se dos amigos, submete-se à vontade do agressor, só usa as roupas que ele gosta, deixa de se maquiar para não desagradá-lo. Está constantemente assustada, pois não sabe quando será a próxima explosão, e tenta não fazer nada errado. Torna-se insegura e, para não incomodar, começa a perguntar a ele o que e como fazer, torna-se sua dependente.
Anula a si própria, seus desejos, sonhos de realização pessoal, objetivos próprios. Nesse momento, a mulher vira um alvo fácil. A angústia do fracasso passa a ser o seu cotidiano. Questiona o que fez de errado, sem se dar conta de que para o agressor não existe nada certo. Nã o há como satisfazer o que nada mais é do que desejo de dominação, de mando, fruto de um comportamento controlador.

O homem sempre atribui a culpa à mulher, tenta justificar seu descontrole na conduta dela: suas exigências constantes de dinheiro, seu desleixo para com a casa e os filhos. Alega que foi a vítima quem começou, pois não faz nada certo, não faz o que ele manda. Ela acaba reconhecendo que a culpa é sua. Assim o perdoa. Para evitar nova agressão, recua, deixando mais espaço para a agressão. O medo da solidão a faz dependente, sua segurança resta abalada. A mulher não resiste à manipulação e se torna a prisioneira da vontade do homem, surgindo o abuso psicológico.

Depois de um episódio de violência, vem o arrependimento, pedidos de perdão, choro, flores, promessas. Cenas de ciúmes são recebidas como prova de amor, e ela fica lisonjeada. O clima familiar melhora e o casal vive uma nova lua-de-mel. Ela sente-se protegida, amada, querida, e acredita que elevai mudar.

Tudo fica bom até a próxima cobrança, ameaça, grito, tapa... Forma-se um ciclo em espiral ascendente que não tem mais limite.

A ideia da família como uma entidade inviolável, não sujeita à interferência nem da Justiça, faz que com a violência se torne invisível, protegida pelo segredo. Agressor e agredida firmam um pacto de silêncio, que o livra da punição. Estabelece-se um verdadeiro círculo vicioso: a mulher não se sente vítima, o que faz desaparecer a figura do agressor. Mas o silêncio não impõe nenhuma barreira. A falta de um limite faz a violência aumentar. O homem testa seus limites de dominação. Quando a ação não gera reação, exacerba a agressividade, para conseguir dominar, para manter a submissão.

A ferida sara, os ossos quebrados se recuperam, o sangue seca, mas a perda da auto-estima, o sentimento de menos valia, a depressão, essas são feridas que não saram.

“O procurar ajuda” e o receio do confronto

É comum um advogado perguntar a uma vítima de violência doméstica: “A senhora aqui de novo?”. Que esse tipo de tratamento venha de leigos, vá lá. Mas não pode vir de gente que lida com violência doméstica. É preciso entender o ciclo da violência, que vai da lua de mel à tensão à explosão (quando ocorre a agressão, física ou verbal ou ambas), voltando à lua de mel, em que o marido se mostra arrependido e jura que não vai fazer aquilo de novo, e a mulher acredita. 

E todo o ciclo se reinicia.
E por que a mulher acredita e aceita continuar a relação? Por uma série de motivos. Segundo a delegada Mônica, é um mito que a mulher não se separa por depender economicamente do marido. Este é um dos fatores, mas está longe de ser o único. A mulher reata a relação porque é ameaçada de morte (e, considerando os índices de que dez brasileiras são mortas por dia pelo companheiro ou ex, ela tem razão em crer que a ameaça pode se concretizar), porque tem medo do que pode acontecer aos filhos, e porque geralmente não tem apoio dos familiares (que a aconselham a continuar com o marido).

E também por ter baixa autoestima (ela acha que não arranjará outro homem por estar mais velha e com filhos, e, o que é mais triste ainda, que se tiver outro, ele a tratará do mesmo jeito; será como trocar “seis por meia dúzia), por ter esperança que o parceiro mude, e por se preocupar com o sofrimento dele. Mas o principal, principal mesmo, é que vivemos numa sociedade que nos diz que mulher sozinha não presta. O importante é ter um homem, mesmo que ele faça da sua vida um inferno.

A sociedade inteira se mobiliza pra condenar uma mulher sozinha. Como sabemos, mulher sem homem está sempre disponível. Casa sem homem não é respeitada. Revistas femininas vivem publicando matérias do tipo “Como segurar seu macho”. A mulher é educada pra acreditar que tem que casar. E, ao casar, por mais que o homem seja um agressor, a mensagem que permanece é “Sou infeliz, mas tenho marido”. Portanto, quando a mulher toma a decisão de deixar o parceiro, ela não está apenas rompendo com ele. Está rompendo com todo um modelo de vida que lhe foi ensinado.

Lenore Walker chama isso de Síndrome da Mulher Espancada, em que a mulher é colonizada por uma cultura patriarcal. O problema é tão persistente (são séculos de subordinação) que a psicóloga Marília diz que, se em cinquenta anos tivermos uma relação mais igual entre os gêneros, teremos sido vitoriosas. Mesmo que não vivamos pra ver isso.

Já a promotora Alessandra insiste: quer uma revolução já. Ela defende que seja mostrado às pessoas como o Ministério Público vem lidando com a violência doméstica. Segundo ela, o sistema funciona como uma verdadeira máquina de arquivamento. 98% dos casos de violência contra a mulher são arquivados. E não dá pra culpar um juiz (por mais que faça sentido a piadinha “faz concurso pra juiz; toma posse pra deus”), um promotor ou um advogado de defesa em particular. Não é o preconceito de um só indivíduo, mas de toda uma instituição.

Todo profissional tem uma linguagem própria para expressar seus preconceitos. Se não houver desagravo público, toda uma cultura que joga a culpa nas mulheres pela violência que sofrem prosseguirá.

Para a advogada Ana Amélia, um dos problemas desse sistema é que juristas estão acostumados a lidar com leis e processos –- não com pessoas. São duas as situações em que a mulher espancada passa maior perigo. Uma, bastante óbvia, é quando ela decide se separar. Como dessa forma ocorre um rompimento na relação de poder, a mulher corre risco de vida. A outra situação (pra mim surpreendente) é quando a mulher está grávida. Porque o marido ciumento tem toda a neurose de que o filho não é dele.

A Lei Maria da Penha está sendo muito positiva por fazer com que mais mulheres denunciem casos de agressão. Antes da lei, de cada dez mulheres agredidas, apenas duas denunciavam. Para Alessandra, o aumento no número de casos deve ser comemorado, pois significa que toda uma teia de silêncio está começando a se romper. Mas ainda é pouco. Para que a violência contra a mulher possa de fato ser combatida, não é só o homem, a mulher, ou o jurista que precisa mudar. É todo um mundo. Afinal, a violência doméstica é o reflexo de uma sociedade doente.

“Quando você perdoa, participa do ciclo de violência"

Maria da Penha: Quatro anos depois da lei, conscientização e capacitação são necessidades urgentes
Em 1983 Maria da Penha Maia Fernandes estava dormindo quando levou um tiro pelas costas. O autor do disparo era o marido, pai de suas três filhas. Maria ficou paraplégica, mas voltou para casa depois de uma temporada no hospital. Ela já sofria com agressões antes do episódio, mas, aos 38 anos, temia em pedir a separação. “Tinha medo que chegasse a esse ponto de violência, mas ao mesmo tempo achava que não seria possível”, diz. Ela só saiu de casa depois da segunda tentativa de assassinato por Marco Antônio Viveiros, que desta vez tentou eletrocutá-la durante o banho. Maria da Penha ficou paraplégica após o marido atirar pelas costas.

O caso de Maria choca e se tornou um ícone na luta pelos direitos da mulher, mas não é exceção. Segundo dados das Nações Unidas, uma em cada três mulheres no mundo é vítima de violência. Na América Latina, a proporção sobe para 40%, de acordo com a Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal). Segundo a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), o problema atinge proporções epidêmicas. A punição do agressor de Maria da Penha só veio depois de 19 anos de julgamento – e ele ficou apenas dois anos em regime fechado. O caso chegou a ser denunciado internacionalmente como exemplo de omissão e negligência e ajudou a pressionar uma mudança na constituição brasileira. Maria da Penha hoje dá nome para a lei 11.340, que entrou em vigor em 2006, e cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, como possibilitar a prisão preventiva ou em flagrante dos agressores.

Novos desafios

Embora as pesquisas indiquem um aumento do conhecimento da Lei Maria da Penha pela população em geral - um número que gira em torno de 80% segundo dados do Ibope e Instituto Avon -, isso não basta para garantir a diminuição das ocorrências. Quatro anos depois que a lei entrou em vigor, a conscientização é fundamental, um processo longo que não envolve só as mulheres. Homens, jovens e aqueles que aplicam a lei – da delegacia ao tribunal – são públicos alvo.

“Precisamos pensar tanto na conscientização das mulheres como na capacitação dos operadores de direito, que aplicam a lei. Elas precisam dizer não à violência e denunciar, mas com a confiança de que serão atendidas e que a lei será cumprida” diz Rebecca Tavares, representante do UNIFEM no Brasil e Cone Sul. Segundo ela, muitas mulheres que procuram ajuda acabam sendo agredidas novamente, julgadas ou enviadas de volta para casa. “É possível que delegados questionem a roupa que usam, se deveriam ou não ter saído sozinhas”, aponta.

Somente 7% dos municípios brasileiros têm delegacias especializadas no atendimento a mulher. “Qualquer delegado é obrigado a atender a mulher, mas ainda assim eles a mandam para a delegacia da mulher. E ela chega lá, pega senha e volta para casa”, critica Maria da Penha, que vê uma insuficiência no sistema de atendimento em função da demanda de queixas.

Dia 25 de novembro, é o dia Internacional para a Eliminação da Violência contra a Mulher. Entre as iniciativas que integram o movimento, está o recém lançado portal Quebre o Ciclo (www.quebreociclo.com.br), iniciativa do Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (UNIFEM) em parceria com o Instituto Avon. A plataforma tem como objetivo aumentar a conscientização de mulheres e operadores de justiça.

ESPECIAL

09/02/2012 - 20h46
Lei Maria da Penha: STF decide que agressor pode ser processado mesmo se vítima retirar queixa
Por 10 votos a 1, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira (9) que as ações penais fundamentadas na Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006) podem ser processadas mesmo sem a representação da vítima. Ou seja, ainda que a mulher não denuncie seu agressor formalmente ou que retire a queixa, o Estado deve atuar, no que se chama de ação pública incondicionada. Essa possibilidade era defendida na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4424, apresentado pela Procuradoria Geral da República, que questionava previsão contrária da lei que pune a violência doméstica contra a mulher.

O STF também considerou constitucionais, por unanimidade, três pontos da Lei Maria da Penha. Os ministros concordaram que a lei não ofende o princípio da igualdade (artigo 1º) e reconheceram as varas criminais como o foro correto para o julgamento dos processos cíveis e criminais relativos a esse tipo de violência, como já prevê o artigo 33 da lei. Ratificaram, ainda, a proibição de ações dessa natureza serem processadas em juizados especiais (artigo 41).
Da Redação / Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)


O relatório do ministro Marco Aurélio de Mello tratou de uma iniciativa da Procuradoria-Geral da República, alegando que agressões contra mulheres não são questão privada, mas sim merecedoras de uma ação penal pública. A partir de agora, Ministério Público passará a ter a prerrogativa de denunciar agressores e as vítimas não poderão impedir que isso aconteça. A lei não será aplicada apenas em casos de lesões leves ou culposas (acidentais). Hoje, para ter validade, é necessária uma representação da agredida e a manutenção da denúncia contra o agressor. Estatísticas indicam que até 90% das mulheres desistem no meio do caminho.

Os críticos da Maria da Penha alegam exatamente que ela fere o princípio da isonomia ao tratar a mulher de forma diferenciada. A única divergência no julgamento foi do presidente da corte, Cézar Peluso. Ele discordou da falta de exigência de denúncia da vítima porque “o ser humano se caracteriza por ser sujeito da sua história”. O ministro disse ainda que tem “esperança de que a maioria esteja certa”.

Já para o ministro-relator, deixar a denúncia a cargo da vítima “significa desconsiderar o temor, a pressão psicológica e econômica, as ameaças sofridas, bem como a assimetria de poder decorrente de relações histórico-culturais, tudo a contribuir para a diminuição de sua proteção e a prorrogação da violência”. Gilmar Mendes chegou a cogitar um pedido de vistas que adiaria a decisão, mas acabou desistindo da ideia.

O vice-presidente do Supremo, ministro Carlos Ayres Britto, afirmou que uma lei clara com eficácia independente da vítima funcionará melhor para defender as agredidas do que repassar a elas a decisão de processar os agressores. “A mesma liberdade para lobos e cordeiros é excelente para os lobos”, disse.

Segue abaixo uma listagem das Delegacias de Proteção a Mulher

SÃO PAULO e GRANDE SÃO PAULO

Cidade de São Paulo

1ª. Delegacia de Defesa da Mulher – Parque Dom Pedro
São Paulo/SP - Tel.:  (11) 3241-3328 - 24 horas

2ª. Delegacia de Defesa da Mulher – Vila Mariana
São Paulo/SP - Tel.: (11) 5084-2579 - das 8h às 17h, dias úteis

3ª. Delegacia de Defesa da Mulher – Jaguaré
São Paulo/SP - Tel.: (11) 3768-4664 - das 9h às 19h, dias úteis

4ª. Delegacia de Defesa da Mulher – Freguesia do Ó
São Paulo/SP - Tel.: (11) 3976-2908 - das 8h às 18h, dias úteis

5ª. Delegacia de Defesa da Mulher – Parque São Jorge
São Paulo/SP - Tel.: (11) 293-3816 - das 9h às 18h, dias úteis

6ª. Delegacia de Defesa da Mulher – Campo Grande
São Paulo/SP - Tel.: (11) 5686-1895 - das 9h às 18h, dias úteis

7ª. Delegacia de Defesa da Mulher – São Miguel
São Paulo/SP - Tel.: (11) 6154-1362 - das 8h às 18h, dias úteis

8ª. Delegacia de Defesa da Mulher – Jardim Marília
São Paulo/SP - Tel.: (11) 6742-1701 - das 9h às 18h, dias úteis

9ª. Delegacia de Defesa da Mulher – Pirituba
São Paulo/SP -Tel.:   (11) 3974-8890 - das 9h às 18h, dias úteis

Delegacia de Polícia de Proteção ao Idoso – Sé/1ª. DDM
São Paulo/SP - Tel.: (11) 3104-3798 - das 9h às 19h, dias úteis

Gradi – Grupo de Repressão e Análise dos Delitos de Intolerância – Centro
São Paulo/SP -Tell.: (11) 3112-2430 - das 9h às 18h, dias úteis
gradi-sp@uol.com.br

Baixada Santista

Delegacia da Mulher - Cubatão/SP
Tel.:  (13) 3363-2141     
Delegacia da Mulher - Guarujá/SP
Tel.:  (13) 3355-4468      
Delegacia da Mulher - Mongaguá/SP
Tel.:  (13) 3507-1708     
Delegacia da Mulher - Peruíbe/SP
Tel.:  (13) 3455-7665     
Delegacia da Mulher - Praia Grande/SP
Tel.:   (13) 3471-4044     
Delegacia da Mulher - Santos/SP
Tel.:  (13) 3235-4222     
Delegacia da Mulher - São Vicente/SP
Tel.:  (13) 3468-7763     
GRANDE SÃO PAULO

Delegacia de Defesa da Mulher - Carapicuíba/SP
Tel.: (11) 4187-7183 - das 9h às 18h, dias úteis

Delegacia de Defesa da Mulher - Cotia/SP
Tel.: (11) 4616-9098 - das 9h às 18h, dias úteis

Delegacia de Defesa da Mulher - Diadema/SP
Tel.: (11) 4048-1904 - das 9h às 18h, dias úteis

Delegacia de Defesa da Mulher - Embu/SP
Tel.: (11) 4781-1431 - das 9h às 18h, dias úteis

Delegacia de Defesa da Mulher - Francisco Morato/SP
Tel.: (11) 4488-2233 - das 9h às 18h, dias úteis

Delegacia de Defesa da Mulher - Vila Progresso – Guarulhos/SP
Tel.: (11) 208-7878 - das 9h às 18h, dias úteis

Delegacia de Defesa da Mulher - Centro – Mauá/SP
Tel.: (11) 4514-1595 - das 9h às 18h, dias úteis

Delegacia de Defesa da Mulher - Mogi das Cruzes/SP
Tel.: (11) 4726-5917 - das 9h às 18h, dias úteis

Delegacia de Defesa da Mulher - Osasco/SP
Tel.: (11) 3682-4485 - das 9h às 18h, dias úteis

Delegacia de Defesa da Mulher - Vila Bastos – Santo André/SP
Tel.: (11) 4994-7653 - das 9h às 18h, dias úteis

Delegacia de Defesa da Mulher - Rudge Ramos – São Bernardo do Campo/SP
Tel.: (11) 4368-9980 - das 9h às 18h, dias úteis

Delegacia de Defesa da Mulher - Jardim Salete – Taboão da Serra/SP
Tel.: (11) 4138-3409 - das 9h às 18h, dias úteis

Bibliografia – Co-dependencia nunca mais – Melody Beattie Ed Nova Era.
Mulheres que amam demais –  Robin Norwood.

http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2012/02/09/relator-no-supremo-valida-lei-maria-da-penha-mesmo-sem-denuncia-da-vitima.htm

domingo, 12 de fevereiro de 2012

O formato do seu corpo revela sua personalidade


O corpo reflete tudo o que trabalhamos em nosso inconsciente. Quando trabalhamos bem, ele mantém o equilíbrio. Quando não trabalhamos bem, ele reflete na sua estrutura, o que está errado. Por isso é bom que nos conheçamos.
O rosto trás as características e o corpo reflete como as trabalhamos inconscientemente.

Todos vivemos em sociedade, e toda sociedade possui regras. Essas regras, dependendo da forma como as vemos, podem refletir no nosso corpo de maneira positiva ou negativa. Indiferente de seguirmos as regras ou não. Quando nos irritamos, quando ficamos nervosos, corremos o risco de criar uma gastrite e/ou úlcera nervosa. Existem vários fatores que podem fazer com que nos irritemos. A irritação e raiva, não devem ser compreendidas como sentimentos negativos e sim de transformação. A raiva é que nos movimenta. A falta de raiva causa comodismo e depressão.

                      Como nosso inconsciente se reflete em nosso corpo?


O formato do corpo revela características e traços de personalidade, identificando como cada um lida com suas emoções. O tamanho dos quadris, glúteos, ombros, peito e mamas, abdome, panturrilha, a papeira, além da flacidez, gordura localizada, culotes, entre outros problemas estéticos, demonstram como está o interior do ser humano e seus conflitos mais íntimos




O exterior reflete o interior.

Primeiro, precisamos entender como a Medicina Chinesa aborda as emoções. Para isso é preciso entender o modelo dos Cinco Elementos.   A teoria dos Cinco Elementos faz parte da Medicina Chinesa há milênios e foi mencionada no Nei Ching Su Wen (Tratado de Medicina Interna Chinês, com mais de 5000 anos, descrevia a utilização das cores no diagnóstico e tratamento), escrito há 200 a.C.

Ela divide a experiência humana em 5 grupos distintos:
        - Madeira - fígado e vesícula-biliar
      - Fogo - coração, intestino delgado
      - Terrabaço, pâncreas e estômago
      - Metal - pulmões e intestino grosso
      - Água - rins e bexiga

Esses elementos não só controlam e mapeiam todas as funções anatômicas e fisiológicas do organismo, como integram em uma unidade energética contínua, corpo e mente. Servem para entender como grupos distintos de influencias ou energias se relacionam ora produzindo estimulo, ora inibido a ação.

O elemento Água, regido pelos Rins, é responsável pelo sentimento de sobrevivência, pelo medo, inclusive pelo medo da morte e do desconhecido. Quando não estão bem os rins podem gerar ansiedade, medo de tudo, pânico e até mesmo o sentimento de pavor! Um bom funcionamento dos rins conduz a um comportamento de coragem e segurança com a vida. Quem tem um rim bom, transmite calma e segurança para todos.

Madeira é o elemento do Fígado e Vesícula Biliar. Quando o fígado não vai bem produz sentimentos de raiva, estresse, inquietude, sentimento de injustiça, depressão, vontade de brigar e irritação extrema. Um bom funcionamento conduz a expressão alegre, feliz e relaxada. Alto astral!

O Fogo é o elemento do Coração. Quando não esta bem, causa sentimento de solidão, falta de amor ou incapacidade de amar. O espírito fica contrariado por não conseguir se relacionar com amigos ou familiares. Um bom coração é responsável pela pessoa amável, aberta ao amor e às relações, está sempre feliz e confiante, elevada auto-estima, paixão pela vida, pelos amigos e pela família.

O elemento Terra ligado ao Baço e Pâncreas, no seu aspecto negativo, é regido pela introspecção exagerada, sentimento de isolamento social e auto-compaixão. A ação é demorada e sempre acompanhada de sentimentos negativos. O bom funcionamento leva a ter força emocional construtiva e extremamente positiva. Produz sensação de otimismo com projetos, criações. Gera atitudes harmoniosas com a família e amigos.

Pulmão, do elemento Metal, é fonte de tristeza, sentimento de perda e dependência emocional à outra pessoa, quando não está bem. Pode também causar vazio espiritual, falta de crença em tudo e desilusão. Um bom pulmão, ao contrario, gera sentimento de liberdade, liderança, força espiritual e mente brilhante.





Como o Corpo Se Comunica
Lado direito do corpo (Yin) Conflitos com mulheres
Lado esquerdo co corpo (Yang) Conflitos com homens


Abdome - gordura - O ventre está localizado no centro de equilíbrio de nosso corpo, onde estão os órgãos geradores e controladores da eliminação das toxinas: intestinos, bexiga e útero. O abdome simboliza o equilíbrio e a harmonia. Se há descontentamento, críticas ou revolta contra alguém ou alguma situação, acabam surgindo gordura e doenças nesse local. Toda mente rebelde e teimosa,  aparentemente passiva ao extremo, que não acolhe com gratidão as pessoas e as coisas e não liberta a vida, provoca o desequilíbrio estético na região abdominal. Note que os animais que têm o abdome saliente são os mansos, como o boi, o cavalo, o carneiro, e que os animais ágeis, velozes, indóceis e ferozes têm o abdome pequeno e contraído. Para seres humanos isso significa que quanto mais você usar sua agressividade positivamente, com coragem, determinação e rapidez para soltar os problemas, tanto mais a força energética de seu corpo se concentrará no abdome, tornando-o firme e definido como sua personalidade.

Nas técnicas das artes marciais, a base fundamental para trabalhar os campos energéticos dentro e fora do corpo e até para destruir objetos com partes do corpo consiste em concentrar força no abdome, mantendo-o contraído, o que simboliza coragem, garra, convicção, agilidade e, obviamente, movimenta forças sutis, invisíveis aos olhos. O ser humano precisa compreender que o abdome saliente significa conflitos internos, posse exacerbada de coisas ou pessoas e pouca determinação em desapegar-se dessas posses. Portanto, não possuir abdome saliente denota alguém despojado do sentimento de vítima, ágil e independente para resolver situações problemáticas ou que, simplesmente, afasta-se de um problema sem sentimento de culpa. O homem pode se zangar para organizar um ambiente ou para educar os outros, mas deve aprender a voltar logo à serenidade e ao bom humor. Deve ser ágil e equilibrado e com isso o inconsciente projetará um abdome harmonioso e rijo. Ser manso não significa acomodar-se. Observe a natureza e busque uma maneira melhor para viver. Seja uma pessoa justa e equilibrada, e paute-se pela coragem e firmeza em todos os seus atos.
Bem, nossa pequena excursão pelo abdome chegou ao fim, mas cabe a você reformular sua vida e decidir transformar-se. 
  
Braços - simbolizam suas conquistas, suas ambições, seus afetos, a busca do amor e do trabalho realizador. Problemas nesta área simbolizam frustração em relação às ambições, realizações e conquistas, limitadas por alguém ou alguma situação/ raiva por não ter conquistado algo ou alguém, ou de não estar se realizando em algum trabalho.
   
Cintura -  Os pneus nesta área denunciam pessoas de comportamento negligente, relapsas no sentido psíquico e espiritual, que não encontram equilíbrio nas suas emoções agindo, muitas vezes, com agressividade ou prepotência para protegerem sua individualidade. Simbolizam também o excesso de contrariedade que você acumula e de que não se desapega.
  
 Culote - Gordura --> Simbolizam o pai e todo relacionamento amoroso e quando ocorrem conflitos, mágoas, ressentimentos, aparecem os culotes.
   
Glúteos - Os músculos dos glúteos representam o poder de tomar as próprias decisões, de ter coragem e determinação para caminhar com as próprias pernas sem depender emocional e financeiramente de ninguém. Nádegas murchas ou caídas simbolizam o medo inconsciente da solidão e de perder o controle, demonstrando o quanto se está vivendo sob a influência de terceiros, muitas vezes abrindo mão de seus prazeres pessoais. Nádegas grandes demonstram poder de decisão, pessoas que sentem mais os prazeres físicos, não aceitam ser comandadas nem controladas, gostam de mandar, muitas vezes são autoritárias.
   
Obesidade/ Gordura Localizada --> forma inconsciente de proteção contra problemas externos, um casulo no qual se esconde os medos, aborrecimentos, perdas, raivas, mágoas e inseguranças. É o mecanismo de defesa que o inconsciente cria para proteger-se daquilo com que o consciente não sabe lidar. A gordura localizada, dependendo de que região está, tem um significado específico (veja outros itens nessa relação de problemas estéticos).
   Panturrilha - a perna simboliza a impulsão para o futuro e é o músculo da panturrilha (gastrocnêmio) que impulsiona a coxa e, consequentemente, o corpo para a frente. Panturrilha fina indica que a pessoa não tem impulsão própria para seus ideais, falta-lhe determinação e coragem para, sozinha, ir em busca de seus sonhos. Panturrilhas tonificadas simbolizam pessoa ativa, autoconfiante, dona de suas próprias opiniões e desejos.
  
 Papeira debaixo do queixo -- pessoas que odeiam críticas e sentem-se carentes e agressivas quando lhe apontam algum defeito. Quanto mais reagem às críticas, mais sua papeira aumenta.
   
Peitos e Mamas (Flacidez )- Toda flacidez simboliza a falta de iniciativa e força de vontade para vencer. O peitoral e as mamas expressam a coragem, a ousadia, a força interior. Se há gordura localizada nos músculos peitorais e flacidez nas mamas, isso significa que a pessoa está guardando ressentimentos e que desistiu de lutar pelos seus objetivos, por sentir-se oprimida ou por acreditar que não pode mudar o destino.
   
Mamas (Tamanho) - Quando as mamas são pequenas, isso denota uma mulher Yang, ou seja, que não admite autoridade sobre ela e que repudia a idéia de ficar presa ou ser comandada por alguém ou alguma situação. Quando as mamas são grandes, a mulher é Yin, ou seja, tem tendência a anular-se devido a um instinto maternal exagerado.
   Quadris e Ombros - Quadris largos simbolizam princípio feminino predominante, ou seja, são pessoas sensíveis, que se magoam com facilidade, porém revelam-se ótimas para cuidar do lar e dos filhos. Ombros largos representam coragem para enfrentar as adversidades da vida. Ombros estreitos indicam ausência de ousadia e coragem, geralmente pessoas que se colocam em posição de vítimas, acusando outras pessoas pelos seus fracassos na vida.

"Todas as doenças podem ser curadas, pois sua causa, na maioria das vezes, segundo recentes estudos da psicanálise, é o sentimento de culpa e contrariedades profundas, ou seja, causas psicossomáticas. A cabeça, o tronco, os membros e cada órgão interno recebe um impulso nervoso do cérebro que é comandado pelas emoções. Quando analisamos os movimentos do corpo ou o funcionamento de cada órgão percebemos que carregamos diferentes sentimentos para diferentes movimentos do nosso corpo: o desejo de mover os dedos faz com que movamos os dedos. Mas existem desejos inconscientes que também fazem com que o cérebro impulsione energia para mover ou imobilizar partes do corpo (...) Um pensamento crônico pode transformar seu corpo através das reações químicas comandadas pelo cérebro".

Do livro LINGUAGEM DO CORPO 2 - Cristina Cairo

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